-você! Seu desgraçado!- Hongjoong por pouco não começou a socar Seonghwa no meio da rua, porque essa era sua vontade. - EU VOU TE MATAR!
-opa,opa!- o Park se afastou e levantou do chão. - Calma, garoto! Esqueceu que eu não morro?
-Foda-se! Eu...eu te odeio! Você destruiu tudo! Se você tivesse ficado quieto, pelo menos eu não seria expulso! Se você não tivesse me feito caminhar com aquele café e me derramar, eu não precisaria usar saia...e-e...- Hongjoong soluçou, estava pra chorar. -...e o cara não descobriria que eu sou gay.
-uma hora ou outra ele ia descobrir. Era melhor desde cedo você descobrir que aquele cara é a merda de um preconceituoso do que trabalhar com alguém como ele e depois ser humilhado...
-eu fui humilhado mesmo assim!
-pelo menos eu joguei na cara de todo mundo que aquele filho da puta é um homofóbico!
Uma lágrima grossa escorreu pelo rosto de Hongjoong e pingou no chão.
-você é um estraga prazeres...você destruiu tudo que eu tinha...minha mãe, meu trabalho...
Seonghwa suspirou e segurou a vontade de chorar. Hongjoong conseguia ser tão mau com as palavras...
Park não falou nada, apenas desapareceu diante dos olhos do Kim, como uma nuvem de poeira. Hongjoong resmungou e socou o chão.
-eu espero nunca mais te ver, Park Seonghwa!
Hongjoong foi para casa pisando tão fundo que poderia fazer buracos na calçada. Continuava chorando e resmungando pragas e maldições para Seonghwa. Ele não tinha uma lista negra, mas criaria só para colocar o nome do Park nela. Queria muito ter um death note só pra anotar o nome dele.
-eu odeio,odeio, odeio!- ele esperneou e entrou em casa. Umji o olhou confusa e parou de tomar sua sopa.
-falando sozinho de novo?
Quando a Kim olhou no rosto do primo, levou um susto e quase caiu para trás. Por Deus, o que tinha acontecido com Hongjoong?
-Jesus, o que aconteceu?!
-eu...perdi o emprego.
-ah...-Umji ficou estática e tentou pensar em algo para consolar o mais novo. -...você vai conseguir um lugar bem melhor. Sabe, seu currículo é perfeito num nível assustador...
-mas eu...aquele desgraçado!- Hongjoong deu um soco na parede e nem se importou com as juntas dos dedos sangrando.
-aquele quem?
-Seonghwa aquele filho da puta! Se eu o achar por aí....eu vou esgana-lo até a morte! Se bem que...ele está morto...eu acho.
Umji largou sua colher e encarou o primo confusa. Aquele moleque tinha endoidado real.
-você quer marcar um psicólogo? Eu...não sou boa em ajudar com isso, você sabe.
-um abraço já me salva. - Umji abriu os braços e viu Hongjoong vir a abraçar. Ele não a apertou muito, como era costumeiro seu, preferiu não falar nada que era melhor. - Se eu chorar hoje à noite não se preocupe, eu me viro.
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Seonghwa rolava de um lado para o outro na cama e encarava o teto. Esperneou e resmungou algo sem nexo. Estava bravo demais.
-eu te prometi que iria cuidar do seu filho, mas...eu não consigo...eu passei um dia ao seu lado e só destruí mais sua vida...acho que é melhor o manter longe de mim...- conversou com o retrato de Sowon posto ao lado de sua cama. Sabia que ela já não estava nem mais de corpo, nem mais de alma ali, mas continuava a amando. -Você deve estar tão linda sendo uma flor...uma linda flor...- Seonghwa sorriu ao imagina-la. Se virou para o lado, olhando o rosto lindo da ex-gerente. -Me desculpe.
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Mars Hotel
ParanormalHongjoong, um garoto fascinado por viver, tem sua vida virada de cabeça para baixo quando recebe um convite para trabalhar no hotel em que sua mãe era gerente quando viva. Mas o grande ponto é que este hotel recebe apenas e exclusivamente, aqueles q...