𝗧𝗛𝗘 𝗕𝗥𝗘𝗔𝗞𝗙𝗔𝗦𝗧 𝗖𝗟𝗨𝗕

Reyna.

Reyna Avila Ramírez-Arellano. A garota que assustava dois terços dos adolescentes daquela escola, e talvez até alguns professores. Ela era forte e tinha um ar poderoso, e ela era poderosa de verdade, uma líder nata, com um espírito livre e sábio. Mas por dentro, era uma simples adolescentes, com diversos traumas. Talvez traumas até demais. 

Crescera apenas ela e a irmã mais velha, Hylla. E é assim desde que ela se lembra. E a garota gosta daquilo, era bom e se sentia segura com sua irmã, mais segura do que com qualquer outra pessoa no mundo. 

Para muitos, Reyna não tem sentimentos ou é simplesmente fria demais para ao menos demonstrar. Mas poucas eram as pessoas que viam Reyna demonstrar sentimentos. Thalia, sua irmã, Jason e Nico, eram algumas dessas pessoas. A garota não gostava de demonstrar "fraquezas" algo que Hylla e os irmãos Grace já pegaram no seu pé por. Mesmo sem saber, ela e Annabeth compartilhavam essa característica um tanto negativa que afetava a saúde mental das duas.   

Por isso pergunta de Hazel assustara um pouco a garota, quando ela se apaixonou por Thalia? Provavelmente no nono ano, quando começou a fazer parte do time de vôlei feminino da escola e Thalia foi quem lhe disse que entrara na equipe. E sentia borboletas no estômago toda vez que a Grace dizia seu nome. Foi  então que a Grace viu Reyna mostrar sentimentos. 

- Eu.. não sei. - Reyna adimitiu. - Acho que, não ouve um momento específico eu apenas..

- Passou a ama-la? - Frank completou.

Reyna assentiu, Jason abriu um sorriso ao saber que sua irmã era amada daquela forma.

- Quando soube que ela era a certa? - Frank questionou. 

- Quando fomos no nosso primeiro encontro, ela fez meu coração palpitar ainda mais rápido, ela me fez sentir viva. - a latina tinha um sorriso bobo no rosto. - E foi aí que percebi que eu queria poder chama-la de minha e queria acordar do seu lado todas as manhãs. 

- Isso é definitivamente a coisa mais romântica que eu já ouvi. - Annabeth disse.

- E as milhares de juras de amor que Luke lhe fez? - Piper perguntou e a loira a olhou com cara feia. 

- Juras de amor as quais eu foi tola o suficiente para acreditar. - a Chase murmurou.

- Annabeth, dê a si mesma um desconto. Você tinha catorze anos e estava apaixonada. - Hazel repreendeu a amiga. 

- Quando estamos apaixonados nós ficamos cegos. - Leo diz olhando para um ponto fixo no chão. 

- Tão cegos que mal vemos o que está debaixo dos nossos narizes. - Jason concordou com latino. - Todos já fizemos coisas estupidas por amor, você não foi a única, Annabeth. 

A loira deitou-se novamente na mesa, olhando para fixamente para o teto. Ela tinha uma expressão neutra, mas um tanto triste ao mesmo tempo. Tantas memórias, tantas dores e tantos avisos ignorados.

- Thalia me avisou, eu não ouvi. Grover me avisou e eu também não ouvi. - a garota admitiu. - Se eu tivesse lhes ouvido, s-se eu tivesse percebido mais cedo que Luke era eu.. não teria sofrido tanto. 

- Sofrer faz parte da vida. Querendo ou não.- Nico assegurou a garota.

- Alguns infelizmente sofrem mais que os outros. - Jason disse em um tom baixo. 

Piper levantou-se da mesa e sentou ao lado do.. amigo? Namorado? Ela sabia da sua história, ela sabia dos seus temores, ela sabia também de seus traumas. 

- E é exatamente por isso que temos de deixar o passado no passado. - McLean confortou o loiro. - Todos nós temos cicatrizes, algumas são apenas menos evidentes. 

Ela abriu um sorrisinho 'pros outros oito adolescentes. 

- No meu caso, tenho cicatrizes aparentes - Jason disse apontando para a pequena cicatriz que tinha na boca. -, e outras nem tanto. 

- Sabe, eu ouvi dizer que contar sobre os seus problemas facilita. - Percy disse ao Grace. - Se quiser nos contar, ninguém vai lhe julgar, eu prometo. 

Jason suspirou. 

- Isso começou muito antes de eu conhecer qualquer um de vocês, começou quando era apenas eu e Thalia... - ele respirou fundo. - Eu e Thalia.. contra nossos pais.