Capítulo 3

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- Marina saia desse mundinho que você vive, e venha resolver esse problema na lousa.

Levantei, e Letícia começou a dar risada, quando peguei o canetão, e a professora respirou fundo perto de mim... Droga, Droga

-Marina vá para o corredor agora. - A Professora cochichou no meu ouvido

Obedeci e ela veio logo atrás:

-Posso saber que cheiro horrível de álcool e esse? –Ele disse com sangue nos olhos.

-Que cheiro? Não senti nada, deve ser a sala, às vezes as faxineiras limpam as carteiras.

-HÁ HÁ, engraçadinha, de novo Marina? De novo? Já conversei com você sobre isso, não gosto de fazer isso, para sala do diretor agora.

Obedeci, e fui para sala do diretor.

-Marina? Você por aqui de novo? Não se cansa não?- O diretor Jorge disse girando sua enorme cadeira.

-Pois é.

- Álcool de novo ? O que você quer para sua vida? Só fica bebendo, indo a festas, suas notas estão todas vermelhas, desse jeito você vai repetir o ano. Só queria entender o que está acontecendo com você, eu te acompanho dês de pequena, você sempre foi uma menina alegre, extrovertida, adorava brincar, se dava bem com todas as pessoas, e de repente você se transforma em uma coisa que você não é, eu sei que estou sendo meio grosso, mas eu só quero saber o que esta acontecendo com você.

- O tempo passa, as pessoas mudam...

Ele me olhou serio, abriu uma gaveta e tirou de lá um plástico com cocaína dentro.

- Isso caiu da sua bolsa.

- Mas não é meu.

- Mas caiu da sua bolsa.

- Eu só ia entregar para uma amiga minha. Eu sou do tipo que não fica viciada em drogas, mas de vez em nunca eu uso.

-Eu sei disso, se não você já teria sido pega. Bom, a conversa termina aqui, mas vou ter que fazer uma reunião com seus pais.

-Eu só tenho pai.

- Não importa, só quero conversar com os dois. E se livre-se disso.-Ele estendeu o plástico.

Sai da sala, e joguei na primeira lata de lixo que vi pela frente, e vi a galera toda vindo na minha direção:

-Aconteceu alguma coisa?-Perguntei para todos

-Aconteceu, viram que trouxemos Vodka para escola, pegaram a cocaína no nosso armário, estamos literalmente ferrados- Henrique disse nervoso.

- Boa Sorte!

-Valeu.

Fui até o pátio esperar que a Bruna e me pai cheguem para reunião, quando chegaram Bruna me agarrou pela camisa:

-O que você aprontou dessa vez Menina?

-Me solta sua retardada! Não te devo explicações.

Meu pai pelo visto já estava de ressaca:

-Ai filha, Se acalma-Ele disse passando a mão na minha bochecha.

-Eu to calma, e essa Bruxa que esta nervosa.

-Você falou o que?

-BRUXA!!

-Vem aqui menina!-ela me deu um tapa na cara.

Quando ia bater nela de volta, alguém segurou por trás:

-Marina Calma, Não vale a pena. –Era caio

-Vou embora daqui, e quando vocês chegaram em casa, se eu não estivar lá não precisam ficar surpresos.

-Quando você sair de casa, eu vou soltar fogos. -Bruna disse arrumando aquele cabelo seboso dela- Por que você não é igual a sua mãe?Morta.

-VOCÊ NUNCA ABRA SUA BOCA NOJENTA PARA FALAR DA MINHA MÃE!

Sai correndo em direção a saída, quando escuto uma voz:

-Marina!Marina! Marina espera- Caio veio correndo em minha direção - Você não pode correr nesse estado.

Caio, ele e um fofo, diferente de todos nós, ele é um garoto inteligente, bondoso, não bebe, não fuma, e o garoto que qualquer mãe queria ter.

-Não, estou bem, só quero ficar sozinha.

-Você tem certeza?

-Tenho, obrigado por se preocupar.

-Que nada, pode contar comigo para qualquer coisa. Tchau

-Tchau

You changed MeOnde histórias criam vida. Descubra agora