𝗺𝗲𝘂 𝗹𝘂𝗴𝗮𝗿

𝗒𝗎𝗇𝗄 𝗏𝗂𝗇𝗈

sem conexão com a realidade.
contém: palavras de baixo calão;
uso de substâncias químicas;
insinuações a sexo.
não foi pedido.
revisado.

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Letícia.

── Vamos subir? ── perguntei vendo meu namorado chegar perto de mim no sofá da recepção do hotel, ele assentiu normalmente e me estendeu a mão, havíamos acabado de sair de um show, era um pouco mais que 2h da manhã.

Eu conheço o Vinícius a 10 anos já, a gente era criança e eu conheci ele pelo meu falecido irmão. Logo de cara a gente virou amigo e acho que a gente sempre se gostou, só não admitia, mas faz mais ou menos 1 ano que rolou e agora nós estamos aqui.

O sonho dele na música, com a fama, studio, shows... Vem desde menor, ele sempre falava sobre isso pra mim e eu sempre apoiei, gostava do sonho dele, acho linda e verdadeira a paixão dele pela música. E desde quando a primeira música estourou a gente trabalha junto, o que explica eu viajar com ele pra todo lado que ele vai mesmo não sendo parte da produção.

O sonho dele se tornou o meu, eu nunca tive nenhum objetivo próprio relacionado a trabalho ou algo assim. Eu quis e quero poder fazer o que eu quiser com quem eu amo, que é ele, então tô trabalhando com ele pra isso. Depois da morte precoce do meu único irmão, eu percebi que não vale a pena perder tempo com coisas fúteis.

Ele abriu a porta do quarto de hotel e eu entrei como um furacão, ainda não tinha conhecido o quarto. Era chique, muito chique, uma parada mais rústica, com madeira vermelha nos móveis e pilares, mas a roupa de cama e cortina são brancas como nuvem.

A gente não 'tá rico, mas o fato de conseguirmos pagar um quarto de hotel desse pra todos da equipe me faz ter um choque de realidade sobre como tudo mudou. Passei pelo banheiro, que tinha banheira e tudo mais, mas minha atenção focou mesmo na varanda do quarto que tinha uma fucking hidro massagem.

── Puta que pariu, amor. ── gritei ── Eu vou entrar agora ── falei quando senti a pressão do seu corpo contra o meu nas minhas costas.

Fui até minha mala pegando um biquíni simples e o colocando como o flash.

── Vou pedir algo pra beber, quer o que? ── ele me encarou.

── Vinho ── respondi enquanto tirava meus brincos e anéis.

Agachei meu tronco colocando meu celular pra carregar e senti um tapa forte na bunda o que me causou um pulo de susto.

── Gostosa. ── alisou o local e eu me levantei rapidamente.

── Eu sei. ── falei convencida virando de frente pra ele, colei nossas bocas por alguns segundos ── Não demora. ── passei por ele indo até a varanda e encarando a grande hidro massagem.

Coloquei pra encher e durante os poucos minutos em que enchia encarei a vista da cidade, iluminada pelos prédios.

Quando entrei na água borbulhante com pouca espuma, parecia que deus havia clicado no botão de desligar do meu corpo. Eu precisava de um relaxamento depois dos últimos dias com a rotina enorme de viagens e shows.

── Qual a sensação? ── escutei a voz dele e abri meus olhos que havia fechado inconscientemente, ele estava encostado no batente da porta de correr da varanda.

── É tipo maconha mas borbulha. ── falei e ele riu.

── Se é tão bom assim, imagina juntar os dois. ── deu a ideia e eu senti a vontade de executar no mesmo instante.

Ouvimos o barulho do serviço de quarto na porta ele foi buscar o que havia pedido. Não prestei atenção na sua movimentação dentro do quarto, meus olhos estavam fechados sentindo a água borbulhante contra meu corpo. Todo brasileiro devia ter uma dessa em casa.

Abri meus olhos novamente quando senti ele dar um toque com o dedo no meu nariz em forma de chamar minha atenção e deixou uma taça de vinho em cima do suporte ao meu lado. Mandei um beijinho em resposta e ele sorriu entrando no quarto novamente e quando voltou tava apenas com um short com a estampa do Snoop Dog fumando um brown. Meu namorado é tão maduro.

── Te mandar o papo novin'. 'Cê vem sempre aqui? ── cantei ele tomando um gole do vinho.

── Só se tu vier. ── retrucou e eu ri vendo ele entrar na hidro enquanto estendia um fino pra mim junto ao isqueiro.

── Eu tô feliz e ao mesmo tempo perdida. ── falei aleatoriamente pegando os objetos na sua mão ── Tipo, aconteceu tudo tão rápido...

── Tudo o que? ── sentou dentro da água e eu fui ajoelhada na sua direção me sentando em seu colo.

── Tudo isso, como mudou tão rápido? ── fiz referência ao hotel, a nós e nossas vidas.

Acendi o cigarro dando um trago longo e passei pra ele enquanto nós dois ficamos quietos por alguns minutos, pensando em como em um pouco mais de um ano literalmente tudo mudou.

── A gente ta ficando rico, Vinicius, tem noção disso? ── falei sentindo o tom gostoso das palavras.

── Casal preto rico, foda-se. ── ele disse olhando em volta e soltei um risada isso foi música pros meus ouvidos ── A gente tá ficando rico, caralho. ── ele disse depois de um tempo enquanto olhava pro céu com um sorriso no rosto e eu fiz o mesmo.

── Isso merece uma comemoração. ── pousei uma das minhas mãos no pé de seu pescoço e recebi sua atenção novamente junto à um sorriso cheio de intenção, a gente sabia o que aconteceria mais tarde.

Subi minha mão pro seu rosto passando meu polegar pela sua boca devagar, e em poucos segundos colei nossos lábios carinhosamente.

Depois de alguns minutos terminei o beijo com selinhos.

── Você não faz ideia do quanto eu te amo. ── sussurrei com nossas testas coladas e não esperei ele responder só iniciei outro beijo um pouco urgente.

Casal preto rico, foda-se.

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