Pluma XIV

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"Oh, minha vida está mudando todos os dias

E, oh, meus sonhos, nunca são exatamente como parecem

Porque você é um sonho pra mim, um sonho pra mim"

Porque você é um sonho pra mim, um sonho pra mim"

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Fonte: Desconhecida.




O tempo estava nublado, ao contrário do quão frio Tao havia se tornado ao ouvir a maneira como Sehun falava sem parar e com uma naturalidade quase doentia sobre assuntos que o coroinha gigante considerava completamente inadequados, se não tabu.

— Desse jeito, eu tive que fugir de lá antes de acabar violando-o, só que, sabe, era muito difícil não fazer isso quando seu corpo não fazia outra coisa a não ser me pedir por isso — explicou ele enquanto equilibrava uma batata frita entre um gesto e outro antes de colocá-lo na boca, o que não o impedia de continuar falando enquanto mastigava. — Garanto que fisicamente ele só gritava para eu fodê-lo contra aquela parede, mas aquela pequena língua ficava repetindo "não me toque, não me toque", mesmo em línguas mortas. Eu me convenci de que é por isso que o demônio comeu a sua boca, ele certamente estava tentando calá-lo. Nunca me comportei como um predador completo com ninguém, era como se não conseguisse me conter, aquele bicho loiro é mel para os demônios e padres de bom gosto, mas sabe? Eu realmente não quero me tornar um estuprador, talvez eu deva apenas deixar Satanás comê-lo. — O queixo de Tao caiu, metade de seu hambúrguer ainda estava esperando em seu prato e ele não pensava em continuar comendo. Eles haviam visitado a lanchonete do irmão de Kyungsoo.

— Cachorrinho... você está bem? Você está pálido — Sehun interrompeu seu relato. Tao acenou com a cabeça, não ousando dizer mais nada. — Você vai comer isso? — Apontou para o meio hambúrguer, seu companheiro negou com a cabeça e Sehun puxou o prato para si e pegou os restos. — Você precisa comer mais.

Quando eles foram pagar a conta, o irmão de Kyungsoo erroneamente deu o troco e entregou a Sehun uma nota de valor maior do que a que ele lhe dera antes. Tao observou o padre não fazer nada além de dar de ombros antes de guardar o dinheiro. Minutos depois, eles andaram sem pressa pela comunidade, sem ter um rumo fixo.

— Você roubou o irmão de Kyungsoo — apontou.

— Você não me disse uma vez que ele tratou mal o irmão por ser gay, que até bateu em um garoto com quem o encontrou na faculdade?

— Sim, mas o que isso tem a ver com você não ter contado a ele que ele estava errado com o troco?

— O carma é uma cadela, cachorrinho. Eu não roubei, fiz justiça.

Tao balançou a cabeça, ele ainda não conseguia acreditar que Sehun existia, às vezes se perguntava em que momento pessoas com câmeras e microfones sairiam de todos os lugares gritando: "Tao, isso foi uma câmera escondida!!!"

LuhAngel - Religare II [Tradução PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora