7- Traição

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             — Então, o que você acha? — questiona Naomi

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             — Então, o que você acha? — questiona Naomi.

Naomi planejou mais um de seus roubos, vamos roubar o relógio do diretor. O relógio dele é caro, dá para pagar meses de aluguel, só com aquele negócio.

            — Eu adorei, posso participar?     

            — Mais é claro! Você é minha amiga Nanno, eu confio em você.

          — Que bom, mas então, vamos colocar o plano em prática assim que a aula acabar. Eu fico no lado de fora de esperando, e caso alguém chegar eu te aviso pelo rádio.

          — Tudo bem. Ah, eu estou tão animada aquele relógio vai ficar lindo na minha coleção.

  Depois que a escola fechou — eu consegui a chaves com o diretor, mas é claro sem ele saber

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  Depois que a escola fechou — eu consegui a chaves com o diretor, mas é claro sem ele saber. — eu estava com um casaco de capuz para as câmeras não me identificarem e Naomi também está com o mesmo tipo de casaco. Eu fiquei no lado de fora da sala do diretor enquando ela tentava achar o relógio que o diretor sempre deixa em seu escritório. — por ser um relógio de valor ele não costumava levar ele consigo para casa, e sim deixar ele em seu escritório em um cofre.

    Digito a senha que a Nanno me ajudou a descobrir — 808 — e pego o relógio

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    Digito a senha que a Nanno me ajudou a descobrir — 808 — e pego o relógio. Ali estava o relógio que eu tanto queria. O relógio que jamais imaginei que colocaria as mãos.

         — Nanno, eu consegui. Alguma movimentação?

         — Não.  

         — Ok, eu...

Antes de eu terminar, o diretor entra na sala com dois seguranças, e meu tio.

          — O que acha que está fazendo mocinha? — pergunta o diretor com um sorriso no rosto. 

Mas antes de eu o responder, ela. Ela aparece atrás dele, com suas bochechas rosadas e seus olhos pretos como a escuridão que eu carregava dentro de mim.

           — Nanno?...

           — Senhorita Campbell, vou ter que te dar expulsão.

           — Senhor diretor, por favor, não faça isso ela é uma ótima aluna e eu posso pagar quantos o senhor quiser.

O diretor pensa enquando olha para meu tio. Mas eu só olho para ela. Agora eu só tenho olhos e lágrimas para ela. Aquela que confiei.

            — Nanno... Porquê?

Ela não diz nada, apenas olha os seguranças me tirarem da sala antes de meu tio pagar a quantia que o diretor pediu.

       Mandei algumas mensagens para Nanno, mas ela não respondeu nenhuma

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       Mandei algumas mensagens para Nanno, mas ela não respondeu nenhuma. Agora estou no meu galpão, onde guardo tudo que roubei, tudo o que roubamos. Juntas.

Escuto passos se aproximando, e quando me viro me deparo com ela. Nanno. Seu capuz está em sua cabeça, seus olhos ameaçam se encher de lágrimas. Mas nada.

Ela apenas para ao meu lado, e olha para todos os objetivos que eu já roubei, e o que nós roubamos juntas.

             — Nanno, eu não quero perder você.— digo me virando para ela.

             — Naomi..

             — Eu sei que promessas não precisam ser cumpridas mas... Você disse que não ia sumir né? Mas você vai não vai?

Nanno me olha com seus olhos, e vejo em suas íris a tristeza. Uma porção de sentimentos.

             — As vezes, a gente precisa perder coisas. — ela diz me olhando.

            — Mas eu não quero perder você. Sua amizade.

            — Foi... Divertido em quando durou. Você foi minha primeira amiga sabia?

            — Então porque vai me abandonar?

Ela não diz nada e caminha até a direção da porta. Eu não me viro, eu não olho para trás. Mas sei que ela parou e virou a cabeça. Pelo menos é o que eu senti. Apenas escuto a porta se abrir e logo depois se fechar. Ela foi embora.

      — Acho que alguém perdeu uma amiga

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      — Acho que alguém perdeu uma amiga... E fez mais uma vítima. — fala Yuri que apareceu misteriosamente ao meu lado.

       — Você escutou?

       — Cada detalhe. É uma pena mesmo.

       — Ela mereceu. Por mais que doa, acho que.. ela vai aprender e parar. 

        — Mereceu?

        — Sim. Mas... Eu nunca senti isso em toda a minha vida.

        — O quê?

        — O que eu senti quando eu estava perto dela. Quando eu falava com ela, nessas duas semanas, eu senti algo que eu nunca senti em toda minha vida. E eu acho, que mesmo que eu siga minha vida, eu vou lembrar dela, como minha única amiga.

         — Mas você tem que continuar com o seu trabalho. Isso é muito maior do que uma paixão boba.

          — Bom, pelo menos aqui eu já fiz meu trabalho.

           — E qual foi o da vez?

           — Ela roubava, então, tive entrar na vida dela e sair para ela sentir como é perder algo.

Doce Pecado ↳ Nanno Onde histórias criam vida. Descubra agora