5. Visitar lá

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-você! Seu desgraçado!- Hongjoong por pouco não começou a socar Seonghwa no meio da rua, porque essa era sua vontade. - EU VOU TE MATAR!

    -opa,opa!- o Park se afastou e levantou do chão. - Calma, garoto! Esqueceu que eu não morro?

    -Foda-se! Eu...eu te odeio! Você destruiu tudo! Se você tivesse ficado quieto, pelo menos eu não seria expulso! Se você não tivesse me feito caminhar com aquele café e me derramar, eu não precisaria usar saia...e-e...- Hongjoong soluçou, estava pra chorar. -...e o cara não descobriria que eu sou gay.

    -uma hora ou outra ele ia descobrir. Era melhor desde cedo você descobrir que aquele cara é a merda de um preconceituoso do que trabalhar com alguém como ele e depois ser humilhado...

    -eu fui humilhado mesmo assim!

     -pelo menos eu joguei na cara de todo mundo que aquele filho da puta é um homofóbico!

     Uma lágrima grossa escorreu pelo rosto de Hongjoong e pingou no chão.

     -você é um estraga prazeres...você destruiu tudo que eu tinha...minha mãe, meu trabalho...

    Seonghwa suspirou e segurou a vontade de chorar. Hongjoong conseguia ser tão mau com as palavras...

    Park não falou nada, apenas desapareceu diante dos olhos do Kim, como uma nuvem de poeira. Hongjoong resmungou e socou o chão.

    -eu espero nunca mais te ver, Park Seonghwa!

    Hongjoong foi para casa pisando tão fundo que poderia fazer buracos na calçada. Continuava chorando e resmungando pragas e maldições para Seonghwa. Ele não tinha uma lista negra, mas criaria só para colocar o nome do Park nela. Queria muito ter um death note só pra anotar o nome dele.

    -eu odeio,odeio, odeio!- ele esperneou e entrou em casa. Umji o olhou confusa e parou de tomar sua sopa.

    -falando sozinho de novo?

    Quando a Kim olhou no rosto do primo, levou um susto e quase caiu para trás. Por Deus, o que tinha acontecido com Hongjoong?

     -Jesus, o que aconteceu?!

     -eu...perdi o emprego.

     -ah...-Umji ficou estática e tentou pensar em algo para consolar o mais novo. -...você vai conseguir um lugar bem melhor. Sabe, seu currículo é perfeito num nível assustador...

    -mas eu...aquele desgraçado!- Hongjoong deu um soco na parede e nem se importou com as juntas dos dedos sangrando.

    -aquele quem?

    -Seonghwa aquele filho da puta! Se eu o achar por aí....eu vou esgana-lo até a morte! Se bem que...ele está morto...eu acho.

    Umji largou sua colher e encarou o primo confusa. Aquele moleque tinha endoidado real.

     -você quer marcar um psicólogo? Eu...não sou boa em ajudar com isso, você sabe.

   -um abraço já me salva. - Umji abriu os braços e viu Hongjoong vir a abraçar. Ele não a apertou muito, como era costumeiro seu,  preferiu não falar nada que era melhor. - Se eu chorar hoje à noite não se preocupe, eu me viro.

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     Seonghwa rolava de um lado para o outro na cama e encarava o teto. Esperneou e resmungou algo sem nexo. Estava bravo demais.

    -eu te prometi que iria cuidar do seu filho, mas...eu não consigo...eu passei um dia ao seu lado e só destruí mais sua vida...acho que é melhor o manter longe de mim...- conversou com o retrato de Sowon posto ao lado de sua cama. Sabia que ela já não estava nem mais de corpo, nem mais de alma ali, mas continuava a amando. -Você deve estar tão linda sendo uma flor...uma linda flor...- Seonghwa sorriu ao imagina-la. Se virou para o lado, olhando o rosto lindo da ex-gerente. -Me desculpe.

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