𝐁𝐔𝐁𝐁𝐋𝐄𝐆𝐔𝐌 𝐁𝐎𝐘 , oikawa tooru.

𝐐𝐔𝐀𝐓𝐎𝐑𝐙𝐄

O clima na cafeteria estava o mesmo de sempre, [nome] vez ou outra ajeitando as mesas e pegando os pedidos, ajudando crianças que caiam e idosos que não sabiam exatamente o que queriam, sempre mantendo o sorriso singelo e amável no rosto, tirando uma vez ou outra com clientes mau humorados e sem muita educação era um trabalho no qual ela gostava muito e que lhe trazia paz quando o mundo lá fora a machucava, agradecia imensamente por osamu ter lhe dado aquela oferta, alem de ser seu amigo de colégio

— Ei [nome], como anda a faculdade? - Osamu comentou tranquilamente da cozinha enquanto ela aproveitava o pouco movimento para ajeitar as prateleiras repletas de guloseimas — Soube pela Yachi que você foi para a mesma universidade da sua mãe.

— Sim Samu! - ela respondeu adentrando na cozinha o vendo todo sorridente perto da chapa — Apesar de ser mais longe que a outra, eu não me importo muito. Lá é um lugar tranquilo que me faz lembrar dela todo dia! - [nome] completou sorridente mordendo um pedaço de bolo que ele havia cortado

— Entendo, eu as vezes fico pensando nela... - Osamu comentou vago desligando o fogão — Me lembro da época do colégio, quando a gente fazia os trabalhos em grupo ou passávamos os feriados na fazenda... - ele completou ajeitando o balcão de salgados pequenos a fazendo suspirar nostálgica

— Você e Atsumu viviam brigando mas era só minha mãe te deixar na cozinha que tudo melhorava. - [nome] comentou divertida enquanto o via desamarrar o avental marrom que utilizava — Eu sinto falta dela sabe?... - ela comentou baixo o vendo se aproximar com um abraço calososo e sendo hem retribuído

— Eu também... - osamu se limitou nas palavras — Atsumu disse que logo vai passar aqui, assim que terminar as eliminatórias para os jogos olímpicos. - ele comentou animado vendo um sorriso doce surgir dos lábios dela

— Que ótimo, faz um tempo que a gente não se fala! - [nome] deu alguns pulinhos — A gente podia aproveitar o feriado de agora e ir na fazenda o que acha? - ela bolou um plano mirabolante em sua mente

— É uma ótima ideia. - osamu sorriu animado enquanto ajeitava a bandeja em suas mãos a levando para a vitrine, a ajeitando com cuidado — Também se quiser pode convidar alguem mais já que Atsumu com certeza vai levar seus colegas de time.

— Verdade. - ela riu um pouco se apoiando de costas sobre o balcão de madeira — Mas vou pensar muito em quem vou levar já que.... - ela parou um pouco como se tivesse falado algo indevido — não, não é nada não. - [nome] deu de ombros voltando a ajeitar tudo

— Se eu não te conhecesse, diria que você está me escondendo algo. - osamu riu ouvindo o sino da porta ecoar rapidamente — Mas quando se sentir pronta, você me conta tá bem? - ele respondeu baixo voltando para a cozinha

— Claro chefe! - [nome] retrucou rindo baixo ajeitando seu uniforme — Perdão a demora, como posso ajudar? - ela se levantou sorridente, mas o sorriso se desmanchou por completo ao ver a figura imponente trajada com um terno caro e os cabelos loiros recém cortados e alinhados — Ah, é você...

— Isso são modos de tratar o seu pai [nome]? - Ukai comentou divertido a vendo revirar lentamente os olhos — Gostaria de conversar com você, se não estiver ocupada.

Ela virou o rosto para Osamu que chegou um minuto depois com um olhar quase implorando por ajuda, mas osamu não entendeu aquilo e deixou que ela conversasse com o progenitor a fazendo bufar e desamarrar o avental do uniforme, caminhando para uma mesa bem afastada sempre perto da janela, [nome] coçou o rosto meio nervosa enquanto o via retirar o smartphone do bolso e um pequeno maço de cigarros

— Não pode fumar aqui senhor. - ela rosnou assim que ele colocou o objeto na boca apontando para a placa em vermelho o fazendo rir — Diz logo o que quer.

— Ah sim, perdão. - Ukai guardou o maço sobre o bolso e suspirou — Apenas queria ver como minha filha estava, já que ela só se comunica com o meu advogado e não atende as minhas ligações. - ele debochou a vendo revirar os olhos

— Ah claro, uma filha que você soube que existia quando viu que a herança da sua finada esposa não caiu no seu bolso. - ela retrucou na mesma moeda, o fazendo rir baixo, eles tinham o mesmo senso sarcástico — Aliás, nem seu nome ta na minha certidão sabia?

— Sua mãe nunca me contou sobre estar grávida na época que eu me mudei. - Ukai comentou sério cruzando os braços — Quando ela me pediu o divórcio, eu mal a vi, simplesmente deu esse fardo ao advogado. - ele completou massageando as têmporas

— Ainda bem que ela fez isso, assim ela não sofreria mais do que antes. - [nome] comentou raivosa enquanto o observava em toda sua imponência — E se caso veio comentar para eu ir para a droga da sua empresa, você perdeu o seu tempo. Pois lá é o ultimo lugar aonde eu quero pisar meus pés.

— Mesmo sabendo que cedo ou mais tarde isso será passado para o seu nome? - Ukai comentou meio dolorido com a maneira rude dela — Querendo ou não você tem o meu sangue correndo nas suas veias. E mesmo que não pareça eu amei muito a sua mãe mesmo que nosso casamento as vezes parecesse de fachada. - ele comentou pesaroso enquanto a via encarar a janela — Sempre quando a vejo caminhando por ai ou quando trabalha nesse lugar, eu consigo ver a sua mãe em seus olhos, e todo o tempo que ela conseguiu me roubar por não me contar de você.

— E ela fez muito bem. - [nome] comentou tentando parecer fria mas sentindo seu coração amassado pelo passado — Ela foi meu pai e minha mãe, nunca precisei do seu carinho ou afeto pois tínhamos uma a outra. Enquanto você apenas se preocupava em seu trono de ferro! - ela o encarou duramente nos olhos — Então faça o favor, continue fingindo que não sabe da minha existência.

Mesmo com um certo aperto, Ukai se levantou e saiu a passos dolorosos sobre a cafeteria quase vazia enquanto [nome] tentava inutilmente secar as lágrimas que saíam do seu rosto

Notas

Adendo rapido aqui: eu fiz uma leve substituição no que seria o time skip do mangá, como viram o bokuto não ta no msby e sim o kageyama, pra não ficar confuso nem nada do tipo ok? Kkkkkk