Seu olhar me analisou da cabeça aos pés. Focando em meus olhos, riu.
— Caralho...
Porra. Como era possível estar ainda mais bonito? A calça jeans rasgada denunciava tatuagens nas pernas. Botas escuras iam até os tornozelos. Usava uma camisa branca. Tinha uma gola aberta, que mostrava o início do peito. E mais tatuagens.
— Não acredito que são amigos da garota do sex shop! — sorriu, olhando para o casal. A garota de cabelos azuis franziu o cenho, confusa.
Foda-se. Não preciso explicar nada.— Você é o maldito vizinho?
Seus amigos sumiram do campo de visão, entrando no apartamento. Noah encostou a porta, se pondo a minha frente. Não tirou a mão da maçaneta.
— Não me diga que mora aqui... — as covinhas surgiram.
— Moro! No andar de baixo.
Cruzei os braços, batendo o pé no chão furiosamente. O garoto deu de ombros, levando o cabelo para trás. Usava mais anéis do que quando o vi pela primeira vez. Provavelmente, um em cada dedo.
— O destino sabe o que faz, gatinha. — aquele apelido estava, sem dúvidas, reprovado.
— Não me chame assim!
— Como posso te chamar, então?
Engoli em seco, arqueando as sobrancelhas. De fato, muito bonito, mas sua petulância o tornava horrível.
— Meu nome é Sina. — sua expressão suavizou. Endireitei a postura, decidida a não cair no seu charminho. — De qualquer forma, subi para pedir que abaixe o som. Minha amiga não está conseguindo estudar. Além do mais, lembre-se que tem vizinhos!
— Nunca tive nenhuma reclamação. — deu de ombros. — Fale para sua amiga subir. Vocês podem curtir a festa. Aposto que vão gostar.
Convidativo, tenho que confessar. Queria entrar, ver seu apartamento, quantas pessoas tinham ali. Mas precisava mostrar responsabilidade. Meu despertador me acordaria em menos de oito horas.
— Não seja um babaca! — suas sobrancelhas levantaram. — Se não tem uma vida, problema é seu! Precisamos acordar cedo amanhã. Não vamos a sua festa estúpida.
Quanto mais distância tomar de Noah, melhor.
— Tem cinco minutos para abaixar essa merda. Ou farei questão de chamar o síndico para o fazer.
— Ei, ei. Calma. Não precisa chamar ninguém. — espalmou suas enormes mãos. — É só uma festinha. Pare de ser tão careta.
— Uma festinha?! Você nos perturba todos os finais de semana. Não contente, quer fazer isso em dia de semana também? — aumentei o tom de voz. — Que tipo de idiota organiza uma festa em plena quinta-feira?!
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HANDS TO MYSELF - Noart
FanfictionEm um sex shop, Sina conheceu Noah Urrea, um homem sedutor e cativante, que provou de sua inocência de forma deliciosa.