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The Devil in I

tw // drogas, violência, morte, menção a suicídio

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07 de Agosto de 2013;
Nowon-gu, 03:00.

Yoobin caminhava de um lado para o outro, estava preocupada com a demora dos três garotos e sua ansiedade parecia a consumir aos poucos. Era apenas uma negociação, deveriam estar em casa novamente até - no máximo - às duas da madrugada.

Voltou a sentar no sofá, roendo suas unhas ao tentar respirar fundo, sentia seu estômago revirando e se demorassem mais, temia passar mal de novo. Olhou seu celular, não recebendo nenhuma mensagem ou ligação e os minutos pareciam que não passavam, estava se sentindo em seu limite.

Contudo, a mais nova ouviu o barulho de algo na porta e pegou a arma em seu lado, ficando em pé e apontando para a frente, preparada para atirar em qualquer um que não fosse os meninos que moravam ali. A casa estava escura, mas a Lee foi capaz de notar a silhueta de Hoseok, sorriu aliviada, deixando a arma de lado.

– Hobi, finalmente vocês voltaram, eu estava preocupada – falou alto, atraindo a atenção do Jung que continuou parado no mesmo local, um pouco a frente da porta – cadê os meninos? Por que demoraram tanto?

Suas perguntas não foram respondidas, por isso se aproximou devagar, o riso morrendo aos poucos quando notou o silêncio ensurdecedor. Chegou até a parede da sala e acendeu a luz, sentindo o nó na garganta quando olhou o rosto sem vida do mais velho e suas roupas completamente sujas de sangue.

– Cadê os meninos? – voltou a perguntar, um arrepio percorreu seu corpo e o desespero começou a consumi-la – Hoseok, cadê os outros? Cadê o Taehyung e o Yangie?

– Eu sinto muito.. – a voz baixa demonstrava todo o sofrimento que estava sentindo, abaixou o olhar, não conseguindo encarar a garota – eu sinto muito...

– Taeyang... – arregalou os olhos, levando a destra até a boca e abafando um grito – É mentira, não é?

Hoseok voltou a chorar, estava completamente perdido e sentia o peso daquela morte, nunca esteve preparado para algo daquele nível, nunca imaginou perder alguém da sua família.

Porém precisava ser forte, deveria arrumar forças para suportar aquilo tudo porque sabia que se não fosse assim, Taehyung jamais conseguiria sobreviver. E era apenas nisso que tentava focar naquele momento, em fazer seu namorado aceitar a perda do irmão, por mais doloroso que fosse.

– Cadê ele? – Yoobin voltou a sussurrar, as lágrimas não eram impedidas e ainda parecia que o choque da notícia não tinha sido processado – Cadê o meu Yangie?

– No carro.

Passou pelo Jung e saiu da casa, travando no mesmo local quando viu o automóvel em sua frente. De onde estava era capaz de ver Taehyung abraçado ao corpo do outro, seu choro também era audível e transmitia tanta dor que Dami mordeu a própria mão, tentando não gritar de desespero.

Respirou fundo mais uma vez, dando passos incertos naquela direção e não conseguindo se controlar quando abriu a porta do carro e o viu ali, coberto por sangue e o rosto pálido, sem vida.

Sentou ao seu lado e o abraçou também, chorando a perda do Kim, o qual havia prometido voltar sem nenhum arranhão para casa, mas quebrou outra promessa.

Taehyung e Yoobin ficaram daquele jeito por minutos intermináveis, não queriam se afastar, muito menos dizer adeus.

Concordar que Taeyang estava morto era assustador demais, era real demais para suas mentes exaustas.