006 | você poderia estar morta

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ꕤ🧦❪ 𝗌𝖾𝗎 𝗻𝗼𝗺𝗲 ❫ h͟a͟r͟p͟e͟r͟ ⵌ 𑇙₊⊹୧

Ao acorda no dia seguinte, uma vontade imensa de sair e ir a algum lugar me despertou. Estava animada demais. Acho que dormir depois do dia anterior me fez bem.

Millie viria hoje e iria embora depois de amanhã, passando aproximadamente dois dias aqui e eu queria aproveitar esse tempo com minha amiga. Em relação ao Louis, eu não quero pensar nele nesses dias. Esquecê-lo talvez seja o melhor a se fazer agora.

Levantei da cama e fui diretamente ao guarda-roupa me trocar, colocando uma roupa apropriada para sair. Compraria algumas coisas, salgadinhos, pepsi, doces, pipocas e alguns filmes de terror e suspense para que eu e Mills possamos assistir no final do dia.

Sai de casa depois de pronta e fui diretamente para meu carro, entrando no mesmo e logo em seguida fui aos lugares em que precisava.

Já com tudo comprado, decidi dar uma volta pelo bairro onde estava. Então estacionei numa rua segura meu veículo, trancando o mesmo. Passear pelo lugar me fez lembrar a época em que era criança.

Tive uma infância normal como todas as pessoas, mas com uma coisa exclusiva minha: sempre ajudei ou tentava ajudar todos com seus problemas sejam eles pessoas ou até mais complicados como o trabalho. Ri, lembrando-me do dia em que vi um casal brigando e entrei no meio da conversa tentando resolver a discussão. Ambos não me deram atenção naquele momento. Afinal o que uma criança pode fazer?

Mas acabou que, com o passar do tempo, fui crescendo e aprimorando meus conceitos. Como nunca desisti, hoje, graças aos meus esforços, tornei-me uma psiquiatra que neste momento não consegue ajudar completamente um homem que sem minha permissão, mexe com minha cabeça.

Despertei-me de meus pensamentos ao escutar alguém me chamar.

━━ Senhorita? ━━ Uma mulher havia me parado, erguendo em minha direção um folheto.

Virei-me para ela e arregalei os olhos.
Era Beverly. Mãe de Louis.

━━ P-pois não? ━━ Fraquejei a voz, mas parece que ela não percebeu, pois continuava com a mão erguida em minha direção.

━━ Meu marido e eu abrimos esses dias uma livraria no centro e gostaríamos muito que você fosse dar uma olhada. ━━ Sorriu gentilmente. Com a mão trêmula, peguei o papel e olhei. Partridge's Livraria.

━━ Seu marido é o Sebastian Partridge?

━━ Sim, querida. Você o conhece? ━━ Ela me perguntou dessa vez com o semblante, talvez preocupado, e eu neguei rapidamente.

━━ Não, quer dizer, eu só ouvi falar do nome, mas... ━━ Pronto S/n você já fez a merda, agora resolva. ━━ Eu tenho que ir, tchau. ━━ E praticamente saí correndo.

Parabéns, agora olha o que você fez.
Eu devia ter ficado mais tempo lá e não ter corrido desesperadamente dali. Talvez tentar arrancar alguma coisa dela, uma informação sobre o passado de Louis ou algo do tipo. Mas pensando bem, talvez não seja uma boa ideia. Seria estranho, uma pessoa que ela nunca viu, sair fazendo muitas perguntas a ela. Sim, com certeza seria estranho.

━━ Ei, menina. ━━ Assustei-me ao vê-la na minha frente com a respiração descompassada. Ela me seguiu? ━━ Por que saiu correndo? Está tudo bem?

psiquiatra de um assassino.Onde histórias criam vida. Descubra agora