Meu colega de quarto tarado -yaoi

22. Almoço

O turno da manhã foi bem tranquilo hoje na escola, não tem muitas turma de manhã na segunda feira. Por ter sido uma manhã pacífica, tive tempo para pensar sobre a proposta de Yuri. Mas se eu aceitar eu já meio que tecnicamente perdi, e eu estou supostamente junto com o Daniel. AAAAAAAA eu quero aceitar mas tô inseguro. Mas se eu não aceitar o que o Yuri vai fazer? Ele provavelmente não vai desistir, mas aí ele não vai ficar na minha casa, mas como ele disse, ele não tem nenhum lugar para ficar agora. Eu seria um fdp se eu largasse ele na rua.
Hoje no intervalo do trabalho, falei para Daniel o que aconteceu, ele falou que se o Yuri matasse ele, ele puxaria meu pé a noite, eu ri é claro. Bom eu não disse claramente para o Yuri que eu tô namorando o Daniel, eu só disse que TALVEZ eu estou, então deve ser por isso que ele está determinado a me reconquistar.

Mas agora parando para pensar, eu estou inseguro porque eu nem sei se o Yuri continua sendo a mesma pessoa pelo qual me apaixonei, então pensando nesse lado, seria bom se passassemos um mês juntos nos "reconhecendo", certo? É.. acho que não tenho muita escolha a não ser aceitar, eu só não posso deixar transparecer que eu ainda gosto dele, se não já perdi a aposta. E caso eu vejo que eu realmente quero ele de volta na minha vida, eu só irei aceitar.

Já era hora do almoço, então estou voltando para casa, tô vindo junto com o Daniel, já que moramos perto. Vim na moto dele, ele sempre trás um capacete reserva por que ele sabe que eu volto com ele.

Ele me deixa em frente à minha casa e se despede. Respiro fundo e entro em casa. Abro a porta e Yuri estava cozinhando. Acho que vou ficar mal acostumando com isso. Nossa o cheiro tá muito bom.

- Oi Matt, já voltou?

- É.. Não teve muito trabalho hoje, voltei mais cedo.

- Humm que bom, você está com fome? tô terminando aqui já. - ele diz mexendo em uma panela.

- Tô, o cheiro tá bom, o que você tá fazendo?

- Nada especial, fui no mercado ali perto pegar umas coisinhas.. tô fazendo só um strogonoff mesmo. - ele diz. Faz muito tempo que não como strogonoff, tô com vontade agora.

Vou no meu quarto guardar uns livros que eu trouxe e troco de roupa. Coloco uma camiseta branca e uma bermuda cinza.

Volto para a cozinha e parece que tá tudo pronto.

- Pode se sentar, vou pegar o refrigerante aqui na geladeira. - ele diz terminando de colocar as coisas na mesa. Me sento. Ele parece minha esposa que é dona de casa e faz a comida para o marido chegar do serviço e comer. Sorrio.

- O que foi? - Yuri percebe meu sorriso.

- ah, só pensei que você tá parecendo minha esposa. - digo.

- Acho que seria o contrário, não? Normalmente é o marido que come a esposa.- ele diz se sentando a minha frente e colocando refri no meu copo e então no dele.

Vou bater nele, ele já tá me provocando.

- mas e então, pensou na minha proposta? - ele diz se servindo. Eu ja coloquei a comida no meu prato e estava pronto para colocar uma garfada na minha boca quando ele me perguntou isso.

- Pensei.. - coloco a comida na minha boca rapidamente, não quero terminar de falar. - nossa tá muito bom! - digo ao saborear a comida, não sei se é porque tô com muita fome, ou se realmente tá muito delicioso.

- Obrigada. E em que conclusão chegou? Você vai me chutar pra fora? - ele diz fazendo cara de coitado.

- Eu.. Eu não vou te chutar para fora. - a cara dele muda instantaneamente para uma de felicidade. - porém, você deve respeitar meus limites. - completo.

- Claro, eu sempre fiz isso, tudo que eu fiz você quis. - ele diz sério.

- Certo. Então você tem um mês. - eu digo.

- Melhor eu me esforçar então. - ele diz terminando de comer.

Terminamos de comer, e vou lavar a louça. Yuri tinha ido no banheiro escovar os dentes.

Eu estava concentrado na louça e nem percebi quando ele se aproximou. Ele me abraca por trás.

- Que susto Yuri. - digo quase derrubando um prato.

- se concentre na louça. - ele diz perto do meu ouvido. Talvez Ele possa ouvir as batidas do meu coração. Faz tempo que eu não fico em contato com alguém desse jeito.

- Como você quer que eu me concentre se você fica roçando isso em mim? - digo.

- Isso são só detalhes. - ele diz e beija meu pescoço.

- Yuri.. Você disse que iria respeitar meus limites..

- E eu disse que nunca faço algo que você não queira também.. não se preocupe eu não vou fazer nada.. por enquanto.- ele diz em meu ouvido, sussurrando. Eu já nem sei se estou lavando a louça direito.

Termino de lavar a louça com ele me abraçando ainda. Seco minha mão e me viro de frente para ele.

- Você não tem nada para fazer? - digo encostado na pia.

- Não. Quer fazer alguma coisa comigo? - ele pergunta.

- Yuri, acabei de almoçar, vou deitar um pouco. Hoje a tarde não tenho trabalho, ainda bem.

- Então quer sair comigo? Podemos conhecer sua cidade, pode ser?

- Humm, tá, mas se comporte na rua. - digo saindo de seu abraço, vou em direção ao meu quarto, ele me segue.

- Tá, eu vou me comportar.. na rua. - ele diz essa última parte como se fosse uma condição, porém não ligo muito.

- Por que você tá me seguindo? - digo entrando no meu quarto.

- Não tenho muita coisa pra fazer, posso ficar aqui descansando também?

Olho com os olhos serrados para ele.

- Vou deixar, mas é para me deixar descansar, vou deitar só uma horinha, depois vamos sair. - eu digo e me deito na minha cama.

Ele vem logo em seguida e deita ao meu lado. Que bom que a cama é grande.

- Pode ficar tranquilo, não vou te atrapalhar. - ele me diz ajustando o travesseiro em baixo da cabeça dele.

- Tá, se eu não acordar, me acorda. - digo e ele concorda.

Me viro para o lado, ficando de costas para ele, então sinto ele me abraçar novamente por trás, formando uma conchinha.

- Só não se movimente muito. - Ele diz, entendo o que ele quer dizer. Então durmo com ele me abraçando, tava calor, mas não me importei, tava bom assim.

Oiee esse foi um capítulo mais soft, nos próximos o Yuri vai tomar atitude ksksks bom, até logo!