CAPÍTULO 23

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Toronto entrou para lista das mais belas.
Vistas que já vi,  tudo fica ainda mais
bonito com Pocah e Toyah ao meu lado.
Ainda estávamos no hotel e minha irmã
tinha adorado seu quarto e não parava
de pular na cama, Pocah também tinha
amado o que me deixou muito feliz.

— Juju, eu tô com fome — minha irmã
resmungou e eu ri da sua cara.

— Ju, eu também estou.

— Está bem deve ter algum restaurante
aqui por perto — peguei a minha bolsa -
Vamos suas esfomeadas.

Saímos do luxuoso hotel e começamos
a caminhar pelas ruas daquela cidade
maravilhosa e por impulso peguei na mão
de Pocah que entrelaçou rapidamente
meus dedos com um lindo sorriso para mim.
Toyah estava de mãos dadas com a outra
mão de Pocah. Caminhamos mais um
pouco e não demorou para encontramos
um restaurante. Entramos no lugar
que não estava muito cheio sentando
numa mesa que dava para ver as ruas e
pessoas passando por ali, o garçom veio
nos atender gentilmente, falamos o que
queríamos e ele anotou e saiu.

— Carla deve está muito brava comigo, soltou um risinho — Por não ter avisado
que ia viajar. E que eu não consegui
achar o meu celular.

— Depois você explica a ela — segurei sua
mão e fiz um carinho.

— Você está sendo tão carinhosa que tenho até medo Freire, o que está
aprontando? — ela estreitou os olhos, desconfiada.

— Okay, vou começar a ser grossa com
você, é isso que você quer? — finjo estar
ofendida com o seu comentário e ela sorri
— Devia bater em você sabia?

— Você teria coragem? — Pocah me olhou
sedutora, me aproximei de seu ouvido
aproveitando que estávamos lado a lado.

— Adoraria bater nessa sua bunda
deliciosa — sussurrei e me afastei rindo da
cara que ela havia feito.

Nossos pedidos chegaram e não
perdemos tempo para comer e estava
realmente gostoso. Enquanto comíamos
Toyah falava o quanto ela queria ir ao museu que era uns dos pontos turísticos
da cidade, além dos parques que ali tinha.
Terminamos de comer e rapidamente
paguei a conta. Voltamos a andar pelas
ruas aproveitando para gastar. Comprei
um brinquedo que a minha irmã havia
visto numa loja e agora ela estava
distraída com isso. Do nada cinto Pocah
me puxar para dentro de uma loja.

— Vi um vestido que vai ficar perfeito em
você disse animada.

Posso ajudar? — a atendente perguntou
simpática.

— Sim, quero aquele vestido — apontou
para a peça que estava na ‘vitrine’.

A moça pegou o vestido e me entregou
e segui para o aprovador para ver se
ele ficava bom em mim. O vestido era
realmente bonito, vermelho sempre
me dava um ar de invencível.

— Como estou? Pergunto para Pocah
que está de boca aberta — Penso que isso
significa que estou aprovada.

Maravilhosa — se levantou e foi até
mim, segurou na minha cintura e me
deixou cara a cara com aqueles olhos
viciantes — Porque você é tão gostosa?

— Sou? — pergunto envolvendo meus
braços em seu pescoço.

Pocah assente me dando um selinho
longo Vou comprar esse vestido para
você — ela falou se afastando de mim e
chamou a atendente.

— Pocah não precisa.

— Lógico que precisa, aceite isso um presente de casamento — brincou — Para você não reclamar que não sou romântica. Agora vai e se troca.

Entrei no aprovador para tirar o vestido
e com cuidado tirei e coloquei as roupas
que estava usando, sai do provadore
vi Pocah pagar o vestido. Eu não podia
negar que tivesse gostado e também
estava ansiosa para dar a ela o vestido
que eu havia comprado no leilão. Havia
chegado, há poucas semanas e guardei esperando o momento certo para
entregar.

