Bem vindo de volta

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No pensamento crítico de Jeon, o ato de perder a virgindade era bem mais marcante para as garotas do que para os garotos. Ele não podia comprovar isso porque também era virgem, mas acontece que sempre valorizou a delicadeza feminina acima das necessidades dos caras. Foi educado muito bem pela família, essa autora diria.

Vendo que começou a dar tremeliques, Jeon chega um pouco para frente e a puxa para si. Ter uma garota tão linda chorando em seus braços podia um dia ter sido uma fantasia dele, só que a garota era aquela que conversava com ele carregando um sorriso encantador. Era a garota que levava uma bolsa de remédios pra lá e pra cá. Que nunca tirava aqueles óculos de haste grossa, nem mesmo nas aulas de educação física. A garota que ele olhava durante a aula quando não queria mais ouvir nada do que o maldito professor explicava. A garota era Bae Gi, sua melhor amiga e seu maior caso de amor platônico.

— Hey... Não fica assim, meu bem. Ele não vai vencer. Eu não vou a lugar nenhum, ouviu? — afaga os cabelos escuros dela e dá beijinhos perto da orelha.

Recomposta, limpa as lágrimas e o encara com o rosto avermelhado. Por que é que ela de repente lhe pareceu ser a pessoa mais preciosa que já vira? Aqueles olhos tão determinantes? Aquela pele tão macia? Aquela boca tão beijável?

— Vou pesquisar mais... Quem sabe não encontro algo menos radical? — ela funga e quando vai se levantar, os dedos dela são pegos por ele. — Jeon, eu sei o que vai dizer.

— Sabe?

— Sim, mas acho que seria impossível convencer a Lan Riss a transar com você do nada.

— Quê? — pisca algumas vezes.

— Ah, você sabe. Tenho que aturar todos os dias você falando de como os cachos dourados dela brilham no Sol, como a voz dela é bonita, como ela é atraente...

— Para, Bae Gi.

— Ué? Agora é só você que pode elogiar ela?

— Eu não gosto da Riss.

— Não? — é a vez dela piscar.

— Não.

— Mas, então de quem você gosta? De ninguém? — ela ri, ficando ainda mais vermelha.

— De você, Gi. Eu gosto de você.

Já perceberam que o silêncio sempre precede aqueles momentos mega importantes? Pois bem...

Jeon pega nas bochechas de Bae com urgência e cola sua boca na dela. Somente uma possessão mesmo para fazer com que ele revelasse seus sentimentos por ela.

Quando o selinho rápido, porém poderoso, terminou, ambos sentiam um borboletário inteiro no estômago.

— Pode repetir o que disse antes de me beijar?

— Eu gosto de você.

— Mais uma vez, por favoooor? — pede ela cantando.

— Que menina mais chata que eu fui me apaixonar.

E retomam o beijo. Evoluíram para algo voluptuoso. Os dedos dele acariciavam o rosto dela enquanto ela pressionava a língua contra a dele. Quente. Está ficando muito quente. Gi monta em cima da almofada e mordisca os lábios de Jeon. Eles se beijam e acariciam, se beijam e se apertam um contra o outro, e beijam mais ainda. Calor. Que calor do inferno!

— Faria isso por mim? — Jeon a segura para que não fosse além. Precisava saber antes de qualquer coisa.

— Faria — a resposta na ponta da língua.

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❝𝐂𝐚𝐧𝐭𝐚𝐝𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐃𝐞𝐦𝐨𝐧𝐢𝐨⚤❞Onde histórias criam vida. Descubra agora