Chapter 2

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    Em uma memória bem antiga me lembro de alguém que colocava as mãos em meu ombro dessa forma. 

   Virei para trás e não encontrei nada, a sensação logo desapareceu. coloquei meu cigarro na cinzeira que tinha nas bordas da sacada, entrei dentro da minha casa e fui para a cozinha, me sentei na mesa e comecei a mexer em meu celular descendo a tela com rapidez, eu só conseguia pensar nas coisas que estão acontecendo comigo, essa sensação estranha que eu venho sentido será uma sensação mesmo? ou isso está realmente acontecendo? Suspirei e larguei meu celular na mesa, joguei  minha cabeça para trás e fechei os olhos, meu apartamento estava completamente silencioso, era somente possível ouvir o som das ruas, carros passando, pessoas conversando e andando, a cidade é tão barulhenta, de certa forma eu posso “relaxar” com isso, suspiro novamente e levanto minha cabeça olhando diretamente para a janela que dava a visão de outro apartamento. Às vezes me sinto sozinho, afinal todos nós somos seres sociáveis mesmo não se importando em ficar sozinho, e às vezes sinto vontade de voltar para minha época de faculdade, eu acho que naquela época eu me divertia mesmo que pouco, isso é tão frustrante. De repente ouço uma voz feminina a mesma voz feminina de sempre, dessa vez ela dizia “ Você parece triste, querido, minha companhia não lê a agrada?” Arregalo meus olhos, porque isso anda acontecendo não parece mais alucinação, desde ontem isso tem acontecido muito frequentemente, ela sempre fala mas eu nunca a respondo será que devo responder dessa vez. 

- Quem é você? - Devo estar louco estou falando com o além, duvido muito que algo aconteça.

- Oh! Você está me ouvindo? - A voz feminina respondeu - Estou tão feliz! - A voz disse alegremente - Isso é tão estranho, parece que ela se alegrou quando falei com ela, porém agora eu não ouço nada, parece tão irreal, talvez eu esteja mesmo enlouquecendo. 

 {...}

  É mais uma vez ignorei aquilo, será que fiz certo bom não importa amanhã tenho que trabalhar. Deitei na cama mais uma vez e fechei os olhos, era por volta das três da manhã, eu não estava com sono, minha cabeça estava cheia de pensamentos sobre os acontecimentos desta tarde, me virei na cama olhando para a janela, será que talvez essa voz feminina seja de uma fantasma que esteja me atormentando, eu não acredito em fantasmas mas quem sabe afinal isso não parece mas alucinação, acho que vou tentar falar com ela denovo, não sei se é bom ou ruim ser respondido, bom vou tentar falar com ela amanhã, fechei meus olhos e tentei dormir, de repente tudo ficou gelado, o ar e meu corpo, inesperadamente senti alguém me abraçando, um abraço calmo e carinhoso, eu podia sentir que era um corpo feminino comprovando que eu não estava enlouquecendo e que realmente eu estava sendo atormentado por uma fantasma.

- Hoje foi um dia bom não é, você finalmente falou comigo - pude ouvir ela dizer em meu ouvido tão suavemente. De certa forma ouvir a voz dela me relaxava mas ao mesmo tempo me deixava completamente arrepiado, isso é assustador, estou sendo abraçado por uma fantasma que eu nem posso ver, será que devo falar com ela afinal agora está tão perto.

- Você é uma fantasma, certo? - Disse com hesitação, senti um sopro de ar em meu pescoço.

- Pois é, bem chato não? Pera você falou comigo de novo - Senti ela me soltar e pular na cama. - Isso é tão legal! Você pode me responder de novo? - A fantasma disse animadamente, apesar de eu não poder ver o rosto dela, isso foi bem fofo.  

- É claro, Como se chama?

- Eu me chamo S/n.            

   

Minha querida esposa fantasma. Levi e leitoraOnde histórias criam vida. Descubra agora