18. Quer namorar comigo?

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      Hongjoong sentia que nunca mais iria querer sair dali. Estar com Seonghwa no meio das pernas o beijando tão ansioso era muito bom. Era como um sonho.

      -Eu te amo, Hongjoong...- Seonghwa desceu as mãos pelo corpo do menor e apertou sua cintura. -Eu te amo muito...

     -Eu também...-Hongjoong o segurou contra si e jogou a cabeça para o lado, dando espaço para que Seonghwa pudesse beijar todo seu pescoço.

Foi o que o Park fez. Mesmo que não fosse muito acostumado com isso, gostava muito de beijar Hongjoong e ouvir ele suspirando por sua causa.

O clima esquentava rápido demais, Seonghwa estava com as mãos na barra da blusa de Hongjoong para a tirar quando eles ouviram passos do lado de fora e alguém se aproximando.

Seonghwa foi rápido em segurar Hongjoong em seu colo e ir para trás da porta. Ela foi aberta e eles puderam ouvir a voz de Yuju.

-Onde o Seonghwa foi?- A porta aberta cobria os outros dois de sua visão, então Yuju não os viu e saiu da sala.

Quando a porta se fechou, Seonghwa soltou Hongjoong no chão e o olhou nos olhos.

-Quer namorar comigo?

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-Siga por aqui, hóspede. -Hongjoong guiou o fantasma pelos corredores do hotel e ele sentou em um dos sofás da grande sala de recepção. -Espero que possamos o recepcionar bem! Há algo do mundo humano que o senhor gostaria de fazer uma última vez?

-Eu queria...ser um bom pai para os meus filhos.

Hongjoong inspirou fundo. Normalmente os fantasmas pediam coisas relacionadas às suas famílias, mas o máximo que os funcionários do hotel podiam fazer era os levar para ver os familiares uma última vez.

-Ah...senhor, eu tenho certeza que você foi um ótimo pai. -Hongjoong tentou confortá-lo, tocando seu ombro e sorrindo serenamente. -Você é seus filhos poderão se encontrar em breve na vida após a morte. Famílias sempre se reencontram, em todas as suas vidas.

Alguns meses trabalhando no Mars Hotel renderam bastante conhecimento a Hongjoong. Ele havia aprendido um pouco de como as reencarnações funcionavam, pessoas próximas em uma vida serão próximas em todas. Sendo família ou amigos.

-Não, garoto. - O fantasma respondeu. - Eu não fui um bom pai...um pai não se afasta de seus filhos e perde o crescimento deles por motivos fúteis. - O fantasma se levantou. -Eu espero poder recompensar meus filhos na próxima vida...

Hongjoong ficou estático. Ele conhecia uma história parecida.

Será que seu pai se arrependeria do que fez algum dia?

-O senhor irá. - Hongjoong sorriu tristemente e guiou o fantasma até um dos quartos de hóspedes.

     Durante todo o tempo em que voltou para a portaria, refletiu bastante. Ele devia guardar rancor pelo resto da vida até que seu pai morresse? Devia desperdiçar esse tempo todo por ódio?

     Obviamente se ausentar completamente da vida do próprio filho não é algo que se perdoa fácil, mas Hongjoong pensava em relevar. Relevar apenas naquele momento para que eles pudessem resolver aquelas pendências.

      -Parece pensativo. -Seonghwa murmurou. Hongjoong levou um susto ao ouvir a voz do outro. Park o abraçou por trás e apoiou a cabeça na sua. -O que foi?

     -Estou pensando no meu pai...-Seonghwa franziu a testa. -Eu queria falar com ele, tentar entender o outro lado dessa história.

     Seonghwa deu um riso sem graça.

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