#PurpuraJeonn
Seu maior sonho era ser pai. E quando soube que se tornaria um, pulou de alegria, abraçando o namorado que sorria. E isso aconteceu por três vezes seguidas. Sendo pai de três anjos que nunca tiveram a chance de estarem em seus braços...
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*Capítulo não revisado*
Preparados??
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- Como tem estado Jimin?
Essa era a pergunta que lhe era feita toda quinta-feira por três anos inteiros. A curiosidade da psicóloga beta era como uma incógnita para si, Jimin simplesmente não conseguia responder à altura; qual seria a reação da profissional de saúde ao ouvir que, seu paciente ômega estava à um fio do precipício? Talvez lhe receitasse mais remédios ou então tentasse lhe internar numa clínica psiquiátrica. No lugar onde os incompreendidos viviam.
O Park não gostava de intitular àquelas pessoas como loucas, eram apenas incompreendidas. Simples cidadãos que eram especiais demais para viver num mundo maléfico ao qual vivia. Alguns deles.
Jimin acreditava que devia viver no limbo da miséria, sem nada, sem ninguém para lhe ajudar toda vez que fracassasse. Mas ao contrário de seus desejos, morava numa casa luxuosa junto de seus pais que eram pastores responsáveis pela sede de uma igreja em São Francisco, na Califórnia. Tinha tudo do bom e do melhor, a mais pura e requintada classe.
Mas de nada adiantava, para que todo aquele dinheiro sendo que não podia comprar sua felicidade?
Preferia ser um miserável e ter sua própria família, do quê ser rico e amargurado com a vida. Ele só queria ser feliz, mas sabia que seu desejo era impossível. Tinha consciência o suficiente ao saber que sua vida seria aquela: entupindo-se de remédios e consultas semanais ao psicólogo.
Ficava trancado no quarto embebedando-se a semana inteira, para enfim, como se estivesse tudo bem, ir ao culto dominical com seus pais. Ele precisava ser o filho perfeito, necessitava ser o menino de ouro daquela igreja, aquele que recebia a todos com um sorriso falso no rosto.
Isso é o que Jimin era, falso.
Debaixo daquele terno branco e sorriso largo, existia uma pessoa abatida e infeliz. As olheiras fundas eram cobertas pelas bases caras que comprava, as mangas compridas da roupa escondiam as tatuagens que fizera. Três anjos.
Seus pais não lhe julgavam por sua forma de se comportar ou pelas garrafas vazias de álcool que encontravam pela casa; mas, por hipocrisia, repudiavam os três anjinhos pintados na sua pele, diziam-lhe para esquecer o que havia acontecido no passado e que vivesse o presente, como se nada houvesse ocorrido. Mas como poderia esquecer da parte mais pavorosa de sua vida? Como esquecer dos três anjinhos que deixou partir?
Won't let go of you for nothing.
Não vou deixar você ir por nada, era isso, seus bebêzinhos estavam ali sempre consigo, lhe dando o conforto que ninguém nunca ofereceu.
