Maratona [8/10]
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Entro na delegacia com a cabeça erguida, podendo sentir os olhares vindos em minha direção. Savannah caminha ao meu lado, tentando me acalmar, mas só consigo me concentrar no policial no final do corredor.
O dono de muitas respostas que ando guardando há meses.
-Você deveria estar andando mais devagar. -Savannah fala com um tom de preocupação.
-Não é hora pra isso. Eu sei que é desnecessário, mas eu estou tão nervosa que eu poderia dar um soco no primeiro que aparecesse na minha frente. Então, se você não quiser levar um murro, finja que eu sou sua inimiga mortal e não troque uma palavra comigo até sairmos daqui, não quero descontar meu ódio por esses infelizes em você.
Ela fica calada e finalmente chegamos perto do chefe da delegacia.
-Boa tarde, Srta. Soares. -Ele diz me cumprimentando. -Boa tarde, Srta. Clarke. -Ele diz com um certo desprezo.
Autoridades e suas manias de grandeza...
-Estão com os culpados? -Pergunto sem mais delongas.
-Estamos. Trouxe sua filha, Srta. Soares?
-Sim, eu trouxe nossa filha. -Falo apontando para Savannah. -É dela também, tanto legalmente quanto geneticamente.
Ele fica em silêncio.
-Preferimos deixá-la no carro com a enfermeira, não sei se o senhor tem um pouco de empatia mas... Bem, ela quase morreu e ainda está muito debilitado devido aos últimos incidentes.
-Sendo assim, podemos deixar o depoimento dela por último. Vamos, sigam-me. -O homem entra em uma sala e pede para que esperássemos alguns minutos.
-Podem vir. -Um outro oficial nos leva para o local.
-Pesquisamos seus nomes e fichas criminais e tenho, infelizmente, a absoluta certeza de que vocês conhecem esses sujeitos.
Nos aproximamos da cela e me deparo com uma cena que jamais esquecerei em minha vida.
Meu pai e Shivani, trancafiados em uma mesma cela pelos mesmos crimes. Os responsáveis por anos de sofrimento em minha vida e mais alguns meses de bônus.
Procuro por qualquer resquício de culpa, arrependimento ou tristeza, mas a única coisa que vejo no rosto do homem é um sorriso satisfeito, como alguém que acaba de comer uma barra de chocolate.
Olho para o lado e analiso o rosto de Savannah, que assim como eu, tem lágrimas que estão prestes a saltar de seus olhos, de tão marejados que se encontram.
-Eu deixarei vocês sozinhos. -Os dois delegados se retiram.
Ficamos minutos em silêncio. Mas não como um silêncio qualquer, um silêncio que na verdade é barulhento. Como seu eu pudesse escutar cada grito das crianças sequestradas, o choro de Venus ao final da noite e o último suspiro de Violet, todos ao mesmo tempo.
-Há uma frase de um filósofo chamado Friedrich Nietzsche que diz "... Fazer amor é se vingar de todas as coisas que o derrotaram na vida...!" -Savannah resolve quebrar o silêncio. -Eu gostaria de estudar psicopatas como vocês.
-Se identifica conosco, você matou diversas vezes, por vingança. E o pior: nem era por uma vingança sua. Savannah, Savannah... Quantas vezes eu não te abracei enquanto você chorava até dormir, pensando em todas as poças de sangue em que você já pisou?
-Eu pisei no sangue de criminosos tenebrosos, Shivani. E você? Em? Pisou no sangue de crianças indefesas! Sem contar você, Eric. Você sequestrou e torturou sua própria neta de 5 anos de idade, seu doente!
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Criminal Mom | Versão Savany G!P
Fiksi Penggemar[ADAPTAÇÃO] Amores são passageiros, assim como as estações. Nos deixam boas lembranças, más lembranças... Mas um fato: sempre nos marcam de alguma forma. Any Gabrielly tinha apenas 17 anos quando conheceu sua primeira estação: Savannah Clarke, uma...