Chapter 11

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Todo dia boiolando por Adrinette

Desculpem os erros e espero que gostem do cap❤️

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Marinette's POV—•—•—Adrien's body

– A CARTA CHEGOUUUU!!!

Ouvi Adrien berrar da janela e corri para a mesma. Assim que abri as cortinas, avistei Adrien balançando a carta no ar.

– Meu Deus!! Já abriu???

Ele sorriu, negando.

– Não, deixei para fazer isso com você, afinal, é sua...

Sorri. Observei-o rasgar o envelope e retirar a carta. Começou a ler, seu sorriso aumentando à medida que lia a carta.

– Tá me deixando curiosa! O que diz aí?

Ele tirou os olhos da carta, me fitando. Sorriu ainda mais.

– Você passou para a segunda fase, Marin! – ao ouvir isso, comecei a pular feito uma criança. – Parece que...a próxima fase depende de mim e do meu charme, não é?

Revirei os olhos. Ele não cansava de ser convencido.

– Sim, depende de você e de sua desenvoltura na entrevista! Não conte vantagem antes...

Ele riu, meneando a cabeça.

– Será que você pode vir aqui então? – ele perguntou, encostando-se na janela. – Preciso de ajuda para escolher a roupa da entrevista...

Ri, assentindo.

– Não só a da entrevista...ainda tem o vestido do baile também...– ele riu. – Chego em cinco.

E, dito isso, fechei as cortinas e fui até o guarda roupas escolher algo para vestir, ainda com um sorrisinho bobo no rosto.

•••

– Não acha que um vestido assim seja um exagero?

Perguntei a Adrien, assim que ele me mostrou um dos modelos. Era vermelho e longo. Lindo, admito, porém acho que era um exagero para um simples baile de formatura do ensino médio.

– Não acho! Se me permite dizer, M'lady...– disse, chegando bem próximo de mim, com um sorrisinho presunçoso no rosto. – Você ficaria linda de vermelho ou, nesse caso, eu ficaria né?

Rimos feito dois idiotas. Eu estava fazendo exatamente o que jurei jamais fazer na vida: rir das piadas sem graça de Adrien.

Na verdade, eu estava fazendo muitas coisas que jurei jamais fazer um dia.

– Vou deixar você livre para escolher isso...– falei e percebi um enorme sorriso se formar no rosto dele. – Porém...quero algo mais reservado, tudo bem? Não gosto de mostrar muito o corpo e...sei que você quem vai usar mas, mesmo assim, o corpo continua sendo meu!

– Feito, princesa! – ele falou, largando os desenhos dos vestidos na escrivaninha. – Agora...temos que decidir o que vestir na entrevista...

Suspirei. Eu não tinha ideia.

– Aliás...onde vai ser a entrevista? Você vai ter que ir lá? – perguntei, curiosa. Quando me inscrevi para Harvard, não pensei em mais nada, apenas que eu queria muito entrar lá.

Ele deu de ombros.

– Parece que vai haver uma entrevista aos inscritos aqui mesmo em Paris, ou algo assim...– suspirou, abrindo o guarda roupas. Pegou um blusão de gola alta creme, uma saia xadrez e um casaco. – O que acha dessa roupa para a entrevista? Sei que precisa fazer uma boa impressão...

Avaliei o look escolhido, impressionada com o senso que Adrien adquiriu após nossas aulas.

– Eu não poderia escolher algo melhor! – sorri, pegando a saia escolhida e colocando na frente de Adrien. – Vai ficar perfeito!

Ele sorriu ainda mais. Porém, sua expressão logo mudou para preocupada. Ele me olhou, suspirando.

– E se eu falhar? – ele se sentou na cadeira da escrivaninha, apoiando o cotovelo na mesa. –D-digo...não posso fazer você perder essa chance, Marin! Preciso ser perfeito nessa entrevista mas...e se o meu perfeito não for o suficiente?

Suspirei. Ele não era o único com aquele receio.

– Se não der certo agora, não será o fim do mundo, Adrien! Relaxa! – fui até ele, apoiando minha mão em seu ombro. – E...eu também tenho esse mesmo medo em relação ao jogo desse fim de semana...mas, se ficarmos pensando muito nisso, só vai ser pior...

Ele respirou fundo mas assentiu.

– Er...tô para perguntar isso há um tempo já...– ele suspirou, mexendo as mãos no colo, um claro sinal de que estava nervoso. – M-meu pai, por um acaso, confirmou presença no jogo de sábado?

Ah.

– Ele...não disse nada, na verdade, não vi ele um dia sequer...– ao dizer isso, notei a expressão de Adrien tornar-se triste. Me xinguei mentalmente. Não deveria ter dito isso. – Se me permite perguntar...o que aconteceu para que...bem...vocês se tornarem distantes assim? N-não precisa responder se não quiser e-eu só...

– Não eu...posso responder...– encostou-se na mesa novamente, encarando um ponto fixo na parede. – Já faz uns quatro anos que meus pais se separaram. Na época, não fiquei sabendo muito bem do motivo mas, depois, acabei descobrindo que foi traição. Meu pai traiu minha mãe com a atual esposa dele, Nathalie. Eu sofri muito na época, era apegado demais a ele. Só que, depois da separação, ele passou a se distanciar cada vez mais de mim. Se nos víamos uma vez por semana, era muito...até hoje não sei bem o motivo. Eu sofri e ainda sofro muito por isso e eu só queria que...ele fosse nesse jogo, sabe? É importante que ele esteja lá pois foi ele quem sempre me incentivou nesse esporte...eu cheguei ao nível que estou hoje por...ele...

Percebi algumas lágrimas caindo em seu rosto. Sem pensar duas vezes, o abracei. Não tinha ideia de que isso acontecia com ele.

– Fica tranquilo...eu darei um jeito de seu pai estar lá, mesmo que seja eu a pessoa que vai jogar...– sorri, secando suas lágrimas. – Ele não precisa saber, não é?

Ele me apertou ainda mais naquele abraço.

– Obrigado por tudo, princesa...– disse, tentando controlar as lágrimas. – Sei que vai dar tudo certo, afinal, somos eu e você contra o mundo, não é?

– Sim, chaton...

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