𝑪𝒓𝒂𝒛𝒚 𝑶𝒗𝒆𝒓 𝒀𝒐𝒖 •Jenlisa• g!p

Cap.1

Capítulo não revisado.

Pov Jennie

Era mais um dia cansativo, eu estava fazendo minhas tarefas para logo depois ir para a sala de estar esperar a Madame Ceci, para a minha aula de etiqueta que a minha madrasta insistiu para que o meu pai pagasse essa professora. Disse que preciso me "tornar" uma dama para que um dia possa me casar com um belo rapaz e entrar em uma ótima família. Odeio tudo isso.

--Jennie!!! A Madame Ceci está te esperando para o Chá. -chamou a governanta da casa, a Maria.

--Já estou indo! -respondi me levantando e indo em direção a porta.

•••

Parecia que essa aula nunca chegaria ao fim. Já era quase 19h quando a Madame Ceci me dispensou, fui direto para o meu quarto, escolher uma roupa para tomar banho. Fui surpreendida por Clarice, que estava sentada em minha cama.

--Você não tem jeito mesmo, não é pirralha? -Disse analisando cada canto do meu quarto.

--O que você quer aqui?

--Olha como fala comigo. -Se levantou e veio em minha direção, segurou em meu queixo e apertou com um pouco de força. --esse quarto está uma bagunça! Olha esses livros todos espalhados.

--Eu ia arrumar, mas Madame Ceci chegou e... -Fui interrompida por ela.

--Seu pai está pagando ela em vão. Você continua tão mal-educada, pirralha. -Soltou o meu queixo. --Arrume essa bagunça.

--Sim, senhora. -Abaixei minha cabeça.

--Aaah, quase ia me esquecendo. -Sorriu de orelha a orelha. -O Alfredo já chegou!

--Sério? -um sorriso se formou em meus lábios.

--Calma, querida. Acho melhor você se sentar. -disse numa falsa tristeza. --Eu disse que o Alfredo chegou..e não o seu pai. -naquele momento senti uma dor em meu coração. --Alfredo disse que o seu pai adoeceu no caminho e infelizmente. -Deu uma pausa e abriu o seu leque. --Ele não resistiu.

--Como assim? O papai estava bem, ele...

--Deixe de ser chata e aceite as coisas. O seu pai morreu e agora eu sou responsável por você, o que significa que você deve me obedecer e fazer tudo que eu quiser.

--você não pode. -uma lágrima desceu de meu olho e muitas outras em seguida. --Você não é minha mãe.

--Garota tola! Quem irá cuidar de você? Você não tem ninguém.

--Saia do meu quarto! -Comecei a chorar desesperadamente.

--Quem você pensa que é para falar assim comigo? Pirralha. Só não vou discutir com você agora porque o meu banho me espera. Agora vá tomar um banho e trate de descansar, amanhã cedo iremos conversar sobre um assunto muito sério.

Eu não respondi. Ela saiu do meu quarto, finalmente me deixando sozinha com meus pensamentos. Se com o meu pai aqui ela já me tratava tão mal, imagine agora. Ela tem razão, eu não tenho mais ninguém, infelizmente vou ter que obedecer ela e tentar fazer de tudo para não sofrer tanto em suas mãos.

Fui para a minha banheira e tentei não chorar, mas foi em vão.Cada segundo que passava me vinha a imagem dele em minha mente, seu sorriso, sua voz, quando dizia que me amava, quando me chamava de princesinha, momentos de quando ele brincava de tomar chazinho comigo quando eu era pequena. São tantas lembranças.

--vou sentir tanto a sua falta papai.

Infelizmente não iria ter um velório, pois o Alfredo disse que meu pai foi sepultado assim que faleceu. O que me deixou ainda mais triste. Queria muito me despedir dele, vê-lo por uma última vez.

--Pequena Jen? -Perguntou a Maria entrando em meu quarto.

--Oii Maria. -respondi com uma voz chorosa.

--Não chore, minha querida. -Assim que sai da banheira me enrolei na toalha e ela me abraçou. -Trouxe uma sopinha para você. Coma tudo, por favor. -Eu assenti e ela depositou um beijo no topo da minha cabeça e saiu.

•••

--Que bom que acordou cedo, assim podemos adiantar o assunto. -Disse logo ao me ver entrar na sala de estar.

--Do que se trata essa conversa ? -Disse sem esboçar sentimento algum.

--Você irá se casar!! -Disse na maior naturalidade, como se isso não fosse nada.

--O quê???? -Arregalei os meus olhos. --Eu não vou me casar!!

--Você vai sim. Já passou da idade. Foi o seu pai quem escolheu com quem irá se casar. -Levou a xícara de chá até sua boca. --Irá se casar com a filha do Alfredo.

--Quê?? Filha? Eu não gosto de garotas.

--Já chega, pirralha. Você irá se casar e pronto. Iremos hoje para um jantar na casa deles, para quê possam se conhecer. O casamento é daqui a 1 mês.

--1 mês? Tão rápido?

--Sim. Como eu disse, você já passou da idade.

--Eu odeio você! -Antes que ela me respondesse, sai chorando e correndo em direção ao jardim.