Capítulo IV - Escolha seu Futuro

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– Pelo visto ela continua descuidada como sempre..., mas ainda bem que continua sendo uma boa pessoa. – Valerin estava falando consigo mesmo enquanto cavalgava ao encontro de Gyria.
– Pensei que não apareceria mais, meu órfão favorito hihihi! – Gyria o recebe com bastante amor e carinho no local de seu encontro.
– Se você não quiser morrer agora melhor parar de brincadeira e ir direto ao ponto. – Valerin o ameaçou com uma cara séria.
– Credo não sabe nem brincar, chato..., mas direto ao ponto você é muito fraco, sua vingança é demais para alguém tão frágil como você.
– O que disse!?
– Se acalma, eu falei isso, mas tem um modo de conseguir poder, o tanto de poder que você desejar.
– E como seria esse modo? Vindo de um lixo como você parece mais uma armadilha do que uma ajuda.
– Acredite ou não até mesmo os cavaleiros mais fortes da ordem sabem sobre esse método proibido e tem medo de que alguém o consiga, pois por ser um modo difícil de conseguir poder, a recompensa no final é imensa.
– Pouco me importo com a ordem, desembucha logo sobre o que tenho que fazer.
– Você sabe que as raças são divididas em várias categorias para facilitar o entendimento humano, não sabe? O método é simples, mate o ancião de cada raça existente nesse mundo e beba do sangue dele.
– Anciãos são os seres mais poderosos desse mundo, onde que isso é um método simples?
– É simples, pois o único passo que você precisa completar é o de beber sangue de ancião. Não necessariamente precise matá-los, o que já é quase impossível para um humano fraco como você.
– Se tem coragem o suficiente para ficar me zombando, então não deve ter medo de morrer aqui e agora!
– Opa opa, calma senhor cavaleiro, eu tenho medo de morrer sim, morrer dói sniffsniff.
– SE UM LIXO COMO VOCÊ SABE DISSO ENTÃO POR QUE FEZ O QUE FEZ?
–  Porque é prazeroso ver pessoas sofrendo e sofrendo até morrer HIHIHI.
– Luar escuro: Corte envolto em Escuridão. – No mundo escuro o corpo de Gyria foi separado em vários pedaços tão rápido que ele sequer notou a espada cortá-lo. – Pereça aqui e agora imundo desprezível.
– HAHAHAHAHAHA, esse golpe eu gostei muito dele, olha como meu corpo ficou HAHAHAHA COMO É BOA ESSA SENSAÇÃO DE PRAZER! – Gyria gritou em êxtase pelo jeito em que seu corpo ficou diante do ataque de Valerin e simultaneamente mostrava o quão ineficaz foi. – Mas foi tão fraco que não fez nem cosquinha! – provocou Valerin fazendo uma careta e mostrando a língua para ele.
– Isso só quer dizer que posso cortá-lo várias e várias vezes, e cada vez seu corpo será diminuído em pedaços menores ao ponto de não poder mais se regenerar.
– UI UI, está se achando o todo poderoso senhor órfãozinho de merda? Desculpa, mas só não te mato agora que nem eu fiz com sua família porque você me é útil.
– Tenta a sorte querido bobo da corte. – Valerin o provocou.
Subitamente Valerin começa a ver o mundo girando e Gyria sorrindo maliciosamente enquanto assistia seu corpo cair no chão sem cabeça.
– Gostou desse futuro?
– O que foi isso?
– O seu destino ao me desafiar, conheça seu lugar criança, a única coisa que irá fazer aqui é me obedecer de bico calado.
– Obedecer a um bobinho da corte como você? Que piada de mal gost... – Valerin é pego pelo pescoço e suspenso no ar.
– Melhor calar a boca se não quiser morrer sem ter feito nada de útil em toda sua vida, se você quer se vingar faça o que eu te falar para fazer e ponto final. Entro em contato mais tarde. – Gyria soltou Valerin e sumiu no ar com uma explosão de confetes deixando uma carta com símbolo do coringa flutuando no ar.
Ele pega a carta e a abre, a mensagem que continha dentro falava “Seu primeiro alvo é o ancião dos mortos vivos, Whisperyss, sua localização é nas catacumbas de Zatyrius ao sul de Lyvitia. Beijinho do seu amado Gyria hihihi.” – Se é o único meio para avançar em minha vingança, então só me resta seguir as ordens daquele desgraçado e conseguir poder suficiente para apagar a existência dele e de todos os envolvidos.
Valerin pega seu cavalo em vai em direção a Lyvitia antes que anoiteça e encha de bestas famintas atrás dele. Ele vai passar a noite na cidade e comprar suprimentos para a viagem até as catacumbas, onde seu primeiro alvo mora, o Ancião Zatyrius.
– Tenho tempo até dormir, então vou dar uma olhada nas lojas de equipamentos e de suprimentos para a viagem. – falou abrindo a porta de seu quarto e saindo da hospedaria caminhando em direção à rua principal da cidade.
– O que desejas senhor cavaleiro? – o vendedor de armas pergunta para Valerin após ele entrar em sua loja.
– Velhote tem alguma espada boa aí no seu estoque?
– Que falta de respeito rapaz, mas sim tenho. Qual tipo de espada deseja?
– Uma espada longa de uma mão bem afiada, que não quebre fácil ao atravessar meus inimigos.
– Que especificação boa hein! Vou ver se acho uma de seu interesse. – O senhor vai até o estoque em uma sala atrás de seu balcão e depois de alguns minutos volta com uma espada negra desgastada.
– Você está brincando comigo né velho?
– Ela pode estar desgastada, mas se me deixar arrumar essa espada, tudo que deseja em uma arma você vai obter ao segurar essa aqui.
– Espero que valha a pena mesmo. Quanto tempo precisa?
– Amanhã à tarde ela já estará pronta para o senhor.
– Então amanhã volto aqui, não me decepcione velhote. – Valerin da meia volta e sai da loja.
Estava acontecendo um festival anual de comemoração ao aniversário da cidade, a cada esquina tinha pessoas bebendo e jogando, conversando e se divertindo. Uma noite onde todos esqueciam os problemas e os perigos do mundo e se divertem como se não houvesse amanhã. – Valerin é você? É você, não é? Sabia, não como me enganar sobre essa sua cara de cansado e ignorante, junto ao seu longo cabelo preto, charmoso.

– Como me encontrou Nikko?
– Você nem percebeu, que crueldade da sua parte. – Ela disse isso fazendo biquinho. – Eu estou na mesma hospedaria que você.
– Bom, deixe eu encontrar outro lugar para dormir...
– E sua ignorância contínua do mesmo jeito, não se preocupe já me acostumei sniffsniff.
– O que você quer?
– Eu soube sobre o que você fez na floresta, como me ajudou... e vim agradecer, obrigada por salvar minha vida Valerin. – Nikko abre um grande sorriso em sua boca, que encanta qualquer um pela pureza e beleza em um só sorriso.
– Não sei o que ouviu, mas eu não fiz nada...
– Pera você corou? Ei deixa eu ver seu rosto, não esconda eiiiiii!
– Que bom que está bem Nikko. – Valerin deu um sorriso curto e foi embora.
– E lá vai ele de novo, sempre sai desse jeito..., mas vou te encontrar mais uma vez, me espere até lá Valerin.
Enquanto caminhava ele parou em um beco e escorou na parede. – Por acontecer isso que não posso ficar perto de você, porque quando você está perto eu me esqueço do quão ruim foi o caminho que segui, por você iluminar tanto minha vida que não posso te deixar em perigo Nikko..., então me desculpe mas não posso mais te ver, você só atrapalharia minha vingança. – Valerin terminou sua frase com uma expressão de ódio em seu rosto, deixando sua aura assustadora.
– Você está bem senhorita? – perguntou a sua criada.
– Algo muito interessante está para começar, o que o destino reservou para esse mundo, sua salvação ou sua destruição? – a princesa sussurrou e abriu a janela para observar o luar daquela noite. – O que você irá escolher futuro Deus da Morte?

Renegado A Ira da MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora