Quadribol

322 37 31
                                    


– Só acho que os alunos do primeiro ano deviam ter direito de se inscrever para os testes pro time de quadribol.

Sally resmungava entre uma garfada e outra. A mesa da Grifinória, em particular, estava empolgada em relação ao resultado dos testes para os novos membros do time. Um apanhador e um artilheiro, basicamente.

– Pra mim tanto faz - avisou Henry enquanto deliciava pudim de mel de sobremesa - A escola não ia deixar eu trazer minha Nimbus mesmo.

– Uau! Você tem uma Nimbus 2000!

– Meu tio me deu de presente nas férias.

– Cara... Eu não sabia que você era rico!

O garoto soltou uma risada sem graça:

– Toda minha família é. Temos até um condado. Podem ir pra lá um dia.

– Seria legal. - Disse John com uma bochecha estufada pela comida que, em seguida, engoliu - Aliás, sua família é de trouxas ou de bruxos?

– Os dois. Meu pai era trouxa e minha mãe era bruxa.

– Ah... Então bruxos e trouxas podem se casar.

– Na verdade bruxos mestiços são bem comuns. - Sally explicou para o colega.

Sem nenhuma pretensão, a visão de John recaiu sobre um Sherlock que acabara de se aproximar da mesa da Corvinal sendo levado pelo braço por Filch, e ficou curioso em saber o que tinha acontecido. Viu aquele pálido rapaz sentar-se à mesa, apoiar o cotovelo nela, o queixo na mão e começar a comer pedaços de pão torrado fazendo expressão de marasmo.

Harry sentou-se do lado do irmão e se serviu de um pedaço de carne:

– Clara conseguiu. É a nova apanhadora do time.

– O primeiro jogo será semana que vem contra a Sonserina. - Sally comentou abrindo um sapo de chocolate, que logo pulou pela mesa - Espero que o time consiga se preparar até lá.

– É melhor mesmo. Levamos uma surra deles no ano passado.

John olhou para a mesa da Sonserina bem no momento que Moriarty, o aluno cuja genialidade se aproximava da de Sherlock, falava algo que deixava Kitty impressionada.

– Essa casa parece ser boa em tudo. – comentou.

– Repita isso e eu uso a minha Comet 260 na sua cabeça. – replicou Harry.

– Pelo menos assim você arranja uma utilidade pra ela.

– E deixo a sua cara melhor.

Uma briga entre irmãos estava prestes a começar, mas um grito encheu repentinamente o salão:

"TRAAAASGOS! NAS MASMOOOORRAS!"

Era o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, Quirrel, que havia adentrado em pânico no salão e desmaiado no meio do lugar, fazendo-o virar uma algazarra. Os alunos começaram a gritar e sair de suas mesas sem saber pra onde ir. Alguns empunhavam a varinha, outros pensavam em se esconder debaixo da mesa e ainda havia aqueles que apenas gritavam. Dumbledore, percebendo que jamais seria ouvido, apontou a varinha para a garganta e logo sua voz se ampliou entoando um "SILÊÊÊÊÊNCIO!" por todo o local.

Os alunos se calaram de espanto.

– Monitores, levem os alunos aos respectivos dormitórios – ordenou o diretor. – Eu e os professores averiguaremos isso.

Dumbledore saiu do lugar juntamente com Minerva, Sprout, Flitwick e os demais professores, inclusive Snape, que tinha acabado de chegar. John se encontrava na multidão de alunos da Grifinória quando notou Sherlock se afastando do grupo da Corvinal.

Potterlock - A Pedra FilosofalOnde histórias criam vida. Descubra agora