43 - The Killer Queen is dead..

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Maratona [10/10]

preparados pro último pro último capítulo?
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Savannah

Vamos para casa juntas, claro. No caminho não pudemos conversar, já que Any se deixou vencer pela exaustão, porém escolhi respeitar o seu sono, já que por mais que as noites em claro sejam passadas por nós duas, ela tem a parte mais difícil.

Saio do carro e faço uma escolha um tanto arriscada: resolvo levá-la no colo até o apartamento. Tiro seu cinto com muito cuidado e a pego no colo, levando-a para o elevador e fazendo todo um malabarismo para conseguir apertar o botão do nosso andar sem que ela acordasse. Quando finalmente chegamos, bato na porta torcendo para que alguém esteja acordado para abrir.

-Hey! -Sina fala alto, mas quando percebe que Any estava dormindo, diminue o tom de voz. -Desculpe. -Sussura ela liberando a passagem.

Vou direto para o nosso quarto e coloco Any na cama, cobrindo a mesma com um cobertor bem felpudo.

-As crianças dormiram bem? -Pergunto tirando minha blusa de frio.

-Sim, a Venus ainda sente um pouco de dor mas está bem melhor. Ela nem chora mais para colocar o soro, acredita?

-Sim, eu acr... -Começo a frase pegando meu celular, mas quando leio a mensagem interrompo. -Sina, você é minha amiga?

-Sim, eu acho... Olha, se você vai vir com todo aquele papo sentimental, pode ir trocando a fita tá? Eu sei que você me ama, eu te amo, mas a gente não faz a linha emocional. Bem, pelo menos não eu.

-Sina, o Simon Fuller está atrás de mim. Eu preciso dar um ponto final pra isso, mas se a Any souber, ela vai querer ir junto e talvez não seja uma boa ideia.

-Já disse o que eu acho sobre isso, Savannah. -Ela diz com uma postura tensa.

-Se eu não resolver isso, aquilo tudo vai acontecer de novo, Sina. Eu não posso colocar minha família em risco novamente, preciso dar um fim nisso. Se eu não voltar em 2 horas, chame a polícia. Se eu estiver bem, irei te mandar uma mensagem.

Depois de alguns segundos pensando, ela se pronuncia.

-Okay, mas você tem DUAS horas. E se a Any acordar, o que eu digo? -Sina pergunta.

-Diga que eu fui na casa da Joalin ajudar ela com um lance de superação. -Ponho minha blusa novamente e saio às pressas.

[...]

Savannah

Chego no nosso famoso ponto de encontro, um porão velho na parte mais pobre da cidade. Eu simplesmente odeio esse lugar pois as pessoas aqui vivem em situações péssimas, mas infelizmente não há nada que eu possa fazer além de algumas doações.

-Tia, me dá um doce? -Um garotinho pergunta puxando minha jaqueta levemente e estendendo a mão.

Suspiro e me ajoelho para chegar a altura dele.

-Eu tenho bolacha na minha bolsa, você aceita? -Pergunto abrindo minha bolsa.

-Eu só quero comer alguma coisa, nem que seja uma bala, eu estou com muita fome! -O menino diz e sinto meu coração doer.

Tiro da minha bolsa o pacote de bolacha e os únicos 10 dólares que carrego comigo.

-É tudo que eu tenho, carinha. -Bagunço o cabelo dele e entrego.

-Muito obrigada, que Deus te abençoe! -Ele sai saltitante.

Ele é só uma criança precisando lidar com problemas de gente grande... Isso é de partir o coração.

Criminal Mom | Versão Savany G!POnde histórias criam vida. Descubra agora