— Vamos Ju, Toyah está nos esperando
— ouço Pocah me chamar.

Ficamos mais um tempo passeando pelas
ruas daquela bela cidade e logo depois
voltamos para o hotel. Dei um banho na
minha irmã que apagou, mostrando o
quanto foi divertido e cansativo aquele
passeio. Fechei a porta do quarto dela e
tentei procurar Pocah no nosso quarto,
mas ouvi o barulho do chuveiro e sorri já
tirando a minha roupa.

- Nossa você não  me chamou Para tomar banho com você,  falou
fingindo estar emburrada com aquilo e
logo senti a água gelada arrepiar o meu
corpo — Está gelada.

— Gosto de água gelada — ela se agarrou
em mim — Me deixa mais relaxada.

— Você é tão linda — confessei. Meus
elogios eram involuntários e eu
simplesmente não conseguia parar de
elogiar.

Pocah não falou nada, apenas me
beijou intensamente. No beijo se pode
demonstrar muitas coisas e naquele beijo
não foi diferente. Nele tinha amor, mas
também inseguranças de duas mulheres
que estavam perdidamente apaixonadas,
mas não sabiam como expressar esse
sentimento maravilhoso.

— Eu queria me desculpar, porque fiz coisas ruins que vão te magoar. Você
pode não estar entendendo agora, mas
me perdoa, você não estava nos meus
planos, não dessa forma, não nessa
intensidade. Sou assim, Pocah. Não
vou mudar. Infelizmente essa é apenas
uma das inúmeras razões de não ser a
mulher certa para você.

— Juliette.. Ela sussurrou  roçando
seus lábios nos meus — Tudo bem,
então eu não sou a mulher certa para
você também, eu não lamento ter te
conhecido nem que isso tenha me feito
questionar tudo. Você me fez sentir mais
viva durante três meses do que eu já
senti a minha vida inteira. Eu não sei que você está falando, sobre fazer coisas
ruins, sobre escolhas erradas, mas de
todas as que eu já fiz, esta deve ser a pior,
mas eu não lamento por estar apaixonada
por você.

Naquele momento a água fria que caia
sobre nós nem tinha tanta importância,
agora era eu e ela com os olhares
conectados em um só, e o sorriso nos lábios era inevitável. Estava nas mãos
do destino escolher quem de nós duas
se entregaria primeiro. Tudo dizia que
era amor, realmente era amor, mas as
palavras não saiam, minha mente estava
bagunçada, meu coração quase saindo
bela boca e naquele momento percebi
que os sentimentos sufocam.

Pocah me abraçou, talvez estivesse
procurando um conforto. Tirando
coragem fiz com que ela me olhasse outra
vez.

— Pocah.

— Juliette.

— Eu também sou completamente
apaixonada por você — falei tudo de um
vez e imediatamente senti o alívio.

Pocah me olhou e abriu a boca surpresa
com aquilo, abaixei a cabeça, pois, não
conseguiria olhar para ela depois disso
que eu havia dito. Era vergonhoso estar
tao dependente de alguém. Pocah
colocou seus dedos em meu queixo e
ergueu o meu rosto me obrigando a
olha-lá. Ela tinha um sorriso largo em seu
rosto e por um momento esqueci como
respirar.

— Eu amo você, Juliette.

Pocah me beijou e eu a beijei, a perfeita
combinação de erros.

Foi aqui que percebi que o amor
e o destino andam lado a lado. Eu não
poderia imaginar estar apaixonada pela
filha do responsável pela morte dos meus
pais, eu não poderia lidar coma ideia de
depender dela, Pocah era meu vício.

Aquilo com toda certeza seria o meu fim,
e percebi que Pocah era a única pessoa
que tinha o poder de me derrubar e pela
primeira vez...

🥀

MEUS AMORES VEIO Aí.

Elas assumindo estarem apaixonadas, Juliette cadelinha demais da poquita.

O que será que vai ser do nosso casal quando voltarem para o Brasil?

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