Morando juntos

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Os dias no hospital não foram tão ruins como Luna esperava que fossem. Recebeu a visita da irmã de Jin quase todos os dias e falar com ela realmente estava ajudando muito.

Mas ainda não tinha coragem de olhar para seus amigos, afinal, querendo ou não, ela foi vista em uma situação extremamente vergonhosa.

Tae ficava com ela todos os dias, e via o seu esforço para continuar com a cabeça erguida... Às vezes, ela ainda tinha reações reflexas quando ele chegava muito perto, mas mesmo assim, ainda se obrigava a continuar.

Por mais que doesse em Tae, ele sabia que as reações dela eram normais. Ele jurou, em seu íntimo, que não deixaria isso afetar seus sentimentos, e com muito esforço tentou mostrar a ela o quanto a amava e sempre estaria com ela.

Luna estava ansiosa, pois receberia alta.

Seus pais, seu irmão, Tae e as meninas estavam no quarto com ela, apenas aguardando a liberação.

Luna: - Tae posso falar com você?

Tae: - Claro meu anjo. O que você quer?

Sem dizer nada, ela olha para o restante, todos entendem e saem do quarto.

Luna: - Tae... Eu tentei o máximo possível não pensar nisso enquanto estive aqui, mas agora que vou sair não consigo parar de pensar...

Tae: - Sobre o quê?

Luna: - Sobre os meninos... Sou extremamente grata a todos eles, mas... Eu sei que eles jamais vão me machucar... Mas...

Tae: - Você está com medo deles, né?

Luna: - Eu... Sim. - De cabeça baixa ela admite, tentando não chorar. - Eu sei que eles são meus amigos e te ajudaram a me salvar, mas não sei como encará-los agora...

Tae: - Anjo, todos eles entendem a situação, acredite em mim. Eles não estão chateados por você não ter deixado eles vir te ver.

Luna: - Mesmo assim, ter sido vista naquela situação...

Luna foi interrompida ela entrada do médico. Ele anunciou sua liberação e saiu em seguida.

Tae olha pra Luna e com um sorriso apenas diz.

Tae: - Vamos pra casa e conversaremos sobre isso lá.

Luna percebeu que ele estava escondendo alguma coisa, mas não conseguia imaginar o que é.

Passou o caminho todo observando e quanto mais olhava mais desconfiada ficava, porque de certa forma, parecia que suas amigas e meus familiares sabiam de alguma coisa.

O silêncio deles estavam começando a irritá-la, mas era incapaz de falar alguma coisa, não gostava de fazer acusações que poderiam ser infundadas.

Com um suspiro alto apenas desiste e espera pra ver.

Chegando à sua casa, Luna simplesmente trava, estar ali fazia ela se lembrar da maneira que foi arrastada. A lembrança a impedia de se mover e o pânico começou a aparecer em seu rosto.

Tae percebe e vai pra junto dela.

Tae: - O que foi anjo?

Mas já era tarde, Luna se encolhe  toda e com as mãos na cabeça começa a gritar.

Luna: - Não... Não... Por favor, não me machuque mais... Por favor... Me deixe sair...

Os pais dela ficam em choque, ainda não tinham visto Luna reagir dessa maneira, o irmão dela teve que se controlar pra não mostrar o ódio que estava despertando dentro dele.

Tae olha firme para ela e diz em voz baixa.

Tae: - Calma anjo olha pra mim, estou aqui com você. Juro que você está realmente segura.

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