24. If you could take my pulse right now

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- Não tinha número nenhum Zayn, você não entendeu?

- Mas como pode ser a Penny? Ela está morta, enterrada, apodrecendo no inferno.

Já se passaram três dias desde que recebi a maldita mensagem, que supôs ser de Penny Stewart, eu estava desesperado em busca de respostas. Não comentei com Harry sobre a mensagem, somente com Zayn.

Eu não podia deixar tudo isso voltar do nada. Logo agora que estávamos tentando começar novamente com nossas vidas? Merda.

- Quem iria me mandar essa mensagem então?

- Deve ser alguém mal intencionado querendo tirar uma com sua cara.

- Zayn, só ela me chamava assim, só ela!

- Eu ainda acho que é alguém querendo tirar proveito de alguma forma.

- Você acha que eu deveria ir na polícia?

- Espera mais alguns dias, afinal foi só uma mensagem.

- Sim...

- Como estão as coisas com Harry?

- Bem, melhor impossível, acho que era a cereja que faltava para o bolo ficar completo.

- Não gosto de cereja.

- Cala a boca Malik!

- Eu tenho que ir para escola, tenho uma aula daqui vinte minutos.

- Vou com você, tenho que ir para o escritório também. - fui na cozinha e peguei uma maçã, o apartamento de Zayn continuavam o mesmo, eu tinha saudades daqui - Vamos?

- Vamos!

-x-

- Eu falei que ela tinha que sair mais, mas ela não me ouve. - parei em frente ao portão de ferro preto da escola onde Zayn dava aula - Temos que puxar ela para algum lugar esse final de semana.

- Mas ela já não aceitou ir no show semana que vem?

- O que custa sair esse final de semana Zayn?

- Tudo bem, vamos sair com ela.

- Louis? - encarei a mulher a minha frente.

- Normani! - ela veio me abraçar e eu retribui - O que você está fazendo por aqui? Não tinha voltado para a Alemanha?

- Cancelaram a tournée pela Europa em seis meses, acredita?

- Nossa, que chato.

- Mas me ofereceram um emprego aqui nessa escola, acabei de assinar o contrato. Vou ser a nova professora de Artes.

- Não sabia que você pintava.

- Eu nem sei segurar em um pincel... - franzi o cenho e ela riu - É mais voltado para a dança e música.

- Quando você começa? - Zayn entrou na conversa.

- Amanhã mesmo, vamos nos ver muito Malik!

- Espero que sim, - ele sorriu e deu um tapinha no meu ombro - tenho que ir, até mais tarde...  Nós vemos amanhã Kordei!

Zayn a abraçou e sai em direção a entrada da grande escola.

- Estava indo trabalhar?

- Sim, mas só estava indo por que não queria ficar sozinho no apartamento.

- Café?

- Que seja café.. - ela tomou meu braço e começamos a caminhar pelo passeio cinza.

Havia um Costa Coffe na esquina do prédio onde eu estava trabalhando, entramos no local e fomos fazer nossos pedidos. Normani estava alegre, ela sempre foi alegre, conversamos sobre tudo e sobre nada.

Ela evitou falar sobre os últimos acontecimentos trágicos, mas tocou no assunto ''Lauren'', ela teve que viajar a Irlanda dois dias depois que tudo aconteceu e perdeu o enterro, a avisei que não tinha com o que se desculpar.

Normani tinha uma vida agitada, ela mal formou na escola e já entrou na faculdade de Artes Cênicas. A verdade é que quando eu a conheci ela ainda estava no último ano do high school e usava o salão principal da faculdade para ensaiar, afinal o pai dela era o reitor da faculdade. A mãe era a mais conceituada engenheira da Inglaterra, ela projetava quase todas as obras do governo. Para não acabar com o ciclo super fantástico da família Kordei, Normani foi aceita no balé na Russia, mas ficou somente seis meses depois de receber uma ofertas muito generosa - lê-se milionária - do governo da Alemanha para ela participar do grupo federal de balé.

Digamos que na família Kordei ou você é um gênio ou você é um gênio. Não tem saída.

- Podemos marcar de fazer algo por essa semana. - estávamos em frente ao prédio.

- Claro que sim, estou mesmo querendo sair mais, você sabe, a Camila não está muito bem.

- Me mande uma mensagem falando o local e horário e estarei lá! - nos abraçamos novamente e ela seguiu seu caminho.

Entrei no grande prédio e Molly já estava a minha espera ao lado da porta do elevador, seu iPad de todo dia, e uma pasta azul que com toda certeza era para mim.

- Demorou, mas chegou. - ela me entregou a pasta e apertou o botão, chamando o elevador - Você tem três novos funcionários para entrevistar, um contrato para revisar e um almoço marcado com Harry Styles ás uma e meia.

- Contrato? Eu não reviso contratos, você sabe disso.

- Esse é diferente, precisa de sua ajuda, é sobre uma ala no hospital psiquiátrico. - o elevador chegou, esperamos os homens de terno preto saírem e entramos, Molly apertou o botão do andar certo e já estávamos a caminho - Você vai ter total responsabilidade nesse contrato, você vai revisá-lo e também comparecer a reuniões e avaliações.

- E eu pensando que isso ia ser fácil.

- Nada aqui é fácil meu querido, - a porta se abriu e fomos em direção a minha sala - seu café já está em sua mesa, e se quer uma dica... Volte para o chá.

- Vou considerar a sua sugestão. - fui para minha sala e ela foi para sua mesa - Caso alguém me ligue, anote os recados, a não ser que seja...

- Harry Styles, eu sei meu querido, vá trabalhar que eu cuido de tudo aqui. - sorri e entrei em minha sala.

Sentei na minha poltrona e abri a pasta, pegando as fichas dos entrevistados e o tal contrato. Meu celular vibrou na mesa de vidro e eu já o peguei desbloqueando.

Mais uma mensagem.

Número desconhecido.

''Você deveria saber o que está por vir. E eu não acho que você deveria abandonar o café, ele faz você parecer mais vivo.''

night changes // harryelouisOnde histórias criam vida. Descubra agora