Capítulo 1: Um grito de Desespero

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- Eu me chamo Lucas... me matei aos vinte e dois anos... se não me engano, pulei do topo de um prédio, tinha poucos amigos, morava com minha mãe e irmã, estudava física, era ateu e desde os quatorze anos eu queria morrer.-diz a pessoa.- Bem... é o que me lembro, mas não faz sentido se esse for o meu corpo, mas devo admitir que essa aparência não me é estranha...

A pessoa caminha em direção à saída.

- Se bem me lembro, eu tinha um e setenta, amarelo, cabelos pretos, levemente cumpridos, olhos escuros, pelos no peito, braços e principalmente pernas além do óbvio, magro, cintura fina, cara feia, fraco e voz fraca e enjoativa.-diz a pessoa caminhando.- Por que estou assim..?

A pessoa chega à bifurcação.

- Tá... ficar imóvel aqui não me ajuda em nada...-a pessoa olha para o caminho da direita.- Não tem como eu passar ali... aliás, por que eu queria passar ali? Só me resta aquele caminho estreito.

A pessoa vai pelo caminho da esquerda, passando pela gruta estreita e saindo do local.

- É... devo admitir que a visão desse mar é foda...-diz a pessoa se virando e começando a caminhar cautelosamente pela trilha estreita.

Enquanto caminha pela trilha, o som do mar batendo na parede rochosa abaixo, o vento e o tom acinzentado das coisas proporcionaram à pessoa um sentimento fascínio, aquilo em seus olhos era lindo à sua moda.

Ao finalmente percorrer a trilha, a pessoa estava em uma área grande e aberta, com algumas árvores mortas espalhadas pela inclinação do lugar e corvos descansando, no chão, grama amarelada para morrer, que dançava lentamente com o vento e ao fundo, paredões de rochas que bloqueavam a vista.

- ...-a pessoa suspira com a visão que estava tendo.

''Valeu a pena ver isso...''-diz a pessoa.

- Hum?-a pessoa nota ao longe um arco formando uma passagem feito de um tronco de árvore retorcido, sobe ele, vinhas mortas, que caíam longamente e dançavam ao vento.- Não posso fiar aqui.

A pessoa caminha em direção ao tronco retorcido e o atravessa, ao atravessa-lo, há uma vasta área aberta, com três casas destruídas, uma árvore retorcida, um pico levemente mais alto que se inclinava ao oceano, montanhas rochosas atrás das casas, um caminho abraçando as montanhas sobre o oceano e à esquerda, um caminho largo com árvores mortas que ao longe seguia ao lado de um rio de águas prateadas.

No horizonte, atrás das montanhas, via-se uma estrutura escura altíssima, com uma fenda no centro com uma área circular próximo ao topo, fendas menores e aberturas fechavam a silhueta da estrutura.

A pessoa caminha até o local lentamente, olhando tudo mais cuidadosamente, é quando nota que próximo à árvore retorcida, havia um círculo de pedras como piso, em seu centro, uma fogueira acessa e um banco, que tinha alguém encapuzado sentado.

- Tem alguém ali.-diz a pessoa, que começa a encarar esse alguém sentado, que quando nota estar sendo observado, se levanta de seu banco e fica olhando a pessoa de longe.- Ahn... acho... melhor não..? É foda, a única forma que encontrei que não eram corvos me matou duas vezes...

A pessoa olha para o caminho à esquerda e vê um vulto azul caminhando caminhando de forma estranha da esquerda para a direita, como se estivesse desconfortável e começando a correr.

Após o vulto desaparecer, a pessoa começa a caminhar para o caminho à esquerda.

'' Mas ignorar a pessoa assim seria... ela claramente olhou para mim... vou me sentir mal se for embora assim.''

Descanso Para os ÍmpiosOnde histórias criam vida. Descubra agora