𝗛𝗘𝗔𝗥𝗧𝗕𝗥𝗢𝗞𝗘𝗡.

↝ 𝚝𝚑𝚛𝚎𝚎

Can you hear me screaming: Please don't leave me?
Hold on, I still want you
Come back, I still need you
Let me take you hand, I'll make it right
Hold on, I still need you

author's pov.

Joan soube no instante em que a filha saiu de casa, que havia algo de errado ali. Ela tinha a certeza de que algo iria acontecer, mas mesmo assim, esperava estar errada. Ela queria acreditar que eram só as taças de vinho fazendo efeito, mas algo dentro dela, um sexto sentido aguçado, dizia que ela precisava ir atrás da filha.

Ela nunca aprovou de verdade o namoro entre Ari e Justin. Assim que se mudou pra cidade, depois de algumas idas ao cabelereiro, ela descobriu exatamente quem era o filho de Pattie Mallette. Justin Bieber era famoso por ser galanteador e charmoso, e o garoto fazia bom proveito dos dons divinos que havia recebido. Todos a alertaram pra manter Ariana longe de Justin. Mas mesmo com todas as regras proibindo Ariana de ficar perto de Justin, eles acabaram se apaixonando. Joan jamais poderia negar algo que fizesse a filha feliz, e Justin deixava os dias de Ariana mais felizes. Não era necessário fazer parte da família para ver isso, qualquer um poderia notar. 

A relação de Justin e Ariana se mostrou muito saudável, e calou a boca de muitas pessoas na pacata cidade onde Joan mora. Algumas pessoas até arriscaram dizer pra Joan que sentiam pena do que Ariana podia passar, mas mesmo assim, Ariana não quis dar ouvidas á esses comentários maldosos. Tudo o que ela queria era ser feliz, e Justin a fazia feliz.

O relógio marcava meia noite e dez, e Joan ainda estava de olhos abertos. Ela sabia que tinha algo errado, também porque Justin nunca atrasava, mas ela sentia uma dor forte no peito. Uma dor de perda, talvez. Edward estava deitado na cama, já de olhos fechados. A mulher então decidiu esperar mais alguns minutos, eles podiam só ter se perdido com o tempo. Pode acontecer também, não é?

Mais dez minutos se passaram, mas dessa vez Joan não quis esperar mais. Ela se levantou da cama, agarrou o roupão que estava jogado em uma cadeira no quarto, e desceu as escadas. Joan correu até seu caderninho de anotações, onde se lembrava de ter anotado o número de Pattie, a mãe de Justin. Ela folheeou o caderno, até finalmente encontrar o que queria. Pegou o telefone no gancho, e discou o número. Pattie atendeu depois de muitos toques.

— Sim? — Ela perguntou um pouco impaciente.

Não podemos julgá-la, o relógio já marcava meia noite e vinte e cinco.

— Pattie, tudo bem? É a Joan. — Joan disse e apertou mais o telefone nas mãos. — Eu não quero atrapalhar, então vou ser breve. Desculpe o horário, mas eu preciso saber se está tudo bem com a minha filha. Eles estão na sua casa?

— Não se preocupe, querida. Eu entendo totalmente essa preocupação, porque estou da mesma forma. — Joan sentiu sua respiração falhar por alguns minutos. — Mas eu achei que o Justin estivesse aí... Ele me disse que o Edward é rígido com o horário. Eles não estão aí?

— Não... — Joan disse com a voz falha. — Ele não me disse pra onde ia, você sabe o que ele planejou pra hoje?

— Ele comentou algo sobre a pista de hockey, mas eu não tenho certeza se eles estão realmente lá. — Pattie disse.

— Tudo bem, eu vou pegar o carro e sair para procurá-los. — Joan disse afobada.

— Joan, você não acha que é um pouco demais? Talvez eles só tenham perdido a noção do tempo! O Justin sempre fazia isso, quando era mais novo. Talvez eles tenham aproveitado tanto, que tenham perdido a hora. — Pattie tentou acalmar Joan, mas nada seria capaz de fazê-la se sentir melhor, a não ser ver a filha bem.