CAPÍTULO 13

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Josh.

- Nunca me falou de seus pais.- comentei baixinho com Any, e vi ela ficar completamente tensa.

Já tínhamos terminado a trilha, foi bem divertido, fazia tempo que eu não me sentia assim.

Agora estamos deitados na grama, olhando o céu estrelado, estou aproveitando os últimos momentos aqui, jaja vamos pegar estrada.

Como percebi Any totalmente tensa, raciocinei que era um assunto delicado e que ela parecia não querer falar.

- Me desculpa, não precisa falar nada.- disse rápido me atrapalhando um pouco nas palavras.

Ela respirou fundo, ainda só encarando o céu, e eu me senti péssimo em ter tocado nesse assunto.

Burro!

- Eu tinha 12 anos quando vi o cara que eu chamava de pai matando minha mãe.- disse baixinho enquanto passava o dedo por seu pulso, onde eu observei que tinha uma tatuagem, mais precisamente uma data.

- A partir daí começou o inferno, eu era obrigada a vê ele fazendo sexo com outras pessoas na minha frente, era apavorante as coisas que ele me submetia- disse com a voz falha, e eu sem falar nada me aproximei deitando de leve a cabeça em seu ombro.

Ela deu um pequeno sorriso e levou as mãos até meu cabelo fazendo uma leve carícia.

- Quando tinha 14 anos, ele tentou abusar de mim, e foi aí que Bill apareceu e me salvou.- disse dando um sorriso triste.

- Não conheço ele, mas já gosto dele.- disse baixinho aproveitado suas carícias.

Era bem triste saber que uma garota como Any, já passou por tantas coisas, acho que devido essas feridas ela é essa garota forte que se tornou.

- Eu fui a primeira garota que Bill treinou, por isso sou chamada de G1.- disse e eu contornei com o dedo a tatuagem que ela tinha no ombro, que era exatamente a letra G e o número 1.

- Eu sinto muito, não vou dizer que entendo ou que imagino porque nunca passei por isso, mas posso lhe afirmar que essas coisas que você passou, só fez você se tornar essa garota forte que você é caixinhos.- disse na intenção de fazer ela se sentir melhor, mas logo lembrei de outra coisa.

- Seu pai tá morto né?- perguntei erguendo meu corpo e ela fechou a cara me puxando novamente, voltando com sua expressão relaxada.

- Tá sim, Bill matou ele.

- Bill é como se fosse um pai para você né?- perguntei e ela fez uma carinha engraçada.

- Bom, pai eu acho que não...- falou fazendo uma cara de pensativa e deixou a frase no ar.

Fiquei ainda mais confuso.

- Pessoas não transam com seu pai né?- disse e eu corei muito, tipo vermelho sintilante, com vergonha enfiei o rosto no seu pescoço.

Ela parece ter percebido e rapidamente tratou de explicar, oque foi extremamente engraçado.

- Não, não, foi só uma vez, estávamos bêbados, foi uma vez para nunca mais ok?- disse tudo rápido se atrapalhando e eu relaxei um pouco.

- Tá tudo bem Gaby.- lhe acalmei rindo da sua expressão.

Aliás não posso fazer nada, não sou lunático ao ponto de ficar mal por causa de seu passado antes de mim.

- Desculpe não devia ter entrado nesse assunto.- agora quem tava sem graça era ela.

Segurei em seu rosto e trouxe sua boca até a minha, lhe dando um beijo forte, do jeitinho que eu descobrir que ela gostava e eu também.

- Temos que ir, vai ficar muito tarde para pegar estrada. - disse mas nem fez nada pra levantar, ou nos desgrudar.

Sorri de lado e lhe levantei com a mão, dando apoio.

Fomos para entrada principal para poder subir e pegar as coisas, quando íamos andando percebi muitos olhares de mulheres em cima de mim?...

Não, acho que estavam admirando a beleza de Any, isso.

Quando olhei para Any ela estava com uma expressão mortal, aquela que ela usava para pessoas que ela não gostava.

Quando as mulheres perceberam, rapidamente pararam de olhar com medo?...

Fiquei confuso mas apenas dei de ombros e a segui até o elevador.

{...}

Já tínhamos chegado na casa de Any, mais precisamente na mansão de Any.

Era por volta de duas da madrugada, estava meio grogue de sono já que dei uma cochilada no carro.

Any guardou o carro na garagem e segurou minha mão, levei a mão livre até meus olhos e passei de leve num ato de demonstrar meu sono.

- Vamos, meu anjo precisa descancar.

Ela foi até à porta e botou algum código, enquanto eu bocejava, quando abriu a porta, encontramos um cara, chuto que ele tava na casa dos 30.

- Boa noite Bill.- Any comprimentou.

Ahh então esse era o Bill.

- Boa noite, esse é o famoso Josh né? -disse olhando em minha direção com um sorriso acolhedor oferecendo a mão.

- Err sim.- disse nervoso e envergonhado, levantando a mão, para cumprimentar.

- É bom conhecer você garoto.- disse e passou a mão pelo meu cabelo de leve, e eu dei um sorriso sonolento em sua direção, e Any apenas observava tudo com um sorriso de lado.

- É bom conhecer você também.- disse um pouco mais relaxado, assentiu e deu um beijo na testa de Any.

- Benutze ein Kondom (use camisinha)- ele disse em uma outra língua na qual eu não sei, com um sorriso brincalhão.

Any estreitou os olhos na direção do mais velho e disse de volta.

- Er ist ein Engel, ich nehme seine Unschuld nicht! (Ele é um anjo, não vou tirar sua inocência!)- disse e eu continuava sem entender nada, ja Bill levantou as sobrancelhas como se falasse "tem certeza?"

- Zumindest jetzt nicht(Pelo menos não agora)- disse Any mas dessa vez me olhando com um sorriso cheio de significado.
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continuo?
bjs da belly💓

A Assassina de Aluguel/BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora