Ataque (Especial Suga)

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Suga sempre foi um garoto tranquilo, suas paixões são a música e a fotografia. No entanto, estar em uma banda era realmente uma tarefa bem complicada, principalmente pelo fato de sua família ser contra, a única exceção é seu irmão, que sempre o incentivava a ir em frente, a fazer o que realmente amava.

E por causa de seu incentivo e sua inspiração em seus artistas favoritos, Suga aceitou fazer parte da banda, dedicando totalmente seu tempo a isso.

Ele é o tipo de pessoa que prefere evitar brigas e discussões, carinhoso até, mas não tem papas na língua e sempre que está irritado fala o que precisa sem reservas.

Depois de mais uma discussão com seus pais, sobre sua banda e seu futuro, pegou sua câmera e saiu pra fotografar e tentar distrair a cabeça.

Estava procurando um lugar bonito para registrar. Não poderia ser qualquer lugar, senão um que o ajudasse a acalmar sua mente.

 Já dentro do ônibus, notou á sua frente uma jovem com uma criança. A menina estava fazendo tranças nela, para ficarem iguais. Quando termina, coloca as suas pequenas mãozinhas no rosto da mãe e diz:

Menina: - Mamãe você está linda.

A jovem mãe abre o sorriso mais bonito e luminoso que Suga já viu e abraçando apertado sua filha começa a chorar dizendo:

Mãe: - Isso porque estamos iguais e você é a florzinha mais bonita do mundo!

A criança abre o maior sorriso do mundo, sua felicidade podia ser sentida por qualquer um.

Suga observava a cena, e algo em seu coração mudou. Como pode algo tão inocente quanto à palavra de uma criança mudar totalmente as emoções de um adulto?

Não costumava fazer esse tipo de coisa, mas era uma cena tão linda que sem conseguir se conter, tirou uma foto das duas, capturando o momento exato em que ambas se olham sorrindo.

Um pouco do humor de Suga foi recuperado ali mesmo.

Ainda com os sentimentos que aquela criança despertou em seu coração, vai para um de seus lugares favoritos, um pouco mais afastado do centro, um parque grande com muitos animais.

Geralmente, poucas pessoas frequentavam aquele lugar, mas estranhando um pouco, percebeu que  tinha mais pessoas que o comum.

Ainda tomado pelos sentimentos despertados pela viagem de ônibus, Suga decidiu modificar o foco e, ao invés de voltar sua lente para os animais no parque, voltou-a para as pessoas que ali estavam, focando em suas interações e reações, conseqüência da nova perspectiva adquirida sobre as pessoas.

De repente, notou um rapaz muito bonito, cabelos negros, olhos da mesma cor, rosto de anjo, e um sorriso lindo e luminoso. O rapaz, sentado na grama, com os braços ao redor dos joelhos, parecia estar em paz consigo mesmo, seu rosto voltado para o sol. Não se contendo, ele o fotografa, admirando a beleza e a paz daquele momento.

A aproximação de uma família o faz voltar sua atenção para eles. As crianças, uma menina e um menino, corriam felizes, enquanto os pais os observavam à distância, sempre atentos. O menino corre para o pai, segurando sua mão e fazendo-o correr junto. A linda cena é capturada por Suga, presenciando ali um amor forte e palpável.  

Passou quase a manhã inteira tirando fotos, e já estava começando a ficar irritado, porque a fome o consumia. Parou em uma das cafeterias e pediu algo pra comer, sentando-se perto das janelas.

Percebeu que o mesmo garoto que tinha visto no parque estava ali também, bem de frente para ele, mas em outra mesa.

Quando seus olhares se cruzam, o garoto levanta seu copo, em um brinde silencioso.

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