Capítulo I

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Estava um completo caos no porto, tinham tantas pessoas juntas que o enorme navio quase parecia insuficiente para lhes acomodar.

Era uma confusão de malas, pessoas e carros brigando por espaço, haviam filas e filas de pessoas sendo inspecionadas para garantir que ninguém com piolhos entraria e traria pestilências para a primeira classe, também eram medicadas para evitar que alguém entrasse no cio acidentalmente.

E dentro de um desses carros brigando por espaço e esperando para se aproximar estava Lan Zhan. O carro em que estava finalmente se aproximou o suficiente para que pudessem descer, abrindo a porta ele estendeu delicadamente a mão para fora esperando ajuda do motorista para descer, como era de costume entre os ômegas da nobreza. Desceu seguido por sua mãe Qingheng-jun e seu noivo alfa Wen chao. Cumprindo com seu papel de ômega perfeito Lan Zhan estava vestido da forma mais deslumbrante possível, sua beleza sendo iluminada pelo sol da manhã, por fora ele era a pessoa mais bem comportada que alguém poderia conhecer. Apenas por fora.

Demonstrando desinteresse, Lan Zhan diz:

— Não parece ser maior que o Mauritânia.

— Na verdade ele é 33 metros maior querido — responde seu noivo com ar de superioridade. Não que Lan Zhan realmente quisesse saber.

Sua mãe passa por eles e diz observando a embarcação com um ar orgulhoso, — Então esse é o navio que não naufraga? — Wen Chao a escutando responde — Esse navio não afunda, nem Deus pode afundar esse navio.

Wen chao é interropido por um dos funcionários o dizendo que era necessário levar as malas para a inspeção, ele logo oferece uma nota para o homem e o deixa responsável por levar suas malas para dentro, Wen Zhuliu seu fiel empregado fica para trás supervisionando o homem enquanto este leva todas as coisas que trouxeram para dentro, coisas essas que eram o suficiente para ocupar vários carros.

E então eles seguem para embarcar, durante o trajeto Lan Zhan não conseguia parar de olhar todos felizes ao seu redor, e pensar que enquanto para os outros aquele era um navio dos sonhos, para ele era como um cativeiro, o levando de volta para a América. Por fora ele era tudo que um ômega bem educado deveria ser, mas por dentro, ele estava gritando.

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— Você tem certeza que quer apostar tudo? — diz Huaisang preocupado.

Wei Ying o encara e diz — Quando não se tem nada não se perde nada — Ele pretendia simplesmente sair correndo caso as coisas dessem errado.

Ele está com seu melhor amigo Nie Huaisang apostando num jogo de cartas contra dois caras russos que Wei Ying acabou de conhecer.

Todos se olham nervosamente colocando as cartas na mesa uma a uma, os bilhetes para ingressar no navio estão no meio da bagunça sendo disputados — Ok, agora é a hora da verdade — diz Wei Ying incetinvando os outros a jogarem suas últimas cartas. Quando chega sua vez, ele olha pra suas cartas com o cenho franzido e então diz — Eu sinto muito A-sang.

Huaisang já nervoso começa — Não, não, não, sente muito o quê você apostou todo nosso dinheiro!!

O interrompendo Wei Ying diz — eu sinto muito porque você não vai ver seu irmão por um longo tempo... porquê nós vamos pra América!! — ele diz e Huaisang se levanta já comemorando e rindo feliz enquanto Wei Ying joga todas as moedas na bolsa.

Um dos caras russos se levanta e agarra a gola de Wei Ying dizendo — Seu filho da mãe — ele estava com o punho pronto pra acertá-lo quando parece exitar por um momento antes de o soltar socar seu próprio amigo dizendo — SEU IDIOTA VOCÊ PERDEU NOSSOS BILHETES.

Wei Ying e Huaisang se abraçam rindo e comemorando ainda mais —Eu vou pra casa!— diz Wei Ying exclamando — E eu vou pra América!! — diz Huaisang num grito quase choroso.

— Não amigo, o Titanic é quem vai pra América em 5 minutos — diz ele apontando para o relógio que marcava exatamente cinco pra meio dia.

Huaisang e ele substituem a animação em seus rostos por pânico e pegam correndo o resto das moedas sobre a mesa e jogam dentro da bolsa juntamente com o bilhete e saem correndo pelo cais, até encontrarem uma ponte, esta que estava quase sendo desconectada do navio para que ele pudesse partir. Subiram rapidamente pela ponte que já estava a alguns centímetros longe da embarcação, rapidamente gritando — Espera, espera!! Passageiro!! — Balançando seus bilhetes na frente do tripulantes que estava finalizando seu trabalho e indo fechar a porta para selar o navio. Os tripulantes pararam seu serviço e olharam desconfiadamente para os dois perguntando se eles já haviam passado pela inspeção, apressadamente Wei Ying dá seu melhor sorriso afirmando com convicção e convencendo afinal os dois homens a deixar que eles entrassem, sem perder mais tempos os dois pulam a bordo do maior navio do mundo.

Eles fazem caminho correndo pelo navio e esbarrando em todos pela frente, ainda eufóricos, Wei Ying diz enquanto corre — Nós somos os caras mais sortudos do mundo!!

Eles correm por todo o navio até saírem dos compartimentos internos alcançando a proa, se espremendo entre a multidão para chegar a beirada e conseguir uma visão daquele mar de pessoas abaixo gritando e se despedindo fervorosamente daqueles que embarcaram. Wei Ying se agarra a grade gritando — Adeus, adeus!! — acenando e se despedindo, Huaisang que está a o seu lado pergunta:

— Wei xiong você conhece alguém?  — Diz ele apontando para o mar de pessoas abaixo.

Wei Ying sorrindo diz:

— É claro que não, mas eu quero me despedir. — ele diz e continua de fato gritando despedidas juntamente com todas aquelas pessoas e Huaisang que também se animou para dizer tchau a todos.

Logo o navio começa a ser rebocado para longe do porto e dá partida rumo ao vasto oceano.

Continua..

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