Cap 1 - New Student?

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Aposto que você já ouviu um "Essa será a melhor parte da sua vida" ou"Você é jovem, não tem problemas ainda

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Aposto que você já ouviu um
"Essa será a melhor parte da sua vida" ou
"Você é jovem, não tem problemas ainda."

Sim, eu sou jovem. Porém não deixo de ser uma pessoa, um humano. E todos seres humanos sofrem, sejam crianças, adolescentes ou adultos e idosos.

Cada um tem o seu fardo e a sua dor.

Eu me chamo Park Jimin sou um adolescente de 17 anos gay não assumido. E esse é o meu fardo:

- Sério que você gosta desse cantor? - minha irmãzinha pergunta.

- Ué, claro. Ele é inteligente, romântico e as músicas dele são perfeitas. - Respondo calmamente enquanto me estico para que possa alcançar a pipoca que estava em minha frente.

- Mas ele é gay - ela rebate fazendo uma cara de nojo.

- Quem é gay? - meu pai aparece na sala de estar, com suas mãos na cintura enquanto nos observa um tanto sério.

- Ninguém, pai. - Respondo enquanto pego um pouco da pipoca enchendo minha mão.

- Pai, o Jimin disse que o cantor favorito dele é o Corno gay. - Ela fala enquanto se levanta e se senta no colo do nosso pai.

- O que? - Ele pergunta pegando a mesma no colo.

- É Conan Gray, e ele é um ótimo músico. - A corrijo e suspiro.

- Tá e o que tem? - Meu pai pergunta.

- Ele é gay pai! - Ela responde fazendo uma careta que até seria fofo se não estivesse sendo homofobica.

- Que nojo, você sabe que eu não gosto dessas coisas Park Jimin. Não é uma boa influência para sua irmã. - Ele fala um tanto bravo enquanto me olha.

- Mas pai é só um canto-

- Eu já falei, não me faça repetir. - Ele me interrompe, sempre assim.

- Tá bom, pai. - Falo por fim me dando por vencido e me levanto. - Vou pro meu quarto estudar.

- Tá bom, depois desça para o jantar, está quase pronto. - Ele fala enquanto eu subo as escadas.

- Ok. - falo um pouco alto para que podesse me ouvir.

Chegando em meu quarto fecho a porta com um pouco de força e não escutando nem um grito ou reclamação me jogo em minha cama enquanto pego meu celular e meus fones.

O meu fardo é ser a úncia pessoa que faz parte da comunidade LGBTQIA+ da minha família.
Ps: todos são homofóbicos.

Menos minha mãe, sinto falta dela.
Ela era aquelas mães que te acordam com um beijo na testa e te chamam pro café. Ela era tão perfeita, era gentil com todos, porém o mundo não a merecia e ela está em um lugar melhor agora.

Ou pelo menos é o que eu tento acreditar, talvez pensando assim não doa tanto. Mas dói e muito.

Minha mãe morreu no meu aniversário de 14 anos, eu não lembro muito bem do dia. Mas lembro de acordar no hospital, meu pai não gosta de falar da mamãe e queimou tudo dela que havia aqui em casa.

I Can Hear You - Jikook [ Fanfic Cancelada ]Onde histórias criam vida. Descubra agora