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   Desembarco do avião, indo pegar as malas e depois de estar com a Rosquinha, vou andando em busca do rosto que tanto senti falta

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Desembarco do avião, indo pegar as malas e depois de estar com a Rosquinha, vou andando em busca do rosto que tanto senti falta. Ela já deve estar aqui desde as quatro da madrugada, só preciso achá-la.

- Adam! - Ouço a voz da minha mãe e olho em volta procurando por seu rosto em meio às pessoas, logo, a vejo correndo em minha direção.

A ruiva me abraça calorosamente em meio a um sorriso que eu também tinha na face. Retribuo o abraço e lhe dou um beijo na testa. Durante o tempo que estive morando em Vegas, nos vimos pouco pessoalmente e eu estava cheio de saudades.

- Vamos para casa, seu irmão está fazendo o jantar. - Secou as lágrimas que desciam de seus olhos e começamos a caminhar em direção ao estacionamento do aeroporto.

Mamãe tem pele clara e cabelos ruivos, meus olhos azuis são exatamente como os dela, assim como os cachos, mas por outro lado puxei os cabelos castanhos do meu pai.

Ela veste um terninho feminino cinza com a blusa de dentro preta, seus sapatos são saltos escarpam também pretos. Provavelmente estava voltando da Rossi Internacional, a empresa de sua família que por sua vez é italiana e tem uma filial aqui em Saint Othon, a qual minha mãe é a chefe executiva.

- O que ele está fazendo para o jantar? - questiono empolgado e ela sorri.

- Seu preferido - responde convencida e eu já sabia o que era.

- Espaguete, aquela receita caseira, ao molho branco? E com certeza devem ter comprado macarons - falo e ela confirma pegando a chave de seu carro na bolsa, abrindo o porta-malas.

Guardo minha bagagem e me dirijo rapidamente para o banco do passageiro na frente. O carro é um Peugeot 3008 branco e desde o dia que fui dirigir o carro de mamãe e o bati tentando estacionar em uma vaga apertada, ela nunca mais me deixou encostar no volante do carrinho dela.

Me recordo com um sorriso enquanto ela entrava pela porta do motorista, ela exala animação por me ter aqui novamente. Mamãe sempre insistiu que eu voltasse para casa, mas sempre respeitou minha vontade de trabalhar fora.

- Meu apartamento permanece de pé? - pergunto e ela confirma rindo.

- Vivo e limpíssimo - diz pegando minha chave em sua bolsa e me entregando. - Saudade do seu cantinho? - questiona e eu solto uma risada divertida.

- Sim, mas também vou sentir saudade da geladeira do apartamento de Las Vegas. - Começo a rir e ela me acompanha. - O pessoal lembrou que eu chego hoje?

- Estão todos lá em casa te esperando. - Vira na nossa rua.

Chegamos em casa e meu irmão é o primeiro a me cumprimentar. Logo passo os olhos pela sala de jantar e não contenho o sorriso imenso, as pessoas aqui são todos meus amigos de infância, estudamos juntos ou somos um ou dois anos mais velhos que os outros, mas frequentamos o mesmo colégio.

Aaron veio ao meu encontro e, como de costume, está vestido de preto, com o cabelo escuro um pouco maior do que da última vez que o vi, chegando aos ombros. Ele tem cara de "emo malvadão", mas não passa de um besta ou, como o chamamos, papillon. Aquele pai babão que só reclama de levar Ayla às sete da manhã no parque, deixou minha afilhada com a esposa e veio até mim.

Ayla que para a tristeza de Melina, que tem cabelos ruivo e olhos verdes, nasceu o xérox do pai com os cabelos pretos e olhos escuros. Se bem me lembro, ela está com cinco anos.

- Como você está? - pergunta me dando um abraço e eu retribuí.

- Ainda mais alto que você, Papillon - Ele cerra os olhos para mim.

- Por que eu senti sua falta mesmo? - responde em um falso tom ofendido e Melina se aproxima com um sorriso me cumprimentando e deixa Ayla no chão para que a pequena me abraçasse.

- Tio Adam! Trouxe os doces para mim? - fala eufórica e eu começo a rir confirmando com a cabeça, a fazendo dar pulinhos de alegria.

❥︎ Amor & Dois | Trilogia Amor Em Saint Othon Vol.1 | DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora