14.

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Permaneci estática, como se estivesse congelada

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Permaneci estática, como se estivesse congelada. Quando finalmente me dei conta de que realmente estava aqui e aquilo não era uma visão, bloqueei seu olhar faminto ao enrolar a toalha em volta do meu corpo nu. 

— Como entrou na minha casa? — me encarou fixamente, franzindo o cenho. A vontade de bater em seu rostinho angelical crescia. — O gato comeu sua língua? Responde, porra! 

— Você deixou a porta destrancada. 

— Destrancada? Não poderia estar destrancada. A Sabina... — me calei. 

Não. Acredito. Eu tinha feito um único pedido! Ela só deveria trancar a maldita porta.
Não é possível que seja tão distraída assim.

Sabina não teria feito isso para me sacanear. 

Teria?

— Bom, foda-se que a porta estava destrancada! Ninguém te ensinou a ter modos? Não pode simplesmente invadir a casa das pessoas! 

— Porra, Sina! Não consigo te entender, eu juro. — foi a minha vez de franzir a testa, totalmente confusa. — Você pediu que eu viesse, agora está surtando por isso? 

Meus olhos cresceram. Os nós dos dedos estavam embranquecidos, machucados pelo aperto da toalha ao meu redor. 

— Eu pedi que viesse? Por que raios faria isso? — Noah praguejou baixinho, enfiando a mão no bolso traseiro da calça jeans.

Desbloqueou seu celular, esticando-o em minha direção.

— Veja a porra da mensagem. 

Ri ironicamente, puxando o aparelho. Meu sorriso se desfez ao visualizar a tela brilhante. Um contato. Com meu nome. A mensagem enviada no período da tarde, horário em que eu estava na cafeteria, trabalhando. 

Eu: Precisamos conversar. Devo chegar em casa no início da noite. Minha amiga sairá num jantar com o namorado. Te mandarei mensagem avisando. Estarei sozinha. 

Depois, outra mensagem. De quinze minutos atrás. 

Eu: Ela acabou de sair. Pode vir. A porta está aberta. 

Eu, Sina Deinert, prometo que, assim que encontrar Sabina novamente, a espancarei até sua morte. Ok, passei um pouco dos limites. Apenas uns ferimentos leves estão ótimos. Ela precisa aprender a não se meter onde não é chamada. 

Só poderia ter sido mais um dos planos imbecis dela. Claro que, ter esquecido o maldito celular em casa, me traria problemas. Como posso ter sido tão ingênua? Preciso mudar a senha urgentemente. E não compartilhá-la com ninguém. Minha melhor amiga, principalmente. 

Com a cabeça erguida, devolvi o celular para seu dono, engolindo em seco. Ele o guardou no bolso, estampando o sorriso convencido. 

— No fundo, imaginava que era uma garota sapeca. Mas não a ponto de pedir que viesse ao seu apartamento justamente quando planeja sair do banho. E esquecer a toalha no quarto? Típico, hum? 

HANDS TO MYSELF - Noart Onde histórias criam vida. Descubra agora