(Melissa)
Me olhei no espelho para conferir se estava tudo no lugar, antes de sair do quarto.
Desci as escadas e já vi as pessoas pela sala. Cumprimentei algumas pessoas e fui até o jardim, lá vi Micael e meu pai. Eles parecem discutir.
(Micael)
– Filho, precisamos conversar. - meu pai falou ao se aproximar.
– Pode falar. - respondi sem olhar pra ele. Antonella está digitando.
– Você sabia que os novos sócios tem uma filha?
– Não.
– Ela é da sua idade.
“Estou saindo, você pode me esperar na entrada?”
Li a mensagem de Antonella.
– Micael? - meu pai me chamou.
– Desculpa, o que você disse?- olhei pra ele.
– Você sabia que a filha dos novos sócios tem sua idade? - repetiu a pergunta.
– Não, pai, não sabia que eles tinham uma filha. Na verdade, não sei nada sobre ela!
– Queria que você a conhecesse. Talvez até goste dela. - colocou uma das mãos no meu ombro.
– Sei o que está tentando fazer. E, não! Eu não vou ficar com ela! - falei.
Não é a primeira vez que ele me empurra para as filhas dos sócios dele. Não sei qual é o problema dele.
– Só conhecer. Não mata ninguém. - tentou usar o tom brincalhão.
– Por que você fica fazendo isso?
– Ela é uma boa moça! - deu uma piscadela de olho com um sorriso de lado.
Que saco.
– Você sabe que eu namoro, pai. - revirei os olhos.
– E eu já falei que ela não é mulher para você! - ele olhou em volta e continuou. - Ela pode ser boa na cama, mas vamos ser francos...
– Cala a boca... - o interrompi.
– Eu sei como é, também adoro uma virgem...
Tá de brincadeira, né? Só pode.
– Pai, por favor.
"Se controla, caralho", pensei, com os punhos cerrados.
Olhei em volta e vi Melissa perto da porta. Ela estava nos olhando. Fiz um sinal com a cabeça, a chamando pra sair dali. Ela entendeu de imediato e começou a andar.
– Aonde você vai? - questionou quando comecei sair do seu lado.
– Buscar a mulher da minha vida! - falei com ironia e sai.
(Rebeca)
Acordei novamente horas mais tarde, minha mãe está sentada ao meu lado usando o celular.
– Mãe… - a chamei.
– Que bom que acordou, querida. - levantou-se e segurou minha mão.
– Cadê meu pai?
– Foi no jantar do qual te falei mais cedo.
O silêncio reinou no quarto.
– Querida… - ela começou quebrando o silêncio. - você…
– O que? - questionei confusa.
– E a gravidez? - falou de uma vez fazendo meu coração bater mais forte.
– Mãe… - engoli em seco.
– Quem é o pai? - ela está com uma expressão de decepção e raiva que me dá medo.
– Não importa. - falei apenas.
– Quem é o pai, Rebeca? - repetiu, um pouco mais brava.
– Não vou levar essa gravidez a diante.
– Ótimo! Que bom que pensa assim.
Sabemos que é a melhor coisa a se fazer. - soltou a minha mão e saiu do quarto.(Melissa)
Parei de frente a entrada e vi Micael vindo atrás de mim. Ele parou ao meu lado e deu uma arrumada no terno.
– Vocês estavam discutindo? - perguntei.
– Ele quer que eu conheça outra menina.
Revirei os olhos.
– E o que você disse?
– O de sempre! Eu não vou ficar com ninguém por interesse. Parece que ele não entende… caralho.
– Então quando eu fizer 18 ele vai querer arrumar um marido pra mim. - falei e ele deu uma gargalhada.
– Aproveite agora então. - falou ainda sorrindo.
– Antonella vem?
– Sim. Já está chegando.
(Vicente)
Desci do carro e vi Melissa e Micael em frente a casa.
– E aí. - Micael falou quando cheguei perto dele.
– E aí, irmão. - o abracei. - Nossa, tá gata, em?! - falei olhando para Melissa.
– Eu sei, eu sei. - sorriu e me abraçou.
– Que modesta. - sorri também.
– O que estão fazendo aqui?
– Esperando Antonella. - Micael respondeu.
– Acabou de chegar. - Melissa falou.
(Antonella)
Sai de casa rumo a casa de Micael. Vi ele na porta de entrada assim que cheguei.
– Oi, amor. - o beijei.
– Ainda bem que chegou. - ele falou.
– Não fala com os amigos não? - Vicente perguntou.
– Oi, Vicente, tudo bem? - falei sorrindo. Nos abraçamos.
– Vamos entrar. - Melissa falou.
(Ester)
Avisei Micael entrar no Jardim ao lado de Antonella.
– O que essa morta de fome está fazendo aqui? - falei baixo.
Micael olhou para mim e desviou o olhar. Esse menino me afronta de uma maneira absurda.
– Não acredito. - Jorge falou parando ao meu lado.
– Você falou com ele? - questionei.
– Ele falou o mesmo de sempre.
– Não podemos perder essa oportunidade. Ele já é maior, se ele sair de casa…
– Ele não tem como sair, não tem dinheiro! Não sabe fazer nada da vida.
– Não posso confiar. Ele tem que conhecer essa menina logo.
(Mauro)
– Olá, boa noite. - falei parando de frente a Sra Ester e o Sr Jorge.
– Como vai? - Sra Ester falou me cumprimentando. - e sua esposa e filha?
– Elas ficaram no hospital.
– Hospital? - ela falou como se estivesse preocupada.
– Sim. Minha filha teve um mal estar hoje, provavelmente por conta da mudança. Mas já está bem.
– Ah, que ótimo. - ela falou.
– Espero que fique bem logo. Meu filho estava ansioso para conhece-la. - o Sr Jorge falou animado.
Perdão pelos erros de ortografia.
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Micael - assassinato ou suicídio?
Mystère / Thriller1⃣6⃣Não recomendado para menores de 16 anos por conter consumo de drogas ilícitas, agressão física média, uso de bebidas alcoólicas e sexo. Um jovem de 18 anos é encontrado morto dentro da própria casa durante uma "ação solidária" . Agora a polícia...