O Infinito que cabe em mim

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É que não...

Eu não gostava do meu mundinho,

o que era feito apenas de mim.

Eu detestava o singular,

mesmo quando eu queria algo só para mim.

Não sei quando foi

que me apeguei a pluralidade,

no verbo de uma única conjunção.

Foi quando o nós passou a fazer sentido?

Quando o eu e o tu se uniram?

Ou foi apenas quando

o ele deu lugar a um nome?

Eu nunca saberia explicar

Mas nesse vício de querer

Atar o nosso nós,

me perdi em pensamentos

nesse labirinto de contar nos dedos

o que seríamos se os meus sentissem

a beleza de tocar os seus.

Eu mal sabia

que um simples toque

nos envolveria

num singular infinito

e belo...

um olhar que deu tão certo,

uma boca que convenceu

dois corações a se tornarem um;

um infinito que cabe em mim!

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