Da duologia de "CONTRATO COM ACASO" essa é a segunda parte da história do casal Cam e Samira.
Em meio a um trágico acidente, Samira é declarada morta, porém, os eventos que se seguem revelam que a realidade é muito mais complexa. Uma intrigante tei...
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— Combinamos de entrar lá hoje, mas não vamos! — Sasha fala nervoso! — Fizemos um pacto Cam.
— Eu sei, só estou lembrando que minha mulher precisa sair inteira, e tem que ser hoje! — Falo nervoso e foda-se que ele é a porra de um chefe da máfia!
— Cam calma, essa porra de nervoso não vai ajudar. — Falcão diz, colocando a mão no meu ombro, apertando de leve.
— Salim em coma, Samira sequestrada e você me pede calma! Caralho, tudo que eu menos tenho é a porra da CALMA!
— Ад (inferno) — Sasha fala com um dos seus homens em russo, eu não entendo uma só palavra. — Se acalma homem, vamos matar Leôncio, mas não hoje, deixemos ele relaxar…
— Mas minha mulher está lá CARALHO!
— Eles não vão fazer nada com ela! Esqueceu que ela é a moeda de troca deles. Vamos deixá-los confusos. Eles esperam um ataque imediato, vão estar preparados para isso.
— Eu não posso esperar!
— Isso não depende só de você, na máfia quando fazemos um pacto cumprimos, de um jeito ou de outro! — Sasha fala em tom de alerta, mas entendo bem seu recado e ameaça. — Você foi até mim atrás de ajuda, então, não venha querer me dizer o que fazer.
Respiro fundo enquanto ele espalha alguns mapas em cima da mesa.
— Nikolai. — Sasha chama um de seus homens, que parece ser de muita confiança, pois ele sempre está de conversa e acompanhado dele. — Montou a guarda?
— Sim chefe! — Fala o homem com sotaque mais arrastado que Sasha.
— Certo, qualquer mudança por menor que seja já sabe. — Fala e o tal Nikolai consente saindo. — Agora Cam, vamos ao que interessa.
Sasha me olha e entendo bem o que quer dizer, temos que estudar o melhor plano para executá-lo.
Após algum tempo estudando a planta da casa do velho Leôncio, Sasha maneia a cabeça e resmunga algo em russo, eu resolvo não perguntar o que se passa, vejo que ele está perdido em pensamentos.
— Cam… — Ele diz por fim. — Você ama muito sua esposa?
— Que pergunta. Óbvio, eu a amo mais que a mim mesmo! — Falo e me jogo para trás na cadeira, descansando as costas tensas.
Ele me observa e faz o mesmo, ficamos algum tempo em silêncio, até que Sasha se levanta.
— Eu tinha alguém que amava muito, mas infelizmente os inimigos tomaram sua vida.
Olho para Sasha e vejo sua máscara de assassino cruel sumir. Seu olhar é sincero e sua tristeza também.
— Ela estava grávida quando eles a mataram. — Ele abaixa a cabeça. — Esses desgraçados mataram minha mulher e meu filho.
