Doce Pecado ↳ Nanno

4 - Yuri × Nanno

Já fazem semanas que a Nanno está perdendo tempo com aquela humana. E estou decidida a dar um fim nisso. Mas não sozinha desta vez. E sim com Junko, tenho certeza que a Nanno ficará feliz em saber que vai ter mais uma na sua cola.

Descobri que Naomi sofria bullying depois da aula de uns alunos anos mais velhos. Apanhava daqui, jude dali, bolinha de papel arremessada enquando fazia prova. E sempre com um olho roxo. Mas isso parou assim que a Nanno entrou na escola. Mas os valentões que faziam isso com ela ainda olham com cara feia para ela. Não sei se Nanno fez alguma coisa para eles pararem.

Hoje eu resolvi fazer amizade com a Naomi, ela não é difícil de se manipular, ela é ingénua e para uma ladra ela é bem "inocente". Nunca teve amigos e agora que tem, tenho certeza que vai fazer de tudo para não perder.

        — Naomi Campbell, a garota das mechas azuis!  — digo a cumprimentando.

          —  Oie, Yuri!

         —   Como você está?

Naomi parece estranhar minha simpatia, deve ser porque eu estava olhando com cara feia ontem na festa de boas vindas.

       —  É, estou bem. Sabe se a Nanno já chegou?

       — Hum, eu não sei. Talvez ela nem venha, posso ficar com você na hora do intervalo?

      — Pode, mas porque a Nanno não vem mais?

        —  Eu não disse que ela não vem mais, por isso falei "talvez". Não se preocupe.

      — Ok. Ela vai ficar com a gente então.

      — O quê?

Antes da Naomi me responder Nanno chega misteriosamente do lado dela. E eu não deixo de perceber a mão que Nanno colocou no ombro dela.

       — Tudo bem por aqui? — pergunta Nanno me olhando seriamente.

      —  Sim, Yuri vai passar o intervalo com a gente. Tudo bem por você.

       — Claro que sim! Amizades novas sempre fazem bem. — fala acariciando o ombro de Naomi.

Elas parecem bem próximas. Isso é bom, porque significa que quando Nanno tiver que partir vai doer, vai doer bastante. E isso de certa forma é bom para os dois lados.

Depois de ter passo o intervalo inteiro com a Naomi e com a Nanno, resolvi dar um jeito para que a Nanno descrudase da Naomi e me deixasse a sós com ela.

Mandei alguns "valentões" espancarem ela, ela é imortal  — por enquanto — então não tem com o que se preocupar.

Naomi e eu estamos indo a uma lanchonete perto da escola, eu resolvi a chamar para colocar meu plano em prática.

O plano é;

Quando a Nanno se apaixona por alguém ou sente; empatia, compaixão, amor. Ela fica vulnerável, e com a vulnerabilidade vem a mortalidade. E com o sangue da Nanno eu fico imortal, e pego o lugar dela.

E com o sangue dela posso transformar Junko em imortal e ela ser minha parceira. E pelos meus extintos algo me diz que ela goste da Naomi, ou pelo menos sinta algo por ela. Ela vive saindo com ela, vive falando com ela. Então, no máximo ela tem que sentir algo por ela. Empatia talvez, talvez ela tenha compaixão por ela.

E, vou fazer com que a Naomi quebre o coração dela, ou a Nanno quebre o da Naomi, porque Naomi com o coração quebrado é igual Nanno com o coração quebrado.

Para Naomi considerar a Nanno como amiga ela tem que sentir algo por ela. Mas a Nanno... Ela disse que ela era apenas mais uma vítima, mas até agora ela não vez nada com ela. O jeito é eu mesma fazer.

      —  Naomi — chamo — posso te dar um conselho?

        — Tanto faz.

Além de tudo é grossa.

       — Se eu fosse você, ficava longe da Nanno.

       — Porquê? Está com ciúme? — fala soltando uma risada no final.

       — Não, só... Não quero que ela quebre seu coração. Você é uma menina doce, bondosa...

Naomi solta uma risada.

      —  Yuri, você não sabe nada sobre mim mesmo... Mas prossiga.

       — Enfim, uma menina que não merece sofrer, e como sua amiga eu acho que devo te avisar.

Ela me olha com seus olhos caramelos.

        — Avisar? Do quê?

            — A Nanno está...

Antes de eu terminar a praga aparece ao meu lado.

       — Falando de mim? — fala Nanno ensanguentada.

Sua blusa estava rasgada sua saia suja com o próprio sangue, o olho fechado devido ao ferimento em sua pálpebra, sua boca cortada e seus sapatos sujos com o próprio sangue.

       — Nanno? O que aconteceu? — questiona Naomi com preocupação.

Nanno solta uma risada, que faz com que Naomi de arrepiei. Quando Nanno percebe ela para, e apenas dá um sorriso com seus lábios sem mostrar seus dentes brancos.

        —  Não é nada, vocês estão indo na sorveteria? E nem me convidaram!

       — Nanno! — fala Naomi quase gritando.

          — P-pessoal... O que estão fazendo? — pergunto fazendo cara de choro.

      — Cala a boca. — fala um dos garotos que me sequestrou na saída.

Estou amarrada em uma cadeira de madeira, meus pés e pulsos estão amarrados e dois garotos com grandes músculos para um adolescente, estão escolhendo com qual objeto vão me torturar.

       —  Menino? Vai demorar muito? Olha eu tô afim de tomar um sorvete daqueles e seu me...

Antes de terminar um deles me dá um tapa no rosto. O deixando avermelhado.

      — Quando agressividade, a mãe de vocês não ensinaram a não bater em mulheres?

     — Se não calar a boca eu juro que mato você. —  fala com agressividade um deles.

   — Ah, você não tem mãe não é? Por isso deve estar assim. Meus pêsames. — digo fazendo um bico de choro.

      — Quando eu fazer o que eu quero, quero ver você falar desse jeito comigo.

      — Não me diga uma coisa assim... Eu fico assustada desse jeito. — falo fazendo sons de choro.

          — É bom mesmo.

Solto uma risada diabólica que faz com que os dois rapazes fiquem surpresos. E bem irritados.