𝖽𝖿𝗂𝖽𝖾𝗅𝗂𝗓

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sem conexão com a realidade.
contém: conteúdo sexual;
palavras de baixo calão;
insinuações a sexo.
não foi pedido.
revisado.

×××

Paloma.

Eu trabalho na Honey à 2 anos, ela considerada uma das melhores boate de São Paulo. De início se parece realmente com uma boate normal, palco, pista, área vip e tudo mais. Mas isso só encobre a verdadeira "magia" que acontece nos fundos.

Nos fundos da Honey é onde eu trabalho. Aqui estão os famosos e milionários que querem gastar com bebidas caras e "garotas caras".

Terminei de vestir a minha lingerie e coloquei o meu sobretudo saindo da grande sala de preparação e indo até a barra de pole dance, onde eu fazia, a minha magia, acontecer.

As luzes que já eram baixas se apagaram por completo e quando se acenderam novamente, estavam em vermelho. Nesse momento eu sabia que não importava quem estivesse ali, todos estariam me olhando.

Garotas como eu, que trabalham diretamente com os homens, sabem exatamente o que eles gostam. Eu sei muito bem usar o meu corpo, as luzes, a música e a barra ao meu favor, e sei que eles gostam do que eu faço aqui.

Derrubei o meu sobretudo no chão revelando meu corpo e algumas notas foram jogadas em mim. Me aproximei do "poste" e comecei a fazer os meus movimentos sensuais. Enquanto eu dançava, fazia questão de ter contato visual com cada um ali. A minha dança precisa ser viva, eu preciso que quem está me assistindo, me deseje, e nada melhor do que um contato visual com luxúria.

Em algum momento meus olhos pousaram em alguém especial, que me encarou de volta na mesma intensidade. Ele tinha a pele negra, um porte magro, mas não tanto e algumas tatuagens, foi tudo o que consegui reparar. Me encarava com um sorriso de lado e uma vontade no olhar diferente, que causou uma sensação estranha em mim. Nós mantivemos contato visual durante toda a dança, parecia que meu corpo se movia pra ele, que a dança era feita pra ele e que só nós estávamos ali.

Quando finalizei a dança, várias cédulas foram jogadas em mim, acompanhadas de alguns assobios, eu apenas dei um sorriso para os presentes e saí dali indo me recompor.

Na Honey eu e todas as outras garotas temos um salário fixo no mês, mas podemos agregar o valor dependendo da nossa "frequência" no mês. Eu, por já trabalhar a muito tempo aqui e também por ser uma das "atrações", tenho um salário bom e suficiente, o que não me exige ficar com alguém sempre, só quando eu quero ou ele tem um ótimo valor pra somar, mas isso é raro.

Por sorte, a Honey não é como aqueles prostíbulos que as garotas precisam transar com "50" caras na noite pra no final receber só 20% por cento de todo o dinheiro. Aqui, o nosso trabalho é valorizado. Talvez esse seja um dos motivos para a Honey ser tão famosa. As coisas saem bem feitas quando temos incentivo e vontade de fazer e isso também funciona no sexo.

── O trabalho ainda não acabou, Paloma. ── meu chefe abriu a porta do "camarim" colocando apenas a cabeça pra dentro e me dando um olhar severo. Ele foi um anjo na minha vida e também na das outras garotas, mas é bem exigente.

── Eu sei, só mais uns minutos. ── juntei minhas mãos em forma de imploro.

── Mais 5 minutos e nada mais. ── disse e fechou a porta.

Aproveitei o tempo para retocar a maquiagem e trocar de "roupa". Logo voltei ao salão onde as garotas andavam de um lado pro outro com bebidas e outras coisas, fechando o trabalho da noite.

𝗺𝗲𝘂 𝗹𝘂𝗴𝗮𝗿Onde histórias criam vida. Descubra agora