Jeon Jungkook, um inconsequente fã da Ariana Grande, resolve compartilhar o link de uma live contrabandeada do show online da cantora. Ao ser descoberto pela empresa de entretenimento que administra o evento, ele se encontra sem saída quando não con...
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A enfermaria do presídio era precária.
Jungkook constatou isso assim que abriu os olhos. Sua cabeça latejava, mas conseguia enxergar aos borrões duas enfermeiras caminhando entre eles. Engoliu em seco quando viu um detento da Ala Verde lhe encarando da cama da frente, mas suspirou aliviado quando percebeu que as mãos do prisioneiro estavam algemadas nas grades laterais. O homem deveria ter no mínimo vinte e cinco anos, e estava cheio de agulhas perfurando o corpo.
— Jungkook?— ouviu Taehyung dizer— Finalmente!
Virou a cabeça para o lado e encontrou o dono da voz, ajoelhado no chão e inclinado sobre a maca dele.
— Por favor, não me diga que fiquei desacordado por dias.
Taehyung negou com a cabeça.
— Apenas alguns minutos, o suficiente para limparem seu machucado e colocarem um curativo. É por isso que ainda estou aqui. Não posso ficar mais de meia hora.
— Que machucado?
— Você não se lembra?— disse, calmo— Zayde usou um canivete para cortar seu rosto. Bem na bochecha.
Taehyung fez menção de tocar o machucado por cima do secativo, e Jungkook fechou o rosto em uma careta de dor antecipada.
— Não vai doer. Nem precisou dar ponto.
Ele deixou então que Taehyung tocasse no lugar, apenas para lhe mostrar onde estava machucado.
— Talvez fique uma cicatriz.
— Eu me lembro agora— ajeitou o corpo na maca até estar sentado. Jungkook pegou o fino travesseiro que tinha debaixo da cabeça e colocou entre suas costas e a parede, para poder encostar o corpo— Por que você está aqui?
— Só um de nós podia ficar. É meia hora o máximo, então eu tenho mais quatro minutos até eles me algemarem de novo e me levarem de volta ao pátio— disse depois de dar uma olhada no relógio analógico pendurado na parede.
— Por que não estamos algemados como o carinha de verde?
Taehyung riu.
— Simples. Ele é verde. E nós somos roxos.
Simples, ele é forte, e nós não representamos perigo, pensou.
— Os outros ainda estão limpando lá fora?— mudou de assunto.
— Sim, menos o Suga— indicou a maca do lado, onde o prisioneiro de cabelos brancos descansava, apagado, com a barriga para cima.— Sedaram ele.
— Por quê?— perguntou, afobado.
Taehyung levantou-se, ficando em pé, e foi até o outro colega de cela. Ele puxou o fino lençol que cobria o corpo do loiro e exibiu um grande curativo enfaixado no tornozelo e no calcanhar.
