epílogo.

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4 anos depois...

— Meu Deus! Até a hora da cerimônia, eu vou enfartar! 

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— Meu Deus! Até a hora da cerimônia, eu vou enfartar! 

Olhei para o reflexo do espelho. O vestido branco afinava a cintura, a parte de trás exibia as costas nua. O tecido extremamente justo realçava perfeitamente as curvas do corpo. Na região traseira, uma cauda de sereia alcançava o chão – a renda com desenhos de flores dava um toque delicado ao traje. 

A cerimonialista – Joan – se aproximou, posicionando a tiara de flores no topo da cabeça. O véu quase transparente arrastou-se pelo piso. Sorri com a imagem que vi. 

— Puta merda. Estou linda... 

— Está perfeita, Sabina. — minha amiga se virou para me encarar, sorrindo com os olhos marejados. Andei em sua direção, entrelaçando nossos dedos. — Por favor, não chore. Não queremos que borre a maquiagem. — ela fungou, engolindo as lágrimas. 

— Tem razão. Gastei muito dinheiro nessa maldita maquiagem para estragar tudo em dois segundos. 

— Sina, é melhor você ir. A Sabina vai entrar logo. — assenti à orientação de Joan, beijando o dorso da mão de minha amiga. 

— Boa sorte. 

Me afastei, andando lentamente para me equilibrar no enorme salto. Gostava do que vestia – Sabina me ajudou a escolher. O macacão era bem soltinho, com o tecido de seda o detalhando. O par de saltos altos brancos, contrastando perfeitamente com a vestimenta azul escura. A cor realçava meus fios de cabelo soltos em mechas encaracoladas. Usava joias no pulso e orelhas, além do meu anel de compromisso. 

Sai do enorme casarão antigo – típico da Inglaterra – para chegar ao jardim decorado. Todos os cento e cinquenta convidados estavam presentes, ocupando os lugares dos bancos em frente ao altar. O juiz fazia companhia para Joalin, que esperava ansiosamente a noiva. Seus pais e sogra estavam ao lado.  Era estranho imaginar que, depois daquele dia, eu não viveria mais com a garota que morei por mais de quatro anos.

Após se formar na faculdade, Saby conseguiu o emprego que tanto buscava – chefe de reportagens investigativas numa emissora nacional. Ela e Joalin compraram uma casa perto do serviço da morena – cada um pagando por metade do imóvel. Seu salário era, de fato, muito bom. 

Sabina prometeu que sempre me visitaria no – agora – meu apartamento. Para minha felicidade, meu emprego também proporcionava ótimas oportunidades. Trabalhando como editora num dos maiores jornais de Londres, pude comprar o apartamento. Paguei a última parcela na semana passada. Finalmente, está totalmente quitado. 

Rodeei o olhar pelo ambiente, encontrando meu namorado. Corri até ele, beijando seu rosto antes de me sentar ao seu lado. Com um aceno, cumprimentei Heyoon e Joel, que estavam do outro lado do garoto de olhos verdes. Joel namorava um garoto com descendência colombiana que conheceu a uns dois anos, enquanto Heyoon tinha o casamento marcado com seu noivo para daqui alguns meses. Da mesma forma, a garota e o espanhol nunca deixaram de ser amigos. A relação deles não poderia ser mais saudável. 

HANDS TO MYSELF - Noart Onde histórias criam vida. Descubra agora