[esse é um presente de aniversário para Larissasdp13579 (eu acho q é hj, se não for, desculpa meu amor) enfim, desejem parabéns a ela aqui]
O barulho do vidro quebrando invadiu os ouvidos de Tony outra vez.
Ele não se importava mais com o que quebrava.
Viu o líquido âmbar escorrer pelo chão, em meio aos cacos do copo. Ele preferia tomar na garrafa.
Virou outra vez o whisky em sua boca, sentido toda a garganta arder.
Sua vida estava uma droga.
Todos seus "amigos" o deixaram e se expalharam pelo mundo.
Steve o deixou.
Steve o deixou por Barnes.
Seu sangue ferveu com o pensamento, arremessando outro copo contra a parede.
Ele estava sozinho naquela porcaria de QG, pensando em todas as traições.
Clint o traiu.
Wanda o traiu.
Natasha o traiu.
Steve o traiu...
Ele queria gritar.
Steve era a porra de um traidor.
Ele tinha confiado nele.
Tinha se entregado a ele.
Tinha amado ele.
E agora estava sozinho novamente.
Sozinho como sempre.
Sozinho como depois da morte de seus pais.
Ele esteve sozinho desde que Bucky Barnes matou seus pais a sangue frio.
E mesmo assim Steve defendia aquele homem. O homem que matou um de seus maiores amigos. O homem que matou a pessoa que passou sua vida atrás de resgatar o Capitão América.
Steve traiu Tony.
Sentiu as lágrimas teimosas descerem em seu rosto, enxugando-as rapidamente. Ele se recusava a derrubar se quer uma lágrima por Rogers. Não denovo.
Ele voltou a beber, tirando sua camiseta pelo calor no ambiente. Ou talvez o álcool estivesse fazendo efeito. Mas ele parou tudo quando ouviu um barulho. Quem diabos seria? Peter? Ele teria lembrado de si?
- Quem tá aí? - perguntou num tom alto.
Nenhuma resposta.
Talvez fosse coisa de sua cabeça.
- ninguém está aí mesmo. Quem seria? O papai Noel me trazendo meu presente de natal? - continuou, falando consigo mesmo agora - oh papai Noel, você veio me trazer a Saúde psicológica que eu pedi? - riu seco, tomando mais de seu whisky. - provavelmente não, eu fui um garoto mal criado. Não é atoa que todos me deixaram - suspirou por um instante.
Ele sentiu as mãos tremerem.
Agora ele entendia o calor.
Seus pulmões pareciam queimar denovo.
Parecia que nunca se acostumava com a situação.
Seus olhos pesavam, sua boca secou. Os primeiros sintomas.
Ele jogou a garrafa contra a parede a sua frente. A raiva.
Seus joelhos cederam, e ele foi ao chão, soluçando com o início do choro. O medo.