Capítulo XXXIX

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✨Boa leitura 💫

Esperança

_Sophia meu amor, os pais do Breno acabaram de chegar, desce para conhece-los querida. Mia veio chamar Soph no quarto.

_Tá bom mãe já estou descendo. Falou Sophia saindo de debaixo da coberta depressa.

Uma situação bastante triste para conhecer os sogros. Breno sempre falava dos pais e planejava levar Sophia para conhece-los nas próximas férias de ambos.

_Não imaginei conhece-los nas atuais circunstâncias, senhor Alfredo, senhora Açucena, mas sejam bem vindos, sintam se em casa. Tenho certeza que a presença de vocês será muito benéfica para o Breno. Falou Sophia, abraçando a ambos.

_Obrigada minha querida, você é do jeitinho que o Breno descreve, meiga, doce e gentil. Você faz o nosso menino muito feliz, ele sempre fala de você com tanto amor, num é querido? Açucena falou e se dirigiu ao marido buscando confirmação.

_Sim, nunca o vimos mais feliz. Confirmou Alfredo.

Sophia chorou ao lembrar de que o amor da sua vida estava em coma e existia possibilidade de nunca mais voltar, embora ela lutasse com toda as forças para não cogitar essa possibilidade.

_Ele vai ficar bem, eu creio. Consolou Açucena abraçando a nora carinhosamente.

_Vocês já o viram? Sophia quis saber.

_Sim, o senhor Milton nos buscou na rodoviária e demos uma passada rápida  no hospital antes de virmos pra cá. Esclareceu Alfred.

_Quando seus pais ligaram para nos avisar, ficamos em choque, mas ao ver nosso filho agora a tarde, nossas esperanças se renovaram, ele vai acordar, eu sei. Deus é bom, o tempo todo. Açucena estava confiante. 

_O tempo todo, Deus é bom. Completou Alfred.

_Que linda a fé de vocês, também creio que tudo irá dar certo, daqui a pouco o Breno estará aqui conosco. Mia falou emocionada, ela tinha muito carinho pelo Breno.

Mia, como uma boa anfitriã preparou um quarto para os pais de Breno, eles iriam ficar hospedados na mansão o tempo que fosse preciso. A família Albuquerque  buscou fazer com que eles se sentisse em casa, o que não foi difícil já que todos da família são pessoas simples.

No dia seguinte, Sophia foi cedo para o hospital com os pais do Breno, queria aproveitar cada momento ao lado do seu amor. Ao sair do hospital foi ate a faculdade vê se ainda dava pra recuperar o semestre e após sair da coordenação do curso foi ate doceira para resolver assuntos pendentes de extrema importância.

_Tati, o que fazes aqui? Perguntou Sophia surpresa ao ver a amiga sentada na sua mesa no escritório.

_Soph meu anjo, adiantei o término de minha licença maternidade. Respondeu Tati voltando o olhar concentrada para o computador.

_Minha amiga obrigada! Mas não é necessário, a Helô precisa de você, além disso meu pai está me ajudando aqui com a doceria. Ponderou Sophia.

_Precisa sim , não vou trabalhar em período integral, minha mãe e o Bernado irá me ajudar com a Helô no período que estiver aqui, não se preocupe. Já conversei com seu Milton ele ira continuar ajudando. Você está a ponto de perder o semestre da faculdade, tem toda a situação do Breno, com certeza não tá com cabeça para mais uma responsabilidade, pode deixar que eu resolvo tudo com relação a doceria. Tati foi enfática.

_ObrigadaTati, não sei o que seria de mim sem você,  mas nem sei se da pra recuperar o semestre, acho que vou desistir, próximo semestre eu faço de novo. Falou Sophia frustrada.

_Faz isso não minha amiga, o Breno não  iria querer isso. Tenta pelo menos, um semestre perdido irá atrasar toda a tua vida académica. Aconselhou a amiga.

_Eu sei. Está difícil, você tem razão, eu vou tentar. Obrigada mais uma vez minha amiga. Agradeceu Sophia emotiva.

_Não precisa agradecer, você sempre me ajudou e me apoiou em tudo, agora é minha vez de retribuí. Tati se levantou e foi até a amiga e a abraçou forte, enquanto Soph se debulhava em lágrimas.


Cada dia que passava horas só lado do Breno nos UTI suas esperanças se renovavam.

Todos os dias Sophia visitava Breno. Uma semana após o acidente, os médicos comunicaram que o edema no cérebro de Breno tinha diminuído e que eles estavam preparando para tirar a sedação. A família ficou na torcida para que Breno acordasse.

_Chegou o dia, finalmente retiramos a sedação, ele está evoluindo bem, os sinais vitais estão bons. Ele pode acordar logo, pode demorar um pouco, ou também pode não acordar e há também o risco de ter alguma sequela neurológica. O cérebro humano é um mistério. Explicou o médico responsável.

_Nós gostaríamos de ver nosso filho agora, doutor, se for possível. Falou Açucena ansiosa.

_Claro senhora, agora que ele saiu da UTI, os horários de visitas serão prolongados. Vocês terão mais tempo para interagi com ele e isso ajuda no caso dele. Informou o médico.

_Obrigado doutor. Agradeceu Alfredo acompanhando a esposa ate o quarto em que Breno estava.

Não muito tempo depois os dois saem e vem ate Sophia que esperava sua vez de entrar para visitar Breno, a mesma estranha a rapidez da visita dos país de Breno.

_Querida saímos mais cedo, para que você possa passar mais tempo com ele. Esclareceu Açucena.

_Obrigada Açucena. Soph agradeceu. 

Três dias após a retirada da sedação, Breno continuava do mesmo jeito, com os olhos fechados em cima de uma cama.

_Sophia querida, você pode ir visitar o Breno mais cedo hoje? Perguntou Açucena assim que Sophia desceu para tomar café da manhã.

_Claro que sim, adiantei meus trabalhos da faculdade durante a madrugada, estou com a manha toda livre. Falou Sophia feliz por esta livre pra ficar com Breno a manhã toda.

_Obrigada Soph, o Alfredo acordou meio indisposto, vou deixar ele descansar. A tarde nós iremos ver o nosso filho.

_Mas ele está bem? Se precisar de um médico, nossos plano de saúde cobre também os nossos hóspedes. Falou Sophia preocupada com saúde do sogro.

_Não é necessário, ele só precisa descansar, esses dias tem sido muito desgastante pra nós, o meu velho já não tem o mesmo pique de antes, não se preocupe querida, algumas horas de descanso irá recupera-lo. Açucena acalmou Sophia.

Sophia terminou o café da manhã depressa e foi para o hospital, chegando lá, abriu a porta do quarto esperançosa de encontrar Breno acordado, mas o mesmo continuava inerte. Sophia não se abalou, sentou na cadeira ao lado da cama pegou a mão de Breno entre as suas e ficou acariciando e pôs se a conversar, falou de como gostou de conhecer os sogros, contou de como estava puxado a faculdade e disse que estava a ponto de desistir, falou de como estava sentindo a falta de Breno e como queria escutar sua voz, sentir seu abraço a envolvendo, respirou fundo para não chorar,  fechou os olhos e balbuciou um "eu te amo ".

_Eu também amo você. Alguem sibilou fraquinho.

Sophia pensou ter ouvido coisa, abriu os olhos devagarinho e se deparou com um par de olhos a olhando.

_Meu Deus! Você acordou, eu senti tanto tua falta. Você está bem? Eu vou chamar o médico. Falou Sophia correndo em direção a porta.
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