𝓞𝒓𝒈𝒖𝒍𝒉𝒐 𝓔 𝓟𝒓𝒆𝒄𝒐𝒏𝒄𝒆𝒊𝒕𝒐 𝓔 𝓜𝒂𝒓𝒌 𝓛𝒆𝒆 - Markhyuck

Infeliz daquela de quem ele gostar.

À distância de uma curta caminhada de sua casa, vivia uma família com a qual todos os Lee eram especialmente íntimos.

No passado, antes dos não nomeados retornarem a caminhar pelas ruas de Seul; O Sir. Jin Huang era um fabricante de vestes tão belas, com detalhes tão únicos e delicados. Rapidamente havia conquistado uma razoável fortuna e alcançando à honra de um título de cavaleiro, por solicitação do Rei. Quando a estranha praga se alastrou, ele sabia que seus serviços eram desnecessários; e que precisava deixar seu comércio e sua casa para trás. Poucos continuavam acreditando que valia a pena gastar com trajes finos enquanto o país entrava em uma grande crise de financiamentos e recursos. Assim, ele se mudou com a família para uma casa a pouco menos de dois quilômetros de distância de Cheonan; onde podia pensar à vontade na sobrevivência da sua esposa e filhos.

Lady Huang era uma senhora excelente, embora não fosse esperta o suficiente para ser uma vizinha conveniente para a Sra. Lee. Eles tinham muitos filhos. O mais novo, se chamava Renjun. Um rapaz muito sensato e inteligente, era o melhor amigo de Donghyuck.

As Sras. Huang e Lee combinaram de se encontrar para conversar sobre o baile, para elas era algo absolutamente necessário; e na manhã seguinte à festa levou eles a Seobuk-gu ouvir e contar.

— Até que você começou bem a noite, Lian — disse a Sra Lee, se pronunciando com grande convicção para a filha do meio da Sra. Huang. — Soube que foi a primeira escolhida por Na Jaemin para dançar.

— Sim, mas ele pareceu preferir os que recusam a dançar com ele.

— Oh, suponho que você esteja se referindo a Seulgi, mas creio que ela nunca recusaria uma dança ao Sr. Na.

— Suponho então que a senhora não saiba. — proferiu Renjun, debochando da situação.

— Renjun, não se meta a onde não foi convidado. — rebateu Lian, tentando o repreender. Ela estava aflita e o olhava com uma expressão de zangada. Temia a reação da Sra. Lee ao saber que seu filho era o interessado de Jaemin no baile.

— Lee Jeno, foi quem recusou o pedido do Sr. Na. — ditou Renjun, de forma rápida; pois sabia que se demorasse demais sua irmã contornaria o assunto.

— Você jura?! — disse a Sra. Lee, com a voz um pouco embargada e soltando uma breve risada. — Parece até que..., mas, seja como for, vai acabar dando em nada, vocês sabem... — a Sra. Lee estava realmente espantada com o que havia escutado, esperava que sua filha encantasse o Na.

Jeno havia passado o baile inteiro encolhido, de cabeça baixa e sempre ao lado de Donghyuck. Como ele havia feito esta proeza? O que diria a Seulgi? O que ela faria?

Antes que ela continuasse se fazendo mais perguntas de forma incansável e se culpando em diversos aspectos.

A Srta. Lian notou a expressão e o olhar vago da Sra. Lee, tentou de imediato contornar aquela situação fazendo com que ela se esquecesse por aquele momento o que seu irmão havia dito. Queria trazer de volta a animação e cor ao rosto da Sra. Lee.

— Quase esqueço-me de mencionar a conversa que escutei entre ele e o Sr. Park. O Sr. Park perguntou a Jaemin se ele estava gostando do baile e se não acreditava que havia muitas jovens bonitas no salão, e qual delas ele considerava a mais bonita. E sua resposta imediata à última pergunta foi: "Ah, a mais nova das duas filhas da Sra. Lee, sem dúvida; não pode haver opiniões divergentes."

— Palavra de honra! Bem, isso de fato é inquestionável! 

— Mas foi patético ter de escutar o amigo do Sr. Na, entretanto — disse Renjun, novamente se colocando na conversa. — Como ele pode considerar o Hyuck meramente razoável?!

— Suplico-lhe que não fale disto para o nosso Hyuck. Não quero que ele se sinta oprimido por um tratamento tão grosseiro. Ele é um homem tão desagradável, infeliz daquela de quem ele gostar.

— A Srta. Na disse-me — falou Yerim, enfim — que ele jamais conversou muito, a não ser que esteja entre seus amigos mais íntimos. Com estes, mostra-se extraordinariamente agradável.

— Não acredito em uma palavra dessa história, minha filha. — disse a Sra. Lee — Oh, Donghyuck por onde andastes? Perdeu toda a nossa boa conversa.

— O orgulho dele — disse a Srta. Lian — não me ofende tanto quanto o orgulho em geral, já que existe uma razão para isso. Não é de estranhar que um jovem tão inteligente, de família nobre, rico e com tudo a seu favor tenha uma autoestima elevada. Se eu posso me expressar assim, ele tem o direito de ser orgulhoso.

Embora Hyuck admirasse a bravura de Lian Huang em batalha, em momentos mais descontraídos a considerava uma companhia tediosa. Sempre preferiu a presença de Renjun; mesmo que ele jogasse algumas palavras acidas, porém, verdadeiras em sua face.

— Esta alucinada? Desde quando você se tornou bajuladora do Lee? — disse Renjun. Acabou se sentindo possesso com as palavras proferidas por sua irmã. Como ELA poderia defender um boçal como o Mark Lee? Ele humilhou seu melhor amigo sem escrúpulos algum.

— Renjun, o que sua irmã disse é uma verdade inquestionável. — replicou Donghyuck, dando um sorriso falso de canto. — Eu até poderia perdoá-lo por seu orgulho sem dificuldade, se ele não tivesse matado o meu. Ouso até em dizer que teria cortado sua garganta se os mortos-vivos não tivessem desviado a minha atenção.

— DONGHYUCK!! — Sra. Lee havia arregalado os olhos e exaltado sua voz, fazendo com que ecoasse por toda a sala. — Como pode proferir isso de forma tão tranquila? Mata-lo por tão pouco, filho?

No momento da exaltação de sua mãe, Donghyuck apenas emitiu um sonoro bocejo.

A Sra. Lee tão pouco se importou com o modo desdenhado de Hyuck; mas se este ato tivesse acontecido em outro momento ela teria o repreendido. Sua mente naquele momento fervilhava e pensava em apenas duas coisas: Lee Jeno e Na Jaemin.

Renjun permaneceu protestando com sua irmã pela forma como ela falou sobre o Mark Lee, e ela continuou fazendo grandes discursos sobre orgulho. Fazendo com que a discussão durasse até o fim da visita dos Lee.