A Assassina de Aluguel/Beauany

CAPÍTULO 24

Josh.

Botei seu corpo delicadamente na cama sentada, tirei sua jaqueta sem muito movimentos para não acordar a mesma.

- Precisa de ajuda? - Bill me perguntou enquanto sentava na ponta da cama de Any.

- Pode segurar aqui? - indiquei os seus braços, ele segurou levemente e eu peguei uma presilha, fiz um coque não muito acochado.

- Pode soltar. - pedi e ele soltou, ajeitei seu corpo na cama e sorri em agradecimento para Bill enquanto sentava na poltrona que ficava em frente sua cama.

Observei seu corpo adormecido e suspirei atraindo a atenção de Bill que me analisou e disse:

- Ela é cabeça dura, mas gosta muito de você, só não sabe expressar isso da melhor forma. - disse em um tom calmo e baixo enquanto andava até a porta com as mãos nos bolsos da frente de sua calça.

Antes de sair ele me deu um sorriso reconfortante.

Joguei a cabeça para trás deixando cair no estofado da poltrona e parei para refletir oque Bill havia falado.

Sabia do sentimento de Gabrielly, até porque a mesma era uma pessoa transparente em relação a demonstrar isso.

Minha mente voou para dois dias atrás, oque será que ela fez com Katerina?

Será que ela matou...?

Apesar de tudo, oque ela fez com Katerina foi de certa forma para me proteger...?

Essa pergunta rodou minha mente até eu adormecer na poltrona.

Acordei com a sensação de que alguém me olhava, assustado levantei a cabeça e encontrei os olhos castanhos de Any.

A mesma estava sentada de lado em minhas pernas esticadas, seu olhar era amoroso, e não perdido como mais cedo.

- Porque você dormiu aqui? dormiu de mal jeito anjo. - disse com a voz calma enquanto levantava meu corpo, comigo ainda meio grogue.

Me assustei quando fui levantado de uma vez, Any me carregou no colo até a cama, não reclamei, a mesma deitou encostando as costas na cabeceira.

Me puxou e eu apoiei a cabeça em seu ombro fechando os olhos, mas não dormindo.

- Me perdoe, no dia eu estava fora de si. Tinha perdido completamente o controle. - disse baixinho enquanto passava as mãos em meus cabelos.

- Não queria que me visse sem o controle, então fui embora... - confidenciou baixinho e eu prendi a respiração surpreso.

- E eu não fiz nada com ela, Bill fez por mim. - continuou a dizer e seu aperto de repente se tornou mais forte.

- Você foi umas das melhores coisas que aconteceu em bastante tempo meu anjo. Porfavor me desculpe, e não me deixe. - disse e eu abri os olhos rapidamente ao ouvir sua voz tão sofrida.

Seus olhos transbordavam tristeza.

- Não sei lidar com sua indiferença, aquele olhar que me deu ontem mais cedo acabou comigo...

- Eu até entendo se não quiser mais, mas eu não vou desistir... - não deixei a mesma continuar, segurei em sua nuca e trouxe seus lábios até os meus, apenas encostando, em um singelo selinho.

- Diga que me perdoa, diga que ainda é o meu anjo. - pediu em tom de suplica segurando meus pulsos já que minha mão ainda estava em sua nuca.

- Ainda sou seu anjo. - sussurei.

Seu olhar mudou, voltando a ser amoroso.

- Eu juro que nada do tipo irá acontecer novamente. - disse baixinho e me abraçou forte, retribui e em seus braços eu conseguia me sentir vivo novamente.

Mas outra coisa me veio a lembrança.

- Oque queria falar comigo naquele dia? - perguntei curioso enquanto rodava um cacho seu em meu dedo mindinho.

Ela ficou calada por um tempo mas depois falou:

- Conhece a mãe de Noah? - perguntou em um tom calmo.

- Claro, ela todo mês vai lá em casa vê como eu e Noah estamos, e sempre deixa bastante dinheiro para passar o mês tranquilo. - respondi distraido, me concentrando apenas em deixar seu caxinho bem feitinho.

Mas de repente ela sentou na cama me levando junto lhe encarei confuso e sua expressão era bem duvidosa, mas oque ela falou a seguir, me deixou surpreso e assustado.

- Foi ela quem me contratou para matar seus pais.

- Meu anjo? fale algo. - Any me chacoalhou e eu voltei o olhar para ela.

- Por que? - consegui perguntar com a voz fraquinha.

Parecia que todos os meus membros tinham virado gelatina, eu não tinha reação, apenas me perguntava o porque.

- Não sei meu amor, mas pretendo descobrir. - Any respondeu calma e se aproximou segurado meu corpo como apoio voltou a deitar comigo em seu colo, me aconcheguei e me perdi em meus próprios pensamentos.

Era tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo...

Me encolhi no colo de Any enquanto ela passava as mãos por minhas costas, seu toque me trazendo conforto que a muito tempo não tinha.
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bjs da belly 💗