Um Cacto Para Gaara

09

4° Ano

Dia 13 de setembro se tornou uma data muito importante para Gaara, pois era o dia do aniversário de seu sobrinho. Ele nunca imaginou que gostava tanto de crianças, até o dia que viu os lindos olhos verdes do pequeno Nara e se encantou. E nessa data tão especial, o Sabaku estava nas nuvens ao saber por Temari que o pedido de aniversário do sobrinho era vir visitar os tios em Suna para comemorar.

— Amor, você acha que ele vai gostar? — Gaara perguntou, conversando com o namorado pelo telefone.

— Tenho certeza que sim, Gaara. Não precisa ficar tão preocupado com isso. — Shira suspirou, ele sabia muito bem como o namorado podia ser paranóico e ansioso quando se tratava de dar presentes.

— Aish, você tem razão. Eu talvez esteja exagerando... — aceitou, porém apesar de apenas escutar a voz do amante através do telefone, o Sabaku tinha certeza que o namorado estava com uma sobrancelha. — Tá bom, tá bom. Eu tô exagerando.

— Quando sua irmã chega? — ele perguntou.

— Hoje mesmo, isso se ela não se atrasar novamente para pegar o trem como da última vez. — disse Gaara, em um tom divertido.

— Oh sim, é bem a cara dela. — Shira riu, lembrando de como o ruivo sempre o contava de como a irmã e o marido sempre se atrasam de alguma forma quando vão visitá-lo. 

— Quando será sua próxima missão? — O Sabaku perguntou, não conseguindo esconder sua preocupação. Era inevitável para ele não se sentir aflito sempre que o namorado saia em missão com o esquadrão.  Apenas cogitar a ideia do namorado se machucar ou se quer nunca mais voltar, atormentava o ruivo incondicionalmente. 

— Só semana que vem. — ele respondeu,  bocejando. — Meu pai decidiu que seria de grande aprendizado como líder se eu treinasse os novos recrutas essa semana.

— E como tem ido? — questionou, pois como Kazekage, ele teve acesso a ficha de todos os novos recrutas do esquadrão.

— Alguns deles nem preciso me preocupar, mas tem outros que não conseguem colocar o equipamento sem prenderem o pau no zíper. — Shira comentou, reclamando e a única reação que o ruivo pode ter foi rir com o tom de indignação na voz do grisalho. — Fica rindo mesmo, quem tem que levá-los para a enfermaria sou eu. 

— Desculpe, meu bem. — Gaara pediu, embora ainda não esteja completamente recuperado da sessão de riso. — Você é um ótimo líder, sei que vai conseguir dar um jeito.

— Eu também espero. — suspirou, enquanto observava muitos dos recrutas correrem em formação do outro lado do quartel.

— Vai dar tudo certo. — Incentivou, porém antes que pudesse continuar, sua atenção foi tomada pelo barulho da porta da sala sendo aberta. — Aaah, amor. Acho que a Mari acabou de chegar.

— Vai ver sua irmã, e depois me liga de noite para me contar como foi passar o dia com o seu sobrinho e o que ele achou do presente. — Shira pediu, não deixando de sorrir ao ouvir a risadinha animada do Sabaku.

— Pode deixar, vou te contar tudinho depois. — Gaara garantiu, risonho. — Eu te amo, até mais tarde.

— Eu também te amo. Tenha um bom dia. — ele desejou, antes de desligar a chamada.

Gaara deixou o telefone de lado assim que Shira desligou, saindo de seu quarto e indo apressadamente até a sala recepcionar a irmã e a família dela.

— Gaara. — Temari foi a primeira a saudar o irmão quando o mesmo entrou na sala.

— Bom dia. — O ruivo cumprimentou, se surpreendendo ao ver que o sobrinho pulou do colo do pai para vir abraçar sua perna. — Olá, Dai.