#PurpuraJeonn
Seu maior sonho era ser pai. E quando soube que se tornaria um, pulou de alegria, abraçando o namorado que sorria. E isso aconteceu por três vezes seguidas. Sendo pai de três anjos que nunca tiveram a chance de estarem em seus braços...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
- ... ainda era muito novinho e infelizmente não aguentou, sinto muito Senhor Park.
E foi com essas palavras que o doutor deixou o quarto do hospital. Mesmo sendo a terceira vez que ouvia tal condolências, ainda assim não conseguia acostumar-se. Era sempre o mesmo discurso, o mesmo médico, o mesmo hospital; mas a dor era cada vez maior. Ela sempre vencia no final.
Na primeira vez havia sido difícil, saber que sua sementinha não estava mais consigo era desesperador. E depois de um tempo, achou que iria superar a perda, ainda podia contar com o namorado e quem sabe tentarem novamente. E bem, tentaram uma segunda vez, e deu certo no primeiro mês, vivia feliz e quase não se preocupava. Entretanto, exatamente quando estava completando dez semanas que recebeu a notícia - num pré-natal -, seu filhotinho não estava mais... vivo.
Não conseguia entender o por que tal catástrofe estava acontecendo consigo. Qual é, nunca poderia ter uma família? Não poderia casar-se com seu alfa e ter uma ninhada de filhotes fofinhos?
Provavelmente não. Jimin e Tae-Yong não estava no pico do relacionamento e com as perdas, o problema antes não resolvido, aumentou ainda mais. Eles já não eram mais o casalzinho apaixonado que as pessoas tanto admiravam. Não eram mais o alfa e o ômega perfeito. Quase não faziam amor, o Park simplesmente não conseguia, tinha medo de engravidar e sofrer de novo. Não queria ter que matar outro inocente.
Yong parecia que estava prestes explodir ultimamente. Claro, que alfa ficaria em sã consciência ao ter que passar por um cio e seu ômega não estar ao seu dispor?
E assim foi seguindo por sete meses, até Tae não aguentar viver sem sexo e fazer tal coisa sem o consentimento de Jimin. Não teve palavras bonitas como das outras vezes, nem beijos e sorrisos. Só havia dor e mais dor. Ele gritou, gritou e gritou até perder o fôlego. As lágrimas escorriam como enxurradas por suas bochechas vermelhas, Tae-yong, o alfa que tanto amava estava lhe machucando. O homem mais alto, por sua vez, sorria como nunca, rosnava cada vez que sentia seu ápice mais próximo. E então, minutos depois, sua semente explodiu.
Numa quarta-feira, vinte e sete dias depois, Jimin acordou com dores no corpo, sua derme estava quente, sua cabeça latejava e seu baixo-ventre doía de uma maneira insuportável. O ômega não conseguia entender, achava que era apenas uma gripe normal, como todas as outras que já tivera. Então porque sentia como se estivesse prestes a morrer?
- Tae! - chamou pelo namorado. - Amor! - exclamou aflito. - Me ajuda... Por favor...
Oito minutos se passaram, dois trilhões setecentos e noventa e nove bilhões trezentos e sessenta milhões segundos. Ele chorava aflito, dolorido... machucado.
