CAVALOS-MARINHOS

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Há cavalos-marinhos no Interior do Subcontinente da América do Sul?

Há dois mil quilômetros do Oceano Atlântico e a cinco mil quilômetros do Oceano Pacífico, existem mimetizados cavalos-marinhos nas pedras que se espalham pela secura do cerrado.

Há uma nítida consciência de formas na natureza e as explicações de que aquele território já foi fundo do mar contraria a lógica da durabilidade razoável das coisas.

Então, o que resta dessa constatação é a certeza de que há uma consciência nas pequenas e nas grandes realidades.

As formas são reproduzidas como se o arquiteto esgotasse seu arquivo acashico, e, em tamanhos menores ou maiores repetisse o modelo.

O modelo fotografado de cavalo-marinho ainda estava ligado à pedra por esporos de fixação, presumindo-se pela aderência existente que há pouco vivia e respirava não num oceano, mas no manto  quântico reproduzindo um oceano.

Isso se assemelha ao caso do doente com febre malária que tremia ao meio-dia na linha do Equador,  debaixo de um sol escaldante e a uma temperatura de 45 graus centígrados,  em Macapá,  Amapá.

A todos que lhe perguntaram porque tremia tanto, respondia convicto de que havia chegado uma  "friaca" no Norte do País.

A realidade era condicionada à  sensação de frio, interno, não ao que via externamente.

O filtro dele condicionava tudo em volta, mas a consciência coletiva o obrigava a aceitar as evidências dos outros. 

Se saísse ao sol não se queimaria, tampouco  bronzeado faria  na sua pele sob o seu interessante ponto  de vista. 

E o mal que faria este sol do equador não seria maior que o mal interno da doença transmitida pelo minúsculo mosquito Aedes Aegypt, um vetor demolidor do fígado.

A realidade sem cor vem dos filtros internos.  Não  há  branco ou preto, mas apenas o cinza.

Não  há frio ou quente,  mas a realidade como ela sempre  foi, a impressão  da consciência de suportável ou insuportável. 

A vida pode estar em qualquer  sopa cósmica, com ou sem oxigênio,  com ou sem temperatura alguma. 

Por isso,  os prognósticos de destruição estão sem crédito depois de Hiroshima, Nagasaki, Chernobil,  Fukushima ou em Marte.

Até o termo "sem vida" passou a ser "sem vida como nós a conhecemos", mostrando que mesmo a ciência ortodoxa entendeu que a vida pode ser maior que nosso filtro de sensações externas e internas.

A realidade parece plasmar a todo instante que estamos errados quanto  às  nossas convicções mais profundas.
A própria idéia de vida tem sido questionada.

A certeza virou artigo de fanáticos religiosos para consumo do poder. Nada é  mais tão certo.

Há uma dúvida existencial, contribuindo para que, observado, o Universo nos dê uma aquarela inteira de nuances.

A própria observação científica tem nos revelado surpresas incríveis, mutáveis,  dinâmicas e capaz de nos colocar inteiramente em dúvida se realmente o que vemos está acontecendo no real time* (tempo real).

A realidade já não é incontestável, mas atemporal.

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