Philautia I

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Notas do autor: 

Oláááá.... só quero dizer que esse é um capitulo essencial para entender o ponto de vista do Nanani e a vida dele ate então. 

Como eu sou buha, não garanto que a ortografia esta impecável, mas eu dei uma revisada bem garota para melhor pontuação e entendimento. 

Desejo a quem estiver lendo uma ótima leitura 

🌌O efeito dos céus🌌

Os segundos se transformam em minutos e assim decorre cada um dos passos dos meus dias, que se transformaram em semanas, duas para ser mais exato. Conforme a água quente escorrer pelo o meu corpo me deixo admirar locais que voltaram ao tom pálido original, não é mais necessário usar camisa de gola alta ou sequer tentar disfarçar com um pouco de maquiagem. Assim como a água, os tons profanos que marcaram a minha pele tecidos pelos pincéis do puro desejo e saquê, desceram ralo abaixo.

Não ouvi nada de Satoru e nem sei se desejo ter algum contato com sua pessoa, será de fato um encontro socialmente constrangedor a qual não me disponho a comparecer de modo algum. Os dias voltaram ao normal, o cotidiano se estabeleceu de maneira tão extensa, sem qualquer precedente como uma ligação de um colega a procura de uma companhia para se embriagar.

O plano voltou ao normal, não que houvesse qualquer mudança mas parte temerosa dentro de mim criou esperança. Aquele olhar involuntário demorado ao telefone, a negação envolta de um capricho fantasioso de uma ligação ou visita inesperada. Como um eco desesperado em uma caverna onde a única resposta é a inércia total.

Os dias são os mesmos, tomo banho e vou ao trabalho. O jogo de capital que gira em torno do mundo e consomem a todos que ver, quem tem mais e o dono do poder, dita as regras. Como parte do sistema, reconheço ser um mero peão a qual só quer se retirar do tabuleiro antes que seja destruído como os outros que quiseram demais.

Algo fora do meu cotidiano é quando passo na padaria para comprar um sanduíche, um mero capricho estabelecido com um hobbies para mim. Normalmente acontece quando dobro de turno e não vou para casa, a fome é eminente e uso de desculpas para o meu prazer culposo.

Ultimamente tem sido assim, dobrado turno com frequência. Como um viciado em abstinência total em busca de um exílio para os seus impulsos incontroláveis, eu não quero voltar para casa, não quero ficar olhando para o telefone até o ápice da madrugada em busca de qualquer movimento e ainda mais, não quero admitir que sinto falta de sua companhia, das ligações conturbadas e até de minha fúria causado pelos seus eminentes atrasos.

Termino meu banho e faço todos os requisitos necessários para ir ao trabalho, mais um dia de serviço se passou e foi tão monótono quanto os outros. Sobre a vigia do horário noturno, a pouca movimentação urbana serve de conforto para mim. Respiro calmamente o ar gelado que correr pelas ruas estão desertas, me direciono para um caixa eletrônico disponível por vinte quatro horas.

Saco o dinheiro e o guardo em minha carteira para compras futuras, vou em direção a uma máquina de expresso, preencho um copo com o liquido preto e depois de consumir a bebida volto ao meu posto de trabalho. Após horas de serviço realizado o sono me alcança, meus olhos cansados se fecham, desligo o computador a minha frente e busco em minha mala um pequeno pano branco, cobrindo o meu rosto me inclino para trás com o suporte da cadeira deixando o pano por cima de meus olhos e durmo.

Sou despertado pela mistura de diversos sons na sala, barulho de máquinas trabalhando, pessoas conversando entre si e mexendo em diversas coisas. Retiro o pano de meus olhos, suspiro pesadamente e pressionou o botão para ligar o computador. Era manhã novamente, junto aos raios de sol o ciclo de trabalho se reinicia. Vou para a cafeteria da empresa, na máquina de expresso em busca de um americano sem quaisquer respingos de açúcar. Após consumir o líquido amargo meus sentidos voltam a se despertarem, sigo o longo corredor em direção ao banheiro do prédio, realizo minhas necessidades básicas e higiene. Volto a minha mesa e começo novamente meu expediente de trabalho. 

O efeito dos céusOnde histórias criam vida. Descubra agora