𝐁𝐔𝐁𝐁𝐋𝐄𝐆𝐔𝐌 𝐁𝐎𝐘 , oikawa tooru.

𝐃𝐄𝐙𝐄𝐒𝐒𝐄𝐈𝐒

Ambos estavam nervosos, não parecia que já faziam esse tipo de encontro fazia alguns anos, mas era como estivesse voltando a adolescência, a partir do seu primeiro amor

— Foi muito legal a exposição. - [nome] comentou calma, caminhando ao lado dele — Espero que tenha outras, pode ser muito útil para fazer os trabalhos.

— Concordo com você. - Oikawa comentou se sentindo mais a vontade — E talvez você possa expor o seu trabalho numa próxima vez, seria legal. - ele completou admirando um pouco o pôr do sol a deixando por um momento sem saber o que dizer

— É, talvez eu siga o seu conselho. - [nome] se sentando num banco e oikawa ao seu lado com uma breve distância — É estranho...

— O que seria estranho? - ele disse ainda observando o céu alaranjado a fazendo seguir o seu olhar para o espaço aberto

— É a primeira vez que eu não sei o que dizer. - [nome] comentou sincera vendo algumas nuvens se dissipando sobre as tonalidades laranja e meio arroxeadas perto do sol — Eu nunca senti isso antes, só quando eu era uma adolescente.

— Se isso te consola, eu também sinto a mesma coisa. É bizarro as vezes... - oikawa brincou um pouco ouvindo a risada calorosa dela enquanto batia o pé um pouco ansioso — Ultimamente tenho me sentido extremamente confuso e perdido, como se tudo na minha vida não fosse pra ser assim.

— Disso eu sei muito bem. - [nome] comentou calma mas com um leve tom de melancolia — Ultimamente tenho me desentendido comigo mesma, como se uma parte de mim apenas quisesse ligar o fodase para tudo mas a minha outra parte ainda se importasse com o que vão dizer de mim.

Oikawa apenas a encarou de canto de olho, vendo que ela ainda estava encarando o céu escurecido e começando a pontilhar algumas luzes celestes, seu olhar e pensamento pareciam distantes demais da terra

— Eu não ia reclamar se você ligasse o fodase pra tudo. - Oikawa comentou divertido a vendo fechar os olhos e rir baixo — Sério, acho que surtar uma vez na vida faz bem. - [nome] riu mais ainda

— Ao menos o seu senso de humor é único Oikawa. - ela comentou entre risos enquanto buscava um pouco de ar e o contagiava também

— Tooru. - ele comentou simplista a observando — Você pode só me chamar de Tooru.

— Tudo bem Tooru. - [nome] disse calma e Oikawa sorriu um pouco abobado da forma como seu nome saía dos lábios dela — É um bonito nome, se me permite dizer.

— Assim como o seu também é. - [nome] sentiu as maçãs do rosto se avermelharem um pouco enquanto via os postes de luz se acenderem aos poucos

— O lado galanteador e flertivo seu ataca novamente. — ela zombou um pouco o vendo rir mais ainda — Soube o que a Hima fez com você. - ela o lembrou da forma tosca como as fofocas haviam se espalhado no campus

— Não foi nada de muito grave, ela só contou uma parcela da verdade. - Oikawa deu de ombros analisando a vista das ruas iluminadas — E eu confesso que merecia um pouco desse ódio, afinal eu era um bosta.

— É...isso não da pra negar infelizmente. - [nome] complementou tentando não rir — Mas eu vi uma boa mudança em você de uns dias pra cá sabe? Você tem sido um cara mais aberto por assim dizer. - ela gesticulou com as mãos como se estivesse dando uma aula

— Pode se dizer que eu tenho uma ótima cout de como não ser um homem comum. - Oikawa brincou com a fala dela se apriximando um pouco mais — Mas mesmo assim, eu a agradeço de verdade, nunca pensei que poderia ter alguém tão próximo de mim além do Iwa-chan.

— Bem, minha mãe sempre me ensinou que há mais felicidade em doar. - [nome] comentou sorrindo nostálgica — Quando você doa um pouco do seu tempo e carinho, você muitas vezes consegue ser retribuído da mesma maneira ou até mais que isso. Mas há um limite, se você continuar se doando a alguém que não lhe retribui o mínimo que seja, é o mesmo que você dar murros numa ponta afiada, você só vai continuar se machucando com isso. Então o segredo é ter um equilíbrio, se doe mas não totalmente, mas ao ponto de ver a outra se doar também.

Oikawa prestou atenção em cada palavra dita dela com o máximo de atenção, a forma como ela explicava e gesticulava era de uma forma tão leve que era impossível não sentir um formigamento estranho pelo corpo

— Consegui entender bem o que quis dizer. - Oikawa num ato de coragem voltou a segurar a mão dela a assustando brevemente — E se me permite dizer, consigo ver que está doando um pouco de si para mim, então eu quero retribuir isso.

[nome] sentiu o corpo travar um pouco, por que sempre quando estava com oikawa ela sentia que seu coração pularia para fora de sua caixa torácica? Mesmo não percebendo suas respirações começaram a se misturar calmamente junto com o perfume de ambos que deixava o ambiente ainda mais romântico como os filmes clichês de adolescente, mas como um feitiço quebrado o sino do relógio ecoou pelo espaço aberto, os fazendo despertar e se afastarem um do outro

— Eu te deixo em casa pode ser? - [nome] comentou tentando transparecer calmaria e equilíbrio enquanto oikawa assentia em silencio com a cabeça — Tudo bem, vamos lá.

E no mesmo silêncio antes agradável, agora estava sendo um silêncio mortal que chegava a corroer os seus ossos, [nome] mantinha o olhar centrado na estrada, mal dando espaço para que Oikawa dissesse algo ou proferisse alguma brincadeira mas não fora possível, parando sobre o térreo do conjunto de apartamentos que ele morava com Iwaizumi, ele suspirou fraco

— Vejo você segunda? - ele perguntou baixo a vendo assentir muda com a cabeça — Então até lá [nome]...

Ele até se atraveu a tentar beijar a bochecha mas sentia uma vergonha imensa em seu rosto então apenas desceu do veículo e a viu arrancar dali como se tivesse medo dele, a cabeca dos dos dois estava confusa como se ambos estivessem com medo de amar novamente

Notas

Eu sei, vocês queriam que rolasse um beijinho mas num deu desculoa gente não me batam kskssksk mas logo logo vai ter eu prometo kdkdkd

Gente desculpa por estar meio sumida ultimamente mas tenho medo virado nos 30 pra resolver tudo