012 | consequências do passado

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ꕤ🧦❪ 𝗌𝖾𝗎 𝗻𝗼𝗺𝗲 ❫ h͟a͟r͟p͟e͟r͟ ⵌ 𑇙₊⊹୧

Acordei com uma movimentação excessiva no lado da cama e abri os olhos lentamente. Ao olhar Louis, vi que o mesmo ainda dormia, mas não parecia muito bem. O relógio do quarto marcava 3h30min da manhã. Estava muito cedo ainda.

Acomodei-me, sentando do meu lado da cama, vendo Partridge suado e com a respiração ofegante. Parecia ter um pesadelo. Vez ou outra virava na cama falando palavras desconexas e cerrava o punho, parecendo querer socar alguém. Comecei a me incomodar com a situação e decidi fazer alguma coisa.

━━ Ei, Louis. ━━ Sussurrei deitando-me mais perto de seu corpo e o abraçando. ━━ Está tudo bem, eu estou aqui. ━━ Apertei sua mão para ver se eu conseguia exercer alguma influência sobre o seu sofrimento e vi quando seus olhos se abriram, mostrando o quão sofrido estavam.

Antes que dissesse alguma coisa eu apertei nossos dedos entrelaçados e fiz carinho em seu cabelo. Observei seus olhos me analisando como que se eu fosse uma miragem e sorri feliz por tê-lo acalmado. Foi em um piscar de olhos, que meu paciente voltou a dormir, comigo vigiando-o.

𖥻 ִ ۫🧦☇︎︎ time break ! 𑇙

━━ Senhorita S/n, um senhor que diz ser responsável por seu paciente, espera a sua presença na sala do silêncio. ━━ Franzi o cenho.

Responsável pelo Louis? No exato momento não me vinha ninguém em mente.

━━ Ele disse o seu nome? ━━ Questionei à enfermeira a minha frente que havia interrompido meu café da manhã.

━━ Não senhorita, ele não me disse e eu também não perguntei.

Balancei a cabeça entendendo.

━━ Diga a ele que já estou a caminho. Irei somente terminar de tomar o meu café.

Com um aceno de cabeça, vi a mulher se afastar. Suspirei e tomei mais um gole da bebida quente em minha xícara. Depois que voltei a dormir, após acalmar Louis, consegui descansar somente mais três horas e meia, sem ter outra opção se não me levantar, trocar de roupas e passar um dos momentos mais vergonhosos da minha vida: tive de bater na porta do quarto, pedindo para sair, depois de confirmar que era eu e não Partridge. Mas o pior não foi isso. A pior parte foi quando percebi a cara de espanto e curiosidade que tanto os guardas e policias que estavam ali, quanto os enfermeiros, fizeram. Apenas levantei a cabeça e segui para a lanchonete que havia no manicômio. O bom foi que eu não precisei comer perto dos "presidiários" que moravam aqui. Havia um lugar separado para os especialistas que como eu, tratavam de seus pacientes.

Levantei-me e fui diretamente para a sala do silêncio ao qual eu tinha descoberto a existência há pouco tempo. Ao andar pelo corredor, pude escutar uma voz conhecida por mim. Parecia falar no telefone. Quando cheguei à porta da sala, pude confirmar minhas suspeitas. Sebastian Partridge estava me esperando. Sabia que era ele pela fotografia que tinha pegado "emprestado" na casa do rio.

O Sr. Partridge desliga a ligação e seus olhos vêm em minha direção. Ele se levanta e me cumprimenta em um aperto de mãos.

━━ Olá, sou Sebastian Partridge, pai de Louis. ━━ Confirmo com a cabeça, fingindo que já não sabia disso.

━━ Olá Senhor Sebastian, eu sou S/n Harper, psiquiatra de seu filho. ━━ O homem à minha frente sorriu de canto.

━━ Eu primeiramente queria agradecer a tudo o que fez e está fazendo por ele. O resultado não podia ser melhor. Louis está avançando muito.

psiquiatra de um assassino.Onde histórias criam vida. Descubra agora