Micael - assassinato ou suicídio?

Capítulo 5

– Qual foi a última vez que viu Micael? - questionou a inspetora.

– Não sei.

– É só isso que tem para dizer?

– Sim.

“Micael”

– Acorda! - gritei batendo na porta do quarto de Melissa.

– Tu é muito chato. - ela disse assim que abriu a porta. - Pra que despertador quando se tem um irmão com boca de badalo de sino.

– Para de reclamar, garota. Não vou te esperar!

Desci as escadas e fui até a cozinha.

– Bom dia. - falei ao entrar e ver meu pai sentado a mesa.

– Bom dia, filho. E sua irmã?

– Já vai descer.

– Precisamos conversar… - começou com receio.

– Pode falar.

– A filha dos novos sócios estar no hospital. Acho que seria uma ótima demonstração de carinho se você fosse visita-la….

– Os sócios são seus. Vai você! - levantei no mesmo instante e sai da cozinha.

Subi novamente as escadas e fui em direcão ao quarta de Melissa.

– Já esta pronta? - falei parando na porta.

– Claro que não! - Ouvi ela gritar. - Pode ir indo na frente.

– Estou indo.

“Rebeca”

Não aguento mais ficar aqui nessa sala de hospital. Já fazem dois dias que a única coisa que vejo é minha mãe mexendo no celular ao meu lado e as enfermeiras com placas nas mãos.

Minha mãe meio que já faz parte da mobília. Ela fica sentada ai sempre que estou acordada, não sai nem pra ir ao banheiro.

Marcava 5 horas da manhã quando o médico entrou no quarto e falou: 

– Bom dia.

– Bom dia. - minha mãe e eu respondemos juntas.

– Como você estar?

– Bem. Não sinto nada!

– Ótimo! Você já recebe alta hoje. Pode se arrumar e ir embora agora de manhã. Se correr, da tempo ir a escola. 

– Nem fudendo…

– Ela vai sim doutor, não se preocupe.  

– Podemos conversar? - 

– Sim, claro. - ignoraram totalmente minha presença no quarto e saíram.

Não demorei muito para pular da cama e começar arrumar minhas coisas. 

Eu preciso de um banho.

"Vicente" 

Passei pelo corredor em direção a sala e vi Melissa na porta da sala conversando com Daiana. Ela me olhou e logo em seguida, Daiana também me viu e veio correndo.

Pulou quase me derrubando. 

– Bom dia. - cantou. 

– Bom dia. - a abracei enquanto vi Melissa nos observar. 

– Vamos deixar suas coisas na sala e vamos lá fora. - puxou minha mão.

"Melissa" 

Assim que Vicente e Daiana saíram do meu campo de visão, me deparei com Receba vindo me minha direção